Capítulo 17 - O enlace de dois mundos

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5233 Palavras

"A poesia não está nos versos, por vezes ela está no coração. E é tamanha. A ponto de não caber nas palavras." Jorge amado

Música do capítulo: Love Story - Indila

Após banhar-se e trocar-se, Somchai foi ao quarto de Mainá ver como a moça estava. Ele não conseguia entender como ela adoeceu de repente.

A esposa de um dos empregados a limpou e trocou suas roupas a seu pedido. Eles ainda não eram casados, então era o mais correto ele pedir antes de a jovem senhora ir embora.

Mainá aparentava ter um sono turbulento e dizia coisas que ele não conseguia entender.

" Que raios de idioma é esse que ele nunca ouviu?" Pensou Somchai tentando identificar o que a moça falava

Aproximando-se da cama, Somchai segurou suas mãos e tentou acalmá-la, o que funcionou quase que instantaneamente.

" Talvez ela só precisasse de um pouco de conforto depois de tudo" Pensou Somchai com uma expressão mais amena, sentando no catre ao lado da cama e segurando as mãos de Mainá. Pouco tempo depois, sua consciência navegou para o mundo dos sonhos, sendo encontrado por Sunan e Serafim no dia seguinte.

– Eu disse que ela estava bem... – Murmurou Sunan para não acordar o jovem casal adormecido

– Mas como... – Pensou Serafim confuso. Como ela está tão bem e serena tão rapidamente? Isso é impossível!

– O que aconteceu com ela? No seu caso eu posso até entender, mas deixamos ela bem e a encontramos quase morta. Também me surpreendeu a forma que ela se recuperou. – Disse Sunan

– Você viu mais alguém na mata quando nos encontrou?– Perguntou Serafim

– Não, apenas vocês, por quê? – Disse Sunan desconfiado.

Serafim sabia que precisava mudar de assunto ou o belo segredo familiar deles ia ser revelado, pois Sunan não era tão distraído quanto Somchai.

– Eu preciso saber o que aconteceu com Mainá se foi algo acidental ou provocado. Para ela ficar dessa forma, provavelmente ela foi envenenada – é uma forma de falar a verdade, pensou serafim – Preciso saber o que é para tentar reverter ou saber se o efeito passará logo.

Ele sabia que o pensamento lógico facilmente seria convincente. Quem ia acreditar em fantasmas não é mesmo?

— Você tem razão. Mainá conhece ervas e não seria envenenada por acidente...

— Mas ela voltou um momento para buscar meu remédio, Mainá, quando se fala em alguém que ela ama, ela perde a razão e se torna irracional. Esse é meu medo.... Ela não liga nem um pouco para segurança dela...

— Isso eu tenho que concordar...— Disse Somchai aparecendo do lado dos dois de repente.

— Não é mesmo... Por Deus! Quando você acordou? — disse Serafim se assustando.

— Não faça isso, ele teve uma crise ontem, quer infartar ele??— Disse Sunan dando um tapa na cabeça de Somchai, que Praguejou

— Não foi minha intenção. Tenho amor a minha vida. Ainda não consigo te vencer em uma briga e tenho medo da minha noiva. — Disse Somchai com uma expressão travessa semelhante a Mainá quando fazia uma piada ruim.

— Oh, céus, não tem nem um gene sereno nesse casal para passar aos herdeiros.... — Disse Serafim apertando as têmporas.

— Já sai da crise jogando praga, pequeno? - Disse uma voz feminina ao fundo.

O canto do rouxinolOnde histórias criam vida. Descubra agora