Capítulo 29 - A maldição de Luna

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1844 palavras

ความโลภมากทำให้เหยื่อหายไป ( a grande ganância faz a presa desaparecer) - Provérbio tailandês

Música do capítulo: NEONI - Darkside

A pequena menina repousava desacordada em um canto escuro, seu corpo frágil e vulnerável estendido no chão frio. O silêncio angustiante pairava sobre ela, apenas o leve sussurro do vento invadia o ambiente sombrio.

De repente, uma mão fina e firme cobriu sua boca, despertando-a de seu sono profundo. Seus olhos se abriram lentamente, ainda atordoados pela escuridão ao seu redor. O medo a invadiu, fazendo seu coração acelerar descontroladamente.

A luz fraca que filtrava pelas frestas dificultava uma visão clara da sombra que se formou a sua frente, a única coisa que era notável era a longa capa preta que parecia cobrir um vestido.

Era uma mulher.

Um pouco mais aliviada, mas nem tanto, Apynia olhou desconfiada para a figura nas sombras um tanto assustada.

— Não há tempo para explicar, isso vai doer muito, mas você não pode gritar, ok? — Disse a voz melodiosa e sombria por trás do capuz

Apynia assentiu com a cabeça, sentindo uma confiança cega desconhecida pela estranha mulher, colocando as pequenas mãos sobre a boca para evitar qualquer barulho.

Com um movimento rápido, a figura encapuzada colocou uma bola de fogo criada rapidamente sobre a marca da menina, que começou a se contorcer de dor. Ela apertou os lábios com força, tentando segurar seus gritos, a sensação de calor insuportável se espalhando por todo o seu corpo. A pele ao redor da marca começou a borbulhar e finalmente, a marca desapareceu, substituída por um desenho sinistro de uma lua vermelha.

A garota olhou para baixo, vendo a lua vermelha brilhando em sua pele, se sentindo fraca e exausta, e apesar de tentar se manter forte, lágrimas escorriam por seu rosto e ela sentia que seu corpo cederia ao abraço da morte a qualquer instante.

A mulher encapuzada se aproximou e sussurrou em seu ouvido:

— Agora você carrega a lua vermelha em seu corpo, minha pequena, um lembrete do que passou, mas também do que superou. A lua que esconde Avalon sempre estará lá para aqueles que precisam e sabe buscar sua ajuda. — Sussurrou a mulher piscando, soprando levemente o rosto da criança que desfaleceu no mesmo instante.

A mulher, encapuzada, seguiu para o ponto de luz no quarto escuro, tornado-se uma figura obscurecida pela escuridão ao seu redor. Seu capuz sombrio cobria seu rosto, deixando apenas seus olhos e os dentes brancos brilhando na escuridão. Lentamente, como se feita de fumaça, ela começou a se desfazer em uma névoa fina e translúcida, que se espalhava pelos cantos do quarto, envolvendo tudo em seu caminho.

Seus contornos se tornaram indistintos, sua presença cada vez mais etérea. O silêncio do quarto era interrompido apenas pelo sussurro suave da bruma se tornando cada vez mais densa e tomando todo o ambiente. Em instantes, a mulher encapuzada desapareceu por completo, deixando para trás apenas um aroma indefinível no ar e um quarto completamente tomado pela bruma densa.

Com um gesto sutil de sua mão, uma névoa negra começava a se espalhar pelo ambiente, envolvendo cada canto, cada móvel, cada objeto que cruzava o caminho da misteriosa mulher que caminhava silenciosamente, seguindo em direção ao barulho de diversas vozes, gritos e risadas a sua frente.

A mulher encapuzada estava parada no meio da névoa negra, seu rosto oculto pelas sombras do capuz. Lentamente, a bruma começou a se contorcer ao redor dela, como se estivesse ganhando vida própria.

O canto do rouxinolOnde histórias criam vida. Descubra agora