Capítulo 35- Murmúrios sonolentos

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1311 palavras

"O amor é a resposta, e você sabe que, para qualquer pergunta, o amor é sempre a resposta." - John Lennon.

Elvis Presley - Can't Help Falling In Love

Sunan abriu os olhos lentamente, como se emergisse de um sono profundo e pesado. A luz do sol entrava pela janela, iluminando o quarto com um brilho suave e acolhedor. Ele piscou, tentando entender onde estava e o que estava acontecendo. Sua mente estava nebulosa, como se estivesse envolta em uma névoa densa.

À medida que sua visão se clarificava, ele percebeu que estava deitado em uma cama desconhecida. O quarto era simples, com móveis de madeira escura e cortinas de linho branco. Mas não era o quarto que o intrigava, era o peso em seus braços.

Seu braço direito estava um pouco dormente, como se tivesse sido comprimido por algo. Ele tentou mover o braço, e uma dor leve o fez contrair o rosto. Foi então que ele olhou para baixo e viu.

Serafim.

Seu coração pulou no peito. Serafim estava aninhado em seus braços, abraçando-o com uma força suave. Seu rosto estava sereno, os olhos fechados, como se estivesse dormindo. Sunan sentiu um arrepio de emoção ao ver o rosto de Serafim tão próximo ao seu.

Memórias começaram a voltar, como se a visão de Serafim tivesse desbloqueado uma porta fechada em sua mente. Ele lembrou-se da redoma, da luta para libertar Serafim, da corrida desesperada para escapar das almas agonizantes.

Sunan sentiu um sorriso se formar em seus lábios. Ele havia feito isso. Ele havia salvado Serafim.

Com cuidado, ele moveu o braço para envolver Serafim um pouco mais próximo, sentindo o calor do seu corpo e o ritmo suave de sua respiração. Sunan fechou os olhos, deixando a luz do sol banhar seu rosto, e sentiu uma paz profunda se instalar em seu coração.

Sentir o corpo quente de Serafim era a maior prova de que o pior já estava passando e o fez ter esperança de que os dias de paz finalmente viriam.

Sem que Sunan percebesse, as portas do quarto se abriram silenciosamente, e duas figuras pequenas entraram, deslizando com passos leves e um tanto inseguros.

Sem perder tempo, Apynia e Panit, subiram na cama, abrindo espaço e se aninharam entre Sunan e Serafim abraçando ambos com suas pequenas mãozinhas

— Pai, estamos com saudades. Onde vocês estavam? — Disse Apynia em um sussuro para Sunan

Panit se encostou em Serafim e perguntou:

— Papai Serafim, você está bem?

Sunan e Serafim, que havia despertado após sentir os pequenos corpinhos subindo na cama, trocaram um olhar carinhoso e abraçaram as crianças.

— Estamos bem, meus pequenos, não importa o que aconteça, eu sempre voltarei para vocês— disse Serafim

— Pai, eu tava com tanto medo... — disse Apynia com a voz embargada

— Não precisa ter medo, pequena, você tem uma família enorme que te ama, nunca mais vocês vão se sentir sozinhos de novo. — Quebrando um pouco o clima tenso, Sunan disse: —Tenho certeza que seus tios estragaram vocês horrores nesse período, principalmente Somchai que tem uma dificuldade de dizer não...

As crianças sorriam, sentindo-se seguras e amadas.

— Tio Somchai e tia Mainá são legais — disse Panit

— Tenho certeza que sim. Vocês sabem onde eles estão ?

— Estão olhando a reforma das nossas casas, tia Mainá tá na biblioteca e Korn tá com eles pois não quer ficar longe da mãe e da irmã — disse Apynia prática e madura como sempre

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⏰ Última atualização: Nov 08 ⏰

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