CAPÍTULO 15

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Noble pressionou o corpo de Sarah contra a parede do box num beijo quente debaixo do chuveiro. Ele a suspendeu, Sarah abriu as pernas e ele entrou. Ela fechou os olhos com força, era delicioso ser preenchida por aquela coluna grossa, dura, mas macia. Ele tirou quase tudo e voltou com firmeza, a fricção da pele do pênis dele em seus... Pele?
"Noble, você esqueceu a camisinha!" Ela disse quando ele beijava seu pescoço o mordiscando com as presas.
"Você toma medicação, não toma?" Ele a encarou, os olhos estavam intensos, suas pupilas verticais muito finas, pareciam olhos de ouro derretido. Ele a beijou, chupando seus lábios, a invadindo com a língua e Sarah se perdeu no beijo e no vai e vem do pênis dele dentro dela. Mas ela não podia se jogar de cabeça naquela loucura daquele jeito, então ela terminou o beijo, com pesar, claro.
"Sim, mas não podemos brincar com isso." Ela o empurrou. Ele ainda voltou para dentro dela, Sarah gemeu, mas continuou firme.
"Noble!" Ela o empurrou de novo.
Ele saiu de dentro dela, a contragosto, a beijou e sorriu.
"Não saia daqui." Ele abriu a cortina, Sarah ficou debaixo do chuveiro e deixou a água cair sobre a cabeça dela.
Era uma loucura! Ela e Noble passaram a noite toda fazendo amor, ela quase não se aguentava em pé.
"Sarah." Ela ouviu John chamando o nome dela no momento em que Noble voltou ao banheiro.
Ela viu que ele tinha colocado a camisinha e recuou até a parede.
"John está lá fora?" Ele a beijou, Sarah fechou os olhos e deixou que ele a tirasse do chuveiro e do banheiro. Mas quando a colocou na cama e a virou de costas, Sarah disse:
"John está lá fora?" Ele beijou as costas dela, a ajeitando de quatro e ficando por cima colando seu peito as costas dela. Sarah não conseguia se virar, seu corpo ficou em expectativa, mesmo estando surpresa com a possibilidade de John estar lá fora.
"Noble?" Outra voz chamou, era o Timber. Timber?
"Quem está lá fora?" Ele sorriu, aproveitando que ela moveu a cabeça e a beijou. Sarah desfrutou dos lábios dele, naquela posição incômoda. Ela de quatro ele acariciando o meio das pernas dela.
"A força..." Ele começou mas não terminou por que entrou nela por trás, Sarah gemeu, ele entrou todo de uma vez.
Noble começou a entrar e sair, Sarah fechou os olhos e se entregou às sensações. Ele a tocava no clitóris com os dedos com urgência, ela rebolava no pouco espaço que tinha. E quando ela aumentou o volume dos gemidos, ele aumentou a força e a velocidade das estocadas e também rosnava mais alto. Até que veio o clímax para ela e alguns segundos depois para ele. Sarah deixou seu corpo cair na cama de bruços quando ele saiu dela. Noble se afastou, foi ao banheiro, Sarah fechou os olhos, mas os abriu com as batidas fortes de John na porta.
"Noble, só diga se você vai ou não para a porra da escola e nos libere." John disse.
Ela suspirou, se sentou e olhou para seu vestido rasgado no chão do quarto.
"Tome, use a minha camiseta." Noble estendeu para ela. Sarah vestiu e viu que a camiseta ficou como um vestido para ela, ia até o meio de suas coxas. Noble vestiu a calça de moletom.
"Noble! Que porra!" John estava puto.
Ele sorriu.
"A realidade chama." Ele disse, Sarah assentiu.
Eles saíram da cabana, Sarah olhou para John, ele ainda tinha os dois olhos roxos da luta com Simple.
"Qual o seu problema?" Ela perguntou. John e mais três Novas Espécies vestindo a roupa da força tarefa estavam esperando na porta.
"Era só dizer que não vai hoje, Noble." Timber disse. Os outros dois, Jinx e Flirt acenaram.
"Eu tenho que ir. Vou correr até em casa e em quinze minutos eu estarei no complexo." Noble disse para eles e segurou o rosto de Sarah.
"Te vejo a noite?" Ele perguntou, ela sorriu e o beijou.
Ele esperou Sarah subir no jipe e dar partida para sair correndo.
John, correu atrás do jipe e pulou dentro dele, quando ela desacelerou.
"Então é isso agora? Noble?" Ele perguntou ela continuou dirigindo.
"O que você quer?" Ela perguntou.
"Vocês estão namorando?" Ele perguntou. Sarah não tinha resposta para isso.
"O que foi, John?" Seu irmão baixou a cabeça.
"Noble deixou o celular no zoológico. Simple atendeu e me disse onde estavam. Mas é claro que ele não disse só isso." Ele olhou para frente.
"John, você entende que Simple só quer te provocar? Vocês vão lutar agora em todas as oportunidades?" John suspirou.
"Ele disse que vocês chegaram e interromperam uma conversa entre ele e Flora. É verdade?" Sarah se lembrou de Flora e Simple na sala da administração, Simple só vestindo uma toalha.
"Sim. Ela estava lá. Mas foi embora assim que chegamos." Ele continuou olhando para frente.
"Acha que eles..." Sarah balançou a cabeça. Flora não parecia ter sido tocada por Simple.
"Não. Eles só conversavam quando nós chegamos."
"Ela está estranha." John disse.
"Isso é muito normal, John. Ela é muito novinha, você mesmo é muito novo. Dê tempo a ela." Ele bufou.
"É só o que eu digo a mim mesmo, Sarah e parece que o tempo não passa nunca! É uma merda!"
"Sabe, você devia aproveitar sua adolescência. Correr, brincar, aproveitar seu tempo antes de colocar em seus ombros tanta responsabilidade. Eu disse pro papai que você não deveria entrar para a força tarefa. Você deveria estar estudando." Sarah disse. John tinha quatorze anos, pelo amor de Deus!
"A força tarefa me ajudou a me focar, eu ainda não decidi em que área eu quero atuar." Ela acenou sem tirar os olhos da estrada.
"Exato, você tem todo o tempo do mundo! Eu não entendo que mania é essa de apressar as coisas!" Sarah disse.
"Eu quero Flora. Nenhum tempo do mundo mudará isso." Ele disse.
"Certo. Mas ela te quer?" Ele baixou os olhos.
"Eu não sei." Sarah suspirou triste.
"John, eu tive minha cota de decepção amorosa. Noble fugia de mim e eu acreditava que era por que eu era muito nova. Mas aí descobri as prostitutas e briguei com ele, não o entendi, corri para a faculdade e me joguei nos braços do primeiro que me sorriu. Isso não terminou bem e não teve a ver com o que eu..." Ela ia dizer que Patrick se aproximou dela por que ela era filha de Sophia, por causa dos Novas Espécies.
"Nós dois chegamos numa fase de comodismo, de inércia. Estávamos juntos por que era mais fácil, a paixão já tinha esfriado a muito tempo. E isso aconteceu por que da minha parte começou errado. Eu nunca deixei de..." Sarah parou. Ela nunca deixou de amar Noble, ele sempre esteve dentro do coração dela. E isso era uma verdade poderosa, mas assustadora.
"De amar Noble?" John terminou por ela.
"O que eu quero dizer, John, é que deixe Flora trilhar o caminho dela. Deixe-a tomar suas próprias decisões. Se ela for mesmo sua vai acontecer e sem forçação da sua parte. Dê isso a ela." Noble a deixou ir, a deixou namorar. Não se intrometeu e ainda se certificou de que ela estivesse feliz com Patrick. O que isso queria dizer?
É claro que ela nunca poderia comparar a obsessão de John por Flora ao que Noble sentia por ela, Sarah. Noble era mais velho, mais maduro. Mas pensar que John trucidaria qualquer um que tocasse em Flora e Noble ainda se ofereceu para um encontro de casais, fazia com que ela se lembrasse de manter sempre um pé no chão.
"O que me irrita, o que me deixa possesso é que Simple está só brincando com ela. Ele é todo distante, indiferente e malvado e as fêmeas suspiram quando ele está presente. O que passa pela cabeça dessas fêmeas? Ele não tem interesse nenhum em nada sério, mas todas estão sempre falando dele." Sarah sorriu.
"O perigo e o mistério são intrigantes e atraem muito mais que a doçura e bondade. Não mude, maninho. Você é a melhor pessoa que eu conheço nesse mundo. Você é um artista, é sensível e é o maior lutador que eu conheço, não mude, nem por Flora, nem por ninguém." Ele torceu a boca. E ainda era incrivelmente bonito, com os cabelos negros lisos e os olhos cor de bronze.
"Eu sou um chato, isso sim. "
"Sim, isso também." Sarah riu, ele sorriu meio a contragosto.
"Então acha que eu não devo ir tirar satisfações com Simple?" Ele perguntou.
"Digamos que eu tive a melhor noite da minha vida graças a ele ter arrumado a cabana. Ele colocou pétalas de rosa na cama, John! E ainda a proveu com camisinhas por todos os lados. Eu estou meio que em débito com ele."
John balançou a cabeça.
"Foi Candid quem requisitou aquela cabana. Tudo o que está lá foi ele que montou." Ele informou, Sarah deu de ombros.
"Só deixe as coisas seguirem, e cuide da sua vida." Ela disse quando chegaram em casa. John esperou ela descer e pôs o veículo novamente em movimento.
"Estarei protegendo seu Romeu, dê um beijo na mamãe, eu não a vi hoje." E ele se foi.
Ela entrou em casa, Brave e Gift comiam na cozinha. Gift franziu o nariz quando olhou para ela.
"Tome um banho, por favor." Ele disse. Brave sorriu de uma orelha a outra, mas se dirigiu ao seu gêmeo:
"Pague." Gift rosnou e tirou uma nota de dez do bolso
"É tudo o que eu tenho." Ele disse.
"É sério que vocês apostaram em mim namorando Noble?"
"Quem falou em namorar, apostamos nos dois compartilhando sexo. Estão namorando?" Gift retrucou, Sarah ergueu as sobrancelhas. Estavam namorando? Tudo indicava que não.
"Mamãe saiu?" Ela perguntou.
"Sim." Brave respondeu. Sarah acenou e subiu as escadas. Ela entrou em seu quarto e olhou em volta, esquecida do que tinha ido fazer. Tomar banho.
Não. Não ia tomar banho, ia na casa do tio V.. Por quê, ela não sabia, mas suas pernas já desciam as escadas. A casa do tio V.. Fazia muito tempo que ela não ia lá, o tio V. a amava, ela tinha de ir pra lá. Sarah passou pela sala, ainda ouviu Brave chamá-la, mas Brave podia esperar, ela tinha de ir a casa do tio V..
Sarah andou pela estrada, suas pernas cobriram uma boa parte do caminho, e ela se cansou. Talvez se parasse um pouco... Não ela tinha de continuar, então correu. Sarah não era uma boa corredora, não era muito de fazer exercícios físicos, suas pernas começaram a doer, mas ela não parou, já estava chegando mesmo. Ela ia bater na porta, mas era a casa do tio V., não precisava bater, ela entrou e deu de cara com Marianne.
"Sarah? Tudo bem?" Sarah abriu a boca, mas nada saiu, o que ela foi fazer ali mesmo?
"Olívia! Isso é coisa sua?" Marianne perguntou e Olívia e Sophia desceram as escadas.
Sarah sentiu seu corpo ser solto, ela caiu sentada.
"Filha!" Sua mãe correu até ela.
"Eu..." Sarah não sabia se se levantava ou cobria as pernas. Ela só vestia a camiseta de Noble.
Sua mãe a pegou no colo e a colocou no sofá.
"Me desculpe, Sarah, mas eu precisava testar nossa conexão." Livie disse se sentando ao lado de sua mãe.
Todo o corpo de Sarah doía, ela olhou confusa para Livie.
"Conexão?"
"Tia..." Livie olhou para Marianne que estreitou os olhos, mas subiu as escadas.
"Eu confio na sua tia, querida." Sophia disse.
"Mas não devemos envolver o papai e a mente dela é um livro aberto para ele." Sarah se sentou direito, ainda tentando esticar a camiseta de Noble o mais que pudesse.
"Que roupa é essa?" Sua mãe perguntou, Sarah deu de ombros.
"Não me diga que aquele desajeitado rasgou o seu vestido!" Sophia perguntou, Sarah sorriu.
"Era um vestido tão lindo!" Sarah odiava aquele vestido.
"Por que odiava o vestido?" Livie perguntou.
"Você odiava o vestido? É mesmo?" Sua mãe também perguntou. Sarah não sabia qual das perguntas responder. Ela ergueu as mãos pedindo tempo e então disse:
"Sim, mamãe, eu odiava aquele vestido e eu o odiava por que o comprei para uma das festas de aniversário de Noble e ele nem me notou na festa. Sem falar que ele é muito curto." Ela disse.
"Bom, mas não deixe ele pegar a mania de rasgar as suas roupas, ou não sobrará nada. Eu tive muito trabalho com o seu pai para ele parar de rasgar as minhas calcinhas." Sua mãe disse, Sarah riu e Livie só mexeu os lábios.
Livie estava mais velha, mais bonita. O ar perdido que ela tinha antes não estava mais presente no rosto dela, assim como o semblante meio travesso e alegre de quando Sarah a conheceu também não.
"Então. O que você fez comigo?" Sarah perguntou.
"Eu me conectei com a sua mente. Posso fazer algumas coisas com você como.. " Sarah se levantou de um salto.
"Ou..." Sarah fechou os olhos e apagou.
Quando acordou, ela estava em outro cômodo, um quarto grande e iluminado.
"Onde estou?"
"Graças a Deus!" Sua mãe a abraçou, ela estava tremendo. Sarah não entendia nada do que tinha acontecido.
"Eu disse que ela estava bem." Livie disse da janela.
"Você ficou quase quinze minutos apagada. Eu quase..." Sua mãe acariciou o rosto de Sarah, era tão bom. Sarah se viu novinha, como bebê no colo de sua mãe e puxando os cachos dela.
"Eu te amo, mãe." Sarah disse ao sentir o carinho que sua mãe tinha por ela.
"O que foi isso agora?" Sua mãe se virou para Livie. Ela usou um tom meio duro. Sophia era implacável quando queria.
"Conexão. Ela teve um vislumbre de uma memória sua. Dela mesma quando era bebê." Sua mãe ergueu as duas sobrancelhas.
"Foi exatamente isso que eu pensei." Ela disse, Sarah olhou para Livie.
"Podem parar de falar sem me contextualizar, por favor?" Livie assentiu.
Sua mãe inspirou fundo e começou.
"Eu procurei Livie por que depois de tantos anos você chegou mais perto de uma informação sobre Honor que a força tarefa, que os trigêmeos, que James e que a própria Livie e o Ven. E contei a ela o que aconteceu, falei de Bronzy e de Eustace e o plano idiota dele. Livie concorda que devemos jogar o jogo dele até sabermos mais."
Sarah entendeu. Sua mãe estava ainda seguindo seu plano.
"E então eu resolvi tentar uma conexão com você, assim poderemos saber as reais intenções do tal Eustace." Livie disse.
Sarah se ajeitou na cama.
"Como?" A cabeça dela ainda girava, ela estava um pouco tonta.
"Você está bem?" Livie se aproximou de Sarah lhe tocando o rosto. Suas mãos estavam frias. Sarah pensou que ela parecia uma casca vazia e isso era triste.
"Eu estou tonta. Mas eu não comi nada ainda e a noite foi..." Ela olhou para baixo. Sarah não queria jogar na cara de Livie sua felicidade por ter passado a noite com Noble.
Livie a encarou.
"Felicidade não é algo que deva ser escondida, Sarah. Nunca deixe de transparecer em seu rosto e nas suas palavras o quão feliz você está por estar apaixonada por Noble. Ele é especial e você também, os dois merecem ser felizes." Ela sorriu.
"Vou descer e arrumar alguma coisa pra você comer, senhorita passei a noite compartilhando sexo. Já volto." Sua mãe disse e saiu do quarto. Sarah deu uma boa examinada no lugar.
"Aqui era o sótão?" Ela perguntou, Livie assentiu.
"Eu não queria vir pra cá. Minha memória não voltou, eu amo meus filhos, mas eu não me lembro do nascimento deles, de os ter carregado em meu ventre. Minerva se tornou a mãe deles, eu sou apenas a mãe biológica. Então, não queria vir, mas papai insistiu e depois de viajar por um monte de lugares procurando Honor, eu decidi vir, mas eu não consigo me relacionar com ninguém direito, eu me sinto deslocada, sem lugar. Papai mandou arrumar aqui para mim. Eu passo os dias lendo, pintando, meus filhos vem me ver e é só. Até que ontem, Lily veio e disse que eu esperasse a tia Sophia, que ela iria me fazer sorrir." Ela sorriu. Sarah se levantou da cama, seu estômago roncou. Haviam uns quadros pendurados na parede, ela se aproximou de um deles.
Honor. Sorrindo meio tímido, os olhos baixos. Lindo. Puro. Sarah tocou o quadro e fez uma prece para que ele estivesse bem. Ela se lembrou das palavras de Eustace dizendo que ele não era selvagem. Que ele torcia pescoços.
"O que mais ele disse, Sarah?" Livie a abraçou por trás, Sarah acariciou o braço dela.
"Lembre-se de cada palavra." Sarah obedeceu. Livie colocou a testa na cabeça de Sarah, por trás e ficou assim por um tempo. Quando ela soltou Sarah, ela rosnou.
"Livie!" Sarah se afastou, os olhos de Livie estavam cinzas, muito claros, ela tinha os dentes apertados e as narinas abertas. Sarah sentiu medo.
"Livie!" Ela disse dando passos para trás, tentando se afastar o máximo possível. Livie piscou várias vezes e rosnou alto fechando os olhos.
Sarah ouviu os passos de sua mãe e de mais alguém, talvez Marianne.
"Livie, querida, o que foi?" Era mesmo Marianne, Livie ainda piscava, os olhos dela continuavam cinzas, esquisitos.
"Tia, eu..." Ela foi até a cama e se sentou. As mãos dela estavam tremendo.
"Ele está sofrendo. Está tendo de fazer o que não quer, está matando pessoas, logo ele que..." Ela fechou os olhos com força.
"Eu sempre o senti como doce, como bom. Mas segundo Eustace ele virou uma máquina de matar. E tudo por minha culpa!" Marianne se sentou ao lado dela na cama e a abraçou. A mãe de Sarah a fez se sentar numa cadeira e lhe deu um prato de comida. Sarah estava com fome, mas a tristeza de Livie a inundou.
"Coma. Ou nada de encontrar com Noble hoje." Ela ameaçou. Sarah começou a comer, era uma carne assada, estava muito boa.
"Não pense assim, meu amor. Vocês vão encontrá-lo." Marianne disse, Livie a abraçou apertado.
"Sabe que o papai, ou os outros podem colocar tudo a perder, não é?" Livie disse, Marianne balançou a cabeça.
"Sei. Faça o que tem de fazer, eu confio em você." Ela disse e Livie a abraçou, dizendo alguma coisa no ouvido dela. Marianne se levantou, seu rosto tinha uma expressão vazia e saiu do quarto.
"Por que não podemos contar para o tio V.?" Sarah perguntou.
"Por que sua mãe tem razão quando diz que o plano de Eustace envolve a força tarefa ir na casa dele e em outros lugares que ele indicar. É uma armadilha. Só pode ser. Se ele tem contatos com o dono da ilha a ponto de matarem..." Ela fechou os olhos. Era doloroso para ela falar em Honor preso numa ilha, servindo de diversão para desgraçados ricos. Ela continuou:
"De matarem Honor, se você não fizesse o que ele quer, ele poderia ter um filhote facilmente. Ele comprou Bronzy e pra quê? Ela vive na casa dele, não é?" Sarah concordava com Livie e sua mãe. Eustace estava jogando um outro jogo.
"Sim. Ela não sai, ela fica isolada." Sua mãe fez um barulho triste.
"Daqui a alguns dias, você vai ir na casa dele e dizer que está grávida. Eu estarei próxima, estaremos conectadas e você vai servir de ponto de ligação para que eu sonde a mente dele." Ela disse.
"Como?" Sarah não entendeu a última parte.
"Assim como você conseguiu um vislumbre da mente de sua mãe, e eu vi, você vai fazer o mesmo com ele. E eu vou ver. Daí nós chamamos o papai, não antes." Ela disse, Sophia acenou.
"Mas como eu vou poder 'ver' dentro da mente dele?" Sarah perguntou.
"Você não vai ver, eu vou. Você me ligará a ele." Sarah ainda não entendia.
"Eu vou te explicar, mas não hoje, outro dia." Ela disse num fio de voz. Livie se deitou na cama e fechou os olhos. Sarah olhou para sua mãe, ela segurou a mão de Sarah e saíram do quarto. Elas desceram as escadas, Sarah estava triste por Livie, ela estava fria, sem vida.
"Sarah, o que é isso que você está vestindo?" Beauty perguntou. Ela estava na sala assistindo tv, Peace estava ao lado dela comendo.
"Ela compartilhou sexo com Noble e essa camiseta é dele. Por que ela está aqui, eu não sei." Peace disse dando uma grande mordida no sanduíche em suas mãos.
"Que bom! Eu sabia! Vocês vão acasalar?" A menina perguntou.
"Ainda estamos no começo. Bom, já vamos. Tenham um bom dia." Sarah disse, totalmente sem jeito. Sua mãe riu. Ela saíam quando Harrison chegava.
"Harrison! Faz tempo que não vejo você, onde se meteu?" Sua mãe o abraçou. Ele estava do tamanho dela já e Sophia era alta.
"Eu fico vindo e indo de Homeland pra cá. Mas vou jantar na sua casa hoje." Ele sorriu, malandro.
"É, eu ia te convidar." Sua mãe riu e bateu no ombro dele.
"Eu sei." Sarah também riu.
"Então, até a noite." Sua mãe se despediu dele, Sarah sorriu e ia para o jipe, quando ele segurou a mão dela.
"Não minta para ele, nunca." Ele disse. Sarah mergulhou no gelo azul dos olhos dele e assentiu. Ela subiu no jipe, sua mãe deu a partida e mesmo tendo pegado a estrada, os olhos dele pareciam segui-la.


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