01. A garota do bar

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POV Emma Swan

Acabara de chegar em Seattle. Estava aqui a trabalho. Alguns clientes importantes para atender, algumas fotos, algumas entrevistas... Esse é o preço que se paga por obter sucesso na carreira. Na verdade, eu adoro essa parte do meu trabalho. Viajar, conhecer vários lugares, conhecer pessoas. É a melhor forma de me manter longe do meu marido.

O Neal é um bom homem. Bom marido, bom pai. Ele cuida do Henry enquanto eu fico fora. Ah, o Henry. Minha melhor parte, a única coisa boa desse casamento. Eu nunca soube se realmente amava o meu marido. Ele foi o meu primeiro homem. O meu único. Nos conhecemos desde a infância, estudamos juntos, frequentamos a mesma faculdade. Nossos pais são amigos desde que eram jovens. Minha família achou que o Neal seria o homem perfeito para casar e construir uma família feliz. Por isso que nos casamos. Sempre fui uma filha obediente, exemplar, do tipo que faria qualquer coisa para não decepcionar a família. Até mesmo casar com um homem que não ama. Nova Iorque era maravilhosa, mas lá eu era muito conhecida. A jovem e brilhante filha do escritor David Nolan, que se tornou a melhor advogada da cidade. Viajar, mesmo que a negócios, me dava a oportunidade de ser quem eu realmente era, nem que fosse apenas por algumas horas.

Peguei um táxi no aeroporto e fui direto para o hotel deixar as minhas malas. Havia um pequeno bar próximo ao hotel, nada muito sofisticado, mas parecia aconchegante e, mesmo de longe, pude observar que estava bem lotado. Fiz o cheking na recepção e subi para tomar um banho. Coloquei um vestido preto, bem justo, um batom nude e fui ate o bar.

Estava tomando o meu terceiro drink quando notei a porta se abrindo e uma mulher que chamou a minha atenção entrando. Não só a minha, mas a de todos naquele bar lotado.

Ela era simplesmente deslumbrante! Morena, com os cabelos na altura dos ombros. Usava um vestido vermelho, que realçava as suas curvas e combinava perfeitamente com o vermelho em seus lábios. Apesar de sempre me hospedar nesse hotel, nunca havia entrado neste bar, mas se aquela morena costumava vir aqui, esse seria o meu mais novo lugar preferido de Seattle.

Sempre que viajava a trabalho, frequentava inúmeros lugares diferentes em busca de mulheres que queriam uma boa noite de sexo. Sim, a filha exemplar - e "bem" casada - dos Nolan's gostava de mulheres.

Voltei a minha atenção a morena. Ela atravessava o bar com um andar confiante, segura de si. Sabia que todos naquele ambiente estavam olhando-a e ela gostava disso. Até sorriu para uma ou outra garota no caminho, o que me fez pensar que ela também curtia mulheres.

Apesar de gostar das minhas noites com as mulheres que conhecia por aí, eu estava decidida que aquela seria a ultima vez. O dia seguinte seria o inicio de uma nova vida. Eu iria me dedicar ao meu marido e filho. Deixaria de lado essa vida de traição, mas queria me despedir de forma adequada.

Vi a morena indo até o balcão e conversando com a ruiva do outro lado. Fitei-a por alguns instantes, até que a ruiva fez um sinal e a morena me olhou. Seus olhos eram vibrantes, penetrantes. Pisquei para ela e sorri, recebendo de imediato um sorriso convidativo.

POV Regina Mills

Estava cansada. Foi um dia longo e estressante no jornal. Fui até o bar da minha irmã, precisava beber e relaxar a minha cabeça. Assim que abri a porta, notei várias pessoas me olhando, como de costume. A minha autoestima não era das melhores, mas aquele ambiente com certeza a deixava bastante elevada. Caminhei por entre as mesas vendo algumas das mulheres que já peguei, algumas que eu ainda pretendia pegar. Fui até o balcão e chamei a minha irmã.

– Sis, eu preciso de uma bebida!

Zelena surgiu com uma dose de tequila. E colocou na minha frente.

– Se eu fosse você não olharia agora, mas tem uma loira ali que não tira os olhos de você.

Zelena fez um sinal com a cabeça e eu pude ver a loira de quem falava. Ela era linda, olhos brilhantes como esmeraldas. Retribui o sorriso que ela me deu, já imaginando como seria beijar aquele corpo nu.

– Regina, o que eu te falei sobre paquerar as minhas clientes? Você não vai parar nunca, não é?

Eu a ignorei completamente, vendo a loira caminhar na minha direção.

– Posso te oferecer uma bebida? – perguntou já sentando ao meu lado – Quero o mesmo que você estiver bebendo.

– Você tem um ótimo gosto para bebidas - sorri e tomei o restante da minha dose.

– Posso saber o seu nome?

– Regina... E o seu?

– Prefiro ser somente a garota do bar.

Ela não quis me falar seu nome. Tudo bem, eu gosto de mistérios e desafios. Além disso, eu não preciso saber o seu nome para tirar a sua roupa.

– Zel, trás duas tequilas, por favor.

Sorri enquanto a minha irmã nos servia e me fuzilava com o olhar. Com certeza iria me dar outro sermão sobre pegar as clientes mais tarde. Mas agora isso não importava. Tudo que eu queria era um meio de levar aquela loira até a minha cama. Eu podia sentir seus olhos em mim enquanto bebia a minha tequila em um gole só.

– Não gosta de tequila? – perguntei vendo que nem se quer tinha provado.

– Até gosto, mas prefiro saber que gosto ela tem na sua boca.

A loira me beijou, profundamente. Era um beijo quente, envolvente. Cheio de desejo. Ela me queria e eu a queria também. Enquanto me beijava, passou as unhas lentamente sobre a minha perna. Colocou uma nota de cem no balcão, que era bem mais do que o suficiente para pagar as doses de tequila e me puxou, guiando-me para fora do bar.

– Para onde vamos agora?

– Eu tenho um quarto do outro lado da rua. Pensei em te levar lá...

– Perfeito! – eu a interrompi – Não vou conseguir me segurar por muito tempo sem te beijar de novo.

Ela sorriu e saiu me arrastando até o outro lado da rua. Entramos no prédio do hotel e eu mal pude esperar o elevador fechar, para atacar aquela boca maravilhosa novamente. Puxei a loira para mais perto, meus olhos se dirigiam aos seus lábios. Estava prestes a beijá-la quando o elevador abriu no 2° andar para que as algumas pessoas pudessem entrar.

– Aqui não, senhorita – ela me advertiu e eu bufei.

– Tudo bem, eu acho que posso esperar um pouco mais.

O elevador se abriu novamente, dessa vez no andar certo. A loira pegou na minha mão e me conduziu até o seu quarto. Por mais que eu tentasse, não conseguia conter as minhas mãos enquanto ela destrancava a porta do quarto. Passei a mão por sua nuca e dei um leve puxão no seu cabelo, deixando o seu pescoço exposto. Beijei-o suavemente e pude ouvir a loira sussurrando meu nome. Assim quem a porta do apartamento se abriu, empurrei-a para dentro do quarto .


A GAROTA DO BAROnde histórias criam vida. Descubra agora