64. Vamos para uma boate

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POV Emma Swan

Eu não imaginava o quanto sentia falta da Regina, até estar ao seu lado.

Passado o susto da minha chegada repentina, nós nos deliciamos com a sua maravilhosa lasanha. De sobremesa, minha noiva preparou uma torta de maçã. Até parece que sabia que eu estava vindo. 

Durante o jantar, o desejo emanava dos nossos corpos. Nem se quiséssemos conseguiríamos disfarçar a nossa troca de olhares. Assim que Robin e Zelena nos deixaram a sós, já nos animamos com uma boa música envolvente. Daí, surgiu a grande ideia na cabeça da minha noiva. 

– Vamos para uma boate! 

No começo, fiquei um pouco receosa, afinal, acabara de chegar de uma viagem de horas. Mas Regina acabou me convencendo. 

– Vamos lá, amor. Você sabe que eu amo dançar e eu não tenho ido a muitos lugares ultimamente... 

E, com essa cartada, ela ganhou o jogo. 

Nunca impedi a Regina de sair, mas, convenhamos, não pegaria bem para uma mulher comprometida estar desacompanhada em uma boate. 

– Tudo bem, você venceu. 

Tomamos um banho rápido, juntas. Por mais que eu tentasse, Regina se esquivava de todas as minhas tentativas de transformar o tal banho rápido em um sexo louco debaixo do chuveiro. Confesso que isso me frustrou um pouco. 

Como ainda não tinha desfeito as minhas malas, acabei pegando uma roupa da Regina. 

– Você tem alguma roupa que não seja preta? 

– Preto é a minha cor, Emma. 

Coloquei um de seus vestidos. Um salto confortável e arrumei meu cabelo. Regina estava no banheiro, terminando a make. 

– Entre tantas opções, você escolhe o mais curto e justo. – ela analisava, me olhando de cima abaixo. 

Regina pegou as chaves do seu carro e seguimos para a boate. Durante todo o caminho, tentei atiçar a Regina, para que parássemos em algum motel. Sem sucesso. Essa garota realmente estava determinada a dançar. Ao parar em frente a boate, Regina lança um desafio. 

– Emma, quero que tire a sua calcinha agora.

Eu a olhei um pouco surpresa, mas obedeci. Tirei a minha calcinha e joguei para o banco de trás. Regina imitou os meus movimentos. 

– Agora estamos prontas para ir. 

Minha noiva me beijou e saiu do carro logo em seguida. 

Passamos pela entrada, pegamos as nossas pulseiras e a Regina me guiou até o bar. Provavelmente era já frequentava esse lugar antes de me conhecer, a julgar pela sua familiaridade com tudo aqui. Ela pediu dois drinks. Bebericou um copo e me entregou o outro.

– Posso saber o que tem aqui dentro? – ergui a sobrancelha. 

– Bebe, Emma. Você precisa se soltar. 

Ótimo. Eu "preciso me soltar". Tomei minha bebida em um gole só, arranquei o copo da mão da minha noiva, bebendo todo o seu drink também, e segui para pista de dança. 

O lugar estava cheio de homens e mulheres dançando e se esfregando enlouquecidamente. Não sei se já eram as duas doses de bebida fazendo efeito, mas o cheiro de sexo estava no ar. As pessoas pareceriam realmente estar se divertindo. Entrei na vibe do lugar e comecei a dançar. Regina continuava escorada no bar, com outro drink, mordendo os lábios e me observando. 

De repente, senti alguém me encoxando. Olhei para Regina na mesma hora, com os olhos arregalados. Ela apenas sorriu, como se quisesse me tranquilizar. O desconhecido continuou se esfregando em mim, enquanto eu dançava. Ela continuava lá, bebendo e mordendo o lábio inferior. 

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