50. Quando vocês vão se casar?

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POV Neal Cassidy

Ouvi uma barulheira no corredor. Cheguei a tempo de ver a Regina dando um tapão na Elsa, Emma correndo para lá como uma louca e demitindo a Elsa logo em seguida.

Geralmente, esse tipo de decisão era tomada em conjunto. Emma e eu costumávamos conversar antes de qualquer coisa. Entretanto, para isso ter acontecido, ela provavelmente tinha um bom motivo. Não era algo que eu questionaria nesse momento.

Por hora, a maior preocupação era acalmar a Regina que ainda chorava na sala ao lado da minha. Conhecendo a Emma como conheço, ela deveria estar surtando, sem saber como ajudá-la.

Deveria ir lá tentar.

POV Regina Mills

Depois desse episódio meu corpo não parava de tremer. Emma tentava de todas as formas me acalmar, sem sucesso.

Pensar que, graças a Elsa, Emma e eu ficamos separadas por quase um mês. Isso me deixava muito mal. É claro que eu também tive a minha parcela de culpa. Errei quando acreditei em uma estranha e não confiei na minha namorada. Mas, ainda assim, Elsa inventou mentiras e xingou a Emma.

Jamais iria aceitar que falassem daquela forma com a minha mulher. Não. Isso não aconteceria. Nunca mais. Não perto de mim. Não se eu pudesse evitar.

– Gina, vem cá. – Emma me abraçava, na intenção de me fazer para de chorar.

– Posso entrar? – o Neal estava batendo na porta.

Emma deve ter feito sinal positivo. Sinceramente não sei. Ele entrou, trazendo consigo um copo bem grande.

– Pra você, Regina.

– Obrigada.

Recebi o copo e bebi, mesmo sem saber o que tinha lá dentro. Chocolate quente. Mas esse tinha um sabor diferente.

– Tem um sabor diferente... – franzi o cenho.

– É canela! – Emma que respondeu.

– Achei que pudesse funcionar. É a bebida preferida da Emma.

Estranhamente, o chocolate funcionou. A cada gole, sentia meu corpo relaxar mais um pouco. Emma continuava me fazendo carinho.

POV Emma Swan

Não fazia ideia de como acalmar a Regina. Por Deus que o Neal apareceu com chocolate quente com canela. Isso sem dúvidas nos salvou.

– Neal, desculpa não ter falado com você antes de... Você sabe... Demitir a Elsa. Eu sei que esse era o tipo de decisão que deveríamos tomar juntos, mas você viu como ela deixou a Regina?

– Tudo bem, Emms. Se eu entendi bem, Elsa vem causando problemas a algum tempo. Não só entre vocês. Outras várias picuinhas foram causadas por ela.

– De qualquer forma, na próxima eu falo com você antes. E muito obrigada por ajudar a Regina.

– Obrigada pelo chocolate, Neal.

Após acalmar as coisas por aqui, ele voltou para sua sala. A minha tarefa agora era convencer a Regina a sair daquela sala.

Hoje mais cedo tínhamos planejado um dia perfeito. Ela me acompanharia no trabalho esta manhã, sairíamos para almoçar e depois ficaríamos a tarde toda no shopping, vendo um filme ou algo do tipo.

– Vamos sair para almoçar?

– Não sei, acho que perdi a fome..

– Mas eu tô cheia de fome.

Arrastei a Regina comigo, mesmo contra a sua vontade. Sabia que, no fim, ela ficaria feliz.

Sabia que, com o péssimo ânimo que ela estava, só havia uma pessoa que poderia animá-la. Meu filho. Pedi que o levassem até o endereço de uma pizzaria. Nada era mais fofo que o Henry comendo pizza.

– Mamãe! Regina! Sentem-se. Eu já pedi nosso almoço.

– E qual foi o sabor de pizza que você pediu?

– Eu aposto que foi de calabresa. – sem dúvidas, ela conhecia bem o meu filho.

A pizza não demorou. Henry pediu uma tamanho família, refrigerantes e três milk shakes de sobremesa. Comemos enquanto nos divertíamos. Minha Regina voltou a sorrir de forma doce e isso enchia o meu coração de alegria.

– Vamos ao cinema, mãe? Hoje tá passando o novo filme do Sonic, eu queria muito ver..

– Vamos! – Regina estava bem animada.

Saímos da pizzaria direto para o cinema. Compramos pipoca, chocolate e um monte de balas. Vimos todo o filme. O meu filho vibrava a cada cena. Quando o filme acabou, percebemos que já era quase noite.

Saímos do cinema e caminhamos pelo shopping. Ao lado do Henry, Regina voltou a ser criança. Os dois corriam, brincavam e gargalhavam. Passamos em frente as lojas. Estava tudo tranquilo. Mas, como sempre, o meu filho precisava abrir a sua boca.

– Quando vocês vão se casar?

Henry fazia essa pergunta, parado exatamente em frente a uma grande loja de vestidos de noiva.


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