59. A sua vida está lá

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POV Regina Mills

Zelena entrou em casa aos prantos.

– O que aconteceu? Ele foi um babaca com você?

– Não... Não sei.

Minha irmã estava claramente abalada. Precisava que ela se acalmasse ou isso poderia prejudicar o meu sobrinho. Fui até a cozinha, peguei um copo de água e voltei para acalentar a Zelena.

– Zel, bebe isso. Você precisa se acalmar, pelo bebê...

No momento em que falei do bebê, ela pareceu se lembrar de como respirar. Bebeu a água e, aos pouquinhos, foi se acalmando.

– Agora me diz exatamente o que ele disse. – pedi.

– Ele ficou feliz. Disse que o Roland ia amar ter um irmão e tal..

– Então porque você entrou aqui chorando dessa forma? – a interrompi.

– No calor do momento, ele falou uma coisa... Disse que deveríamos pensar no futuro e me pediu em casamento.

– Qual o problema nisso, Zelena?

– Eu não sei se ele realmente quer casar comigo ou só acha que deve, por causa do nosso filho.

Acabei de perceber que os surtos e as paranoias são um problema de família.

Essa seria uma típica reação minha. Mas a Zelena? Minha irmã sempre foi muito racional. Aquele papo de hormônios da gravidez deve ser mesmo real.

– Irmã, olha para mim. Não pense assim, por favor. Você é uma mulher incrível. Se ele te pediu em casamento é porque realmente quer casar com você. O que você responde?

– Nada.

– Nada? Como assim?

– Eu só fiquei calada e ignorei. Voltei a comer e fingi que não ouvi.

Meu Deus! Que eu era uma idiota todo mundo já sabia, mas a minha irmã?! Isso me deixou surpresa.

Nessa noite, não pude ligar para Emma. Mandei uma mensagem explicando o que estava acontecendo e ela compreendeu bem.

Agora, a minha missão era fazer a minha irmã entender que o Robin a pediu em casamento porque a amava e não apenas para "fazer a coisa certa".

Nunca pensei que fosse tão difícil convencer uma Mills. Agora eu sei o quanto a Emma sofre quando eu coloco alguma coisa absurda na minha cabeça.

POV Emma Swan

Regina não me ligou essa noite. A sua irmã estava com uma probleminha e ela precisava ajudá-la. Aproveitei a noite livre para jantar com o Henry e o Neal.

Agora que estava tudo devidamente esclarecido entre a Regina e eu, sair com o Neal não era algo embaraçoso. O Henry adorava esses momentos em família e eu não queria, de forma alguma, que ele se sentisse mal com o fato dos seus pais viverem separados.

Jantamos em uma pizzaria, como se fosse alguma novidade. Depois, decidimos levar o nosso filho para brincar em um parquinho. Enquanto o Henry corria de um lado para outro com outras crianças, Neal e eu sentamos em um banco para tomar sorvete.

– Então, Emma, pensou no que eu te falei?

– No que?

– Como vai ser a sua vida com a Regina, após o casamento?

– Eu não sei, Neal. Não planejamos nada ainda.

– Você sente falta dela, certo?

– Demais...

– Então porque ainda tá aqui?

– O que você quer dizer com isso?

– Preciso desenhar para você, Emma? Você ama a Regina, Regina te ama. Não faz sentido viverem tão longe uma da outra.

– O que, exatamente, você tá sugerindo?

– Acorda, Emma. Vai embora para Seattle. A mulher que você ama está lá. A sua vida está lá!

De repente, as palavras do Neal fizeram sentido.

A minha vida estava em Seattle! Regina estava em Seattle!

Eu sei que, se eu pedisse, ela viria morar comigo em Nova Iorque. Mas, para isso acontecer, Regina teria que abrir mão da sua estabilidade e da sua família por mim. Não acho que seja justo exigir tal sacrifício, quando eu posso simplesmente me mudar para lá e seguir a minha vida.

Não seria tão simples assim, é claro.

Neal e eu teríamos que nos desdobrar para dividir a guarda do nosso filho e ele também precisaria se adaptar a essa nova vida. Mas, conhecendo o meu ex marido como eu conheço, a guarda não seria um problema. Já o Henry, sem dúvidas, iria adorar morar em outra cidade.

Ainda assim, eu precisava perguntar:

– E o Henry?

– A gente consegue resolver isso. Ele pode ficar aqui comigo e ir passar os finais de semana e feriado com vocês. Só até as aulas acabarem. No final do ano podemos inverter. Você procura uma boa escola para ele lá e ele vem me visitar nos feriados.

– Você acha que isso vai funcionar?

– Claro que vai! Nosso garoto é um menino muito esperto. Ele vai entender e vai adorar viver viajando.

– E como você vai ficar com isso tudo?

– Feliz, Emma. Feliz por te ver bem.

Nunca pensei que o Neal fosse tão incrível e que me apoiaria tanto em todos os momentos da minha vida. Realmente, a distancia entre a Regina e eu estava me matando um pouco mais a cada dia. Porém, graças ao Neal, eu logo estaria acordando todos os dias nos braços da minha noiva.


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