A GAROTA DO BAR

43. O que eu tinha a perder?

POV Neal Cassidy

Estava de boa na minha sala. Quando recebi uma mensagem do Jones perguntando alguma coisa qualquer. Eu sabia que, no fundo, ele queria saber da minha ex esposa. Se ele estava me mandando mensagem significava que a Emma tinha ligado para ele.

Poderia parecer estranho, mas eu realmente estava tentando arrumar um encontro para minha ex, com um dos meus amigos. Nem eu conseguia acreditar que estava fazendo isso. Resolvi responder a mensagem do Jones.

"E aí, ta afim de uma cerveja?"

Ele respondeu positivamente. Fomos até um bar aqui perto.

– Então, cara, qual a boa?

– Não sei, me diz você... Como está a vida após o divórcio?

– Tá tranquila. Estou conhecendo uma pessoa – respondi bebendo a minha cerveja.

– Isso significa que o caminho tá livre? – Jones ergueu a sobrancelha.

– Completamente!

Pronto. A sementinha foi plantada. Agora é só esperar a colheita.

Poderia parecer errado estar tentando juntar a Emma com o Killian, mas o meu único objetivo era tirar a minha ex da fossa que a Regina a enfiou. Por mais que tentasse esconder, Emma não estava bem. Conseguia ouvi-la chorando no escritório várias vezes ao dia. A parte mais assustadora disso tudo é que eu estive casado com ela por anos e nunca a via chorar por nada. Sem dúvidas, ela era a mulher mais forte que eu conhecia.

POV Killian Jones

Desde que conheci o pessoal da Swan-Cassidy Advocatus, eu sabia dos casinhos extraconjugais da Emma. Entretanto, ela nunca me deu bola. Não foi por falta de tentativas. Sempre que aparecia no escritório para resolver algum pepino, procurava um jeitinho de falar com a Emma. Tentava de todas as formas convencê-la e sair comigo.

Recentemente, espalhou-se a notícia da separação deles. Juntamente com isso, Emma finalmente assumiu a sua bissexualidade, aparecendo com uma namoradinha no evento da empresa. Aparentemente, a relação com a garota não durou muito. Logo, Emma estava solteira e de coração partido, o que me dava a oportunidade perfeita para tê-la ao meu lado.

Recebi uma mensagem do Neal, me chamando para beber. Aproveitei esse momento para perguntar sobre a deusa loira que eu tanto almejava. Para minha surpresa, meu amigo parecia querer me ajudar com isso.

Depois que a Emma me ligou, pedindo para aparecer no escritório, eu fui para casa, tomei um bom banho e coloquei o meu melhor perfume. Precisava estar apresentável para ela. Cheguei lá por volta de 15h, pedi que a secretária me anunciasse.

– Boa tarde, Ruby. Poderia avisar a Swan que eu já estou aqui?

– Um momento, por favor.

Ela pegou o telefone, discou alguns números e avisou a minha presença.

– Emma está te esperando!

Agradeci e segui para a sua sala, que eu já conhecia o caminho. Bati na porta e ouvi "pode entrar". A voz doce da Emma era capaz de encantar qualquer homem ou mulher, se assim ela quisesse.

– Oi, senhor Jones. Como você está?

– Estou melhor agora, vendo você.

Emma sorriu. Um sorriso um pouco tristinho, mas ainda era um sorriso. Começamos a falar do meu caso. Ela me fez algumas perguntas e, enquanto eu respondia, ela anotava tudo.

POV Emma Swan

Pedi que o Killian Jones aparecesse aqui hoje. Precisava conversar com ele para ajustar alguns detalhes da sua defesa. O Neal costumava cuidar desses casos, mas, por algum motivo ele resolveu me passar esse.

De acordo com o meu ex, eu estava muito abalada com tudo que tinha acontecido, por isso precisava de mais trabalho, para me distrair mais.

Eu sabia o rumo que essa conversa com o Killian tomaria. Ele vivia me cantando, desde a época que eu ainda era casada. Agora, sabendo do divórcio, não seria diferente.

– Pronto, senhor Jones. Entrarei em contato com o senhor novamente antes da audiência, ok?

– Que tal entrar em contato comigo hoje a noite, em um jantar? – apesar de tudo, Killian Jones era conhecido por ser muito galanteador.

– Melhor não...

Assim que respondi, senti meu celular vibrando na mesa. Corri com os olhos para tela. Era uma mensagem do Neal.

"Eu acho que você deveria aceitar. Vai te fazer bem sair um pouco..."

Killian percebeu o meu momento de dúvida.

– Olha, Emma, eu sei que eu sou um vagabundo, que não valho nada, mas ainda acho que você deveria sair comigo. Só um jantar. Você escolhe o lugar. Te pego na sua casa.. O que acha?

Essa poderia não ser a melhor ideia do mundo. Mas, o que eu tinha a perder? Nesse momento, nada.

– Tudo bem. Te vejo as 21h no Paris 6. E, por via das dúvidas, eu vou no meu próprio carro.

– Até logo, Swan.

Ele deu uma piscadela e saiu com um sorriso de orelha a orelha.

OBS:

ooi meus caros leitores. peço perdão pelo sumiço. estive um pouco ocupada com problemas pessoais. agradeço a compreensão de todos <3