47. Nenhum desses prêmios se compara a você

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POV Emma Swan

Naquela noite eu dormi como nunca mais havia dormido. Estar nos braços da Regina fazia eu me sentir viva novamente. Acordei cedinho e fiquei observando-a. Ela dormia feito um anjo. Resolvi levantar para fazer o café da manhã, afinal, logo esse anjo acordaria cheia de fome.

Saí da cama na pontinha do pé, evitando ao máximo fazer qualquer barulho. Fui até a cozinha. Fiz vitamina de abacate, café, preparei panquecas e salada de frutas. Estava quase terminando de arrumar a mesa quando ouvi a porta da frente batendo.

– Bom dia, mamãe! Dormiu bem?

Henry me cumprimentou e me deu um beijo no rosto logo em seguida.

– Bom dia, meu amor. Quer tomar café?

– Olha, alguém acordou de bom humor... – Neal se pronunciava ao entrar na cozinha.

– Eu te falei que iria funcionar, pai!

Nesse momento, confirmei as minhas suspeitas: Henry tinha ajudado na minha reconciliação com a Regina. Senti orgulho por ter um filho tão atencioso, que se preocupa com o bem estar dos outros.

Henry subiu para se arrumar para sua aula e eu fui preparar o seu lanche. Coloquei vitamina na sua garrafinha, uma panqueca, iogurte, morangos e kiwi. Logo meu filho desceu, pegou sua mochila.

– Espero que você tenha um ótimo dia, mãe. Te amo!

– Até mais tarde, Emms.

Os dois saíram serelepes.

Senti uma mão na minha cintura. Regina tinha acordado. Virei-me para beijá-la.

– Esse sem dúvidas é o melhor bom dia do mundo!

– Fiz café pra você, amor.

Sentamos a mesa para comer. Regina sorria e gargalhava o tempo todo, e eu só conseguia admirá-la. Estava tão feliz por tê-la de volta. E, dessa vez, não deixaria que nada nem ninguém atrapalhasse a nossa felicidade.

– Gina, você precisa voltar hoje?

– Acho que posso ficar até amanhã...

Abri um largo sorriso. Dois dias não eram o suficiente para matar toda a saudade que eu estava dela, mas pelo menos eu a teria por perto mais um dia.

– Você vai trabalhar hoje?

– Sim.

– Fica aqui comigo, por favor. – Regina fez um biquinho tão lindo, que foi quase impossível resistir.

– Eu realmente preciso ir, mas você poderia ir comigo...

– Eu posso? – ela estava muito empolgada.

– Claro que sim. Ficar olhando a sua namorada trabalhar pode não ser o programa mais legal do mundo, mas eu prometo que te levo pra almoçar onde você quiser e depois tiramos a tarde para um cineminha. O que acha?

– Perfeito! Tô indo me trocar.

POV Regina Mills

Não queria desgrudar da Emma um só segundo. Tentei convencê-la a não ir trabalhar, entretanto, ela acabou me convencendo a acompanhá-la no seu trabalho.

Seria legal conhecer o seu escritório aqui de Nova Iorque. Estive na sua sala lá em Seattle e era um lugar super luxuoso. Aqui não deveria ser diferente.

Como sabia que a empresa estava cheia de homens e mulheres afim da minha namorada, fiz questão de colocar uma roupa que garantisse que a atenção da Emma seria só minha. Aquele lugar devia estar lotado de pessoas bem vestidas e arrumadas, portanto, eu não ficaria por baixo.

Coloquei uma saia lápis preta, que realçava minhas curvas, uma blusinha levinha de cetim e um blazer na mesma cor da saia. Coloquei meu scarpin preto e uma bolsa laranja para dar um toque de cor ao look.

– Por acaso vamos para alguma festa? - Emma ergueu a sobrancelha no segundo em que me viu.

– Preciso estar bonita para acompanhar a dona da porra toda.

Pegamos a estrada até o escritório. Emma amava dirigir e ficava a coisinha mais linda toda concentrada no trânsito. Vez ou outra, quando parávamos e algum semáforo, ela beijava a minha mão ou fazia carinho na parte exposta da minha coxa.

Chegamos a empresa. O prédio aqui era pelo menos duas vezes maior do que o de Seattle. Cheio de seguranças e muitos funcionários. Pegamos o elevador e subimos ao quinto andar, que eu imagino que seja onde fica a sala da Emma.

É incrível como a Emma consegue ser doce com todos. Aparentemente, ela é uma chefe muito amada, já que, por todo lugar que passamos todos estavam cumprimentando-a com muitos sorrisos.

– Bom dia, Ariel. Tudo bem? Por favor, poderia me passar as pendências do dia?

– Sim, senhora. É para já.

– Te aguardo na minha sala, obrigada.

Emma caminhou até uma grande porta, e eu a segui.

– Bem vinda a minha segunda casa.

Assim que passamos pela porta pude ver o tamanho daquela sala. Era enorme! Tinha algumas estantes recheadas de livros, na parede atrás da mesa da Emma estavam pendurados todos os seus diplomas e títulos. Seguidos de uma prateleira cheia de troféus.

– Caramba! Quantos prêmios você já ganhou na vida? – perguntei espantada.

– Alguns. – deu de ombros – Mas nenhum desses prêmios se compara a você.

Emma me deu um beijo tão gostoso! Automaticamente, minhas mãos foram aos seus cabelos, puxando-a para mais perto de mim.

Estávamos tão conectadas que nem percebemos a porta abrindo. Nós nos afastamos quase que imediatamente, quando o Neal começou a falar.

– Emma, você viu... É... Desculpa...

– Bom dia novamente, Neal. – Emma falava e ria – Em que posso ajudá-lo?

– Eu só queria saber se você viu aquele caso dos Salvatore... Mas, quer saber? Eu posso voltar outra hora.

– Para de ser bobo. – Emma o repreendeu – Senta aqui e vamos conversar. Gina, por favor, fique a vontade.

Enquanto eles debatiam o caso, sentei-me em uma das poltronas que haviam ali e fiquei lendo um dos livros que peguei na estante da Emma.


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