41. Qual o seu problema, Regina?

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POV Regina Mills

Acordei com uma baita ressaca e uma mulher na minha cama. Depois da visita da Emma, perdi completamente o controle de tudo. Acabei dormindo com uma das minhas exs. Era domingo. Dia oficial da preguiça. Tomei um banho, comi alguma coisa e voltei para cama.

Devo ter demorado na cozinha, pois, quando voltei ao quarto, a mulher da noite anterior não estava mais lá. No lugar dela, encontrei uma ruiva furiosa, vulgo minha irmã.

– QUAL O SEU PROBLEMA, REGINA? – ela me recebeu aos gritos.

– Por favor, fala baixo. Minha cabeça parece que vai explodir.

– Espero que exploda antes de você perceber a burrada que você fez! O que você tinha na cabeça? Por que tratou a Emma assim?

– Você ta do lado dela? Era só o que me faltava. Minha própria irmã apoiando a mulher que me enganou.

– Por um acaso você deu chance para que ela explicasse ou só ouviu as vozes da sua cabeça? Pelo amor de Deus, Regina. Vê se cresce! Quando você se der conta da besteira que fez, espero que não seja tarde demais.

Zelena saiu batendo a porta do quarto.

Será que ela tinha razão? Eu deveria ter escutado a Emma? Estava tão magoada que acabei transformando tudo em raiva. Somente agora, depois da bronca da Zelena, me dei conta de que a Emma poderia nunca mais olhar na minha cara.

Me joguei na cama, para afastar esses pensamentos. Tomei uma aspirina e voltei a dormir.

Acordei quando já estava escuro. Peguei meu celular para conferir as minhas redes sociais. A primeira foto que vi foi da Emma, passeando no shopping com seu filho e seu ex marido.

Pelo visto, a loira do banheiro não estava errada. Foi só eu dar as costas e a Emma já estava por aí andando com o Neal. Confesso que isso me deixou triste. Bem lá no fundo, eu tinha esperanças de que a mulher estivesse errada. Porém, se ela estava certa nisso, qualquer dúvida que eu tivesse sobre acreditar ou não nela, acabara de sumir.

POV Neal Cassidy

As 19h em ponto, Henry e eu passamos na casa da Emma. Caminhamos pelo shopping, brincamos nas máquinas. Assistimos um dos filmes preferidos do nosso filho. Depois de algum tempo, paramos na praça de alimentação para comer alguma coisa.

Henry fez os pedidos. Escolheu pizza, sanduíches e batata frita. Esse garoto realmente estava com muita fome. Enquanto ele brincava com outras crianças que estavam por perto, Emma e eu pudemos conversar um pouco.

– Como foi lá?

– Não foi.

– O que aconteceu?

– Nada.

As respostas curtas e secas da Emma me faziam acreditar que ela estava mais triste do que eu imaginava.

– Não vou insistir. Só quero que saiba que estou aqui por você.

Ela respirou fundo. Vi uma pequena lágrima se formando no canto interno do seu olho.

– Acabou, Neal. Regina destruiu todas as nossas chances.

Senti que a Emma angustiada. Por sorte, o Henry voltou para mesa, quebrando aquele clima tenso.

– Mamãe, papai, o nosso pedido ficou pronto!

A empolgação do Henry com a comida fez a Emma rir. Fui buscar os nossos lanches e voltei para mesa o mais rápido que pude.

Sentamos para comer. Henry se lambuzava todo de molho. Aquela criança era pula alegria. Ao lado dele, Emma parecia mais calma e feliz.

Terminamos de comer. Meu filho me pediu para levá-lo ao banheiro. Deixamos Emma na mesa e seguimos.

– Papai, porque a mamãe tá triste?

– Ela e a Regina brigaram. Coisa de adulto.

– Elas vão ficar bem? Eu gosto muito da Regina...

– Eu não sei, meu filho, mas torço para que sim.

Voltamos para a mesa. Emma continuava lá sentada, mexendo em seu celular. Sabia que o Henry estava triste por ver a Emma triste. Assim que chegamos, ele tentou animá-la.

– Podemos fazer uma noite do pijama hoje? - Henry pedia com tanta doçura.

Emma ficou tão surpresa quanto eu. Mas concordou.

– Obaaaaa! – Henry comemorava – Vem, precisamos passar no supermercado. Precisamos de pipocas, refrigerantes, salgadinhos, chocolates, balas...

Nosso filho saiu nos puxando até o supermercado mais perto. Pegamos um carrinho e fomos as compras.

Henry amava as noites do pijama. Costumávamos fazer quando ele estava para baixo. Colocávamos um colchão inflável na sala e ficávamos vendo TV até tarde, enquanto nos empanturrávamos de comida.

Hoje seria a noite de animar a Emma.

A GAROTA DO BAROnde histórias criam vida. Descubra agora