A GAROTA DO BAR

25. A amiga da mamãe

POV Emma Swan

Quando o Henry apareceu mostrando a foto do pedido de namoro e questionando quem era aquela mulher, fiquei sem reação. Olhei para o Neal, desesperada, como se pedisse socorro. Obviamente, ele compreendeu a súplica em meu olhar.

– É uma amiga da sua mãe, Henry.

– Entendi.. – meu filho não parecia muito convencido – Toma mãe, a sua amiga ta ligando.

O Henry me entregou o celular, mas eu não tive coragem de atender. A relação entre Regina e eu estava as mil maravilhas, mas, diferente dela, eu nunca me assumi como bissexual. Para todos, eu sempre fui a Emma Swan Blanchard Nolan, a hétero que namorou um único cara desde o ensino médio. Sim, Swan não era, de fato, um sobrenome. Na verdade, era meu segundo nome, escolhido pela minha avó materna, a Eva, que era apaixonada pela ave.

O fato é que, para a sociedade, eu era uma mulher que gostava de homens. Construí uma reputação impecável e eu não sabia até que ponto a minha orientação sexual afetaria a minha carreira. Entretanto, eu havia vivia de aparências por muito tempo e não me sentia a vontade para continuar nessa situação.

Infelizmente, eu travei na hora que o meu filho fez essa pergunta. Acabara de deixar escapar a chance perfeita para contar tudo. Mas, com uma separação tão recente, também não queria causa tanta confusão na cabeça do meu filho. Em breve conversaria com ele com mais calma.

POV Neal Cassidy

A Emma entrou em desespero com o questionamento do nosso filho. Tive que socorrê-la. Espero que ela fale com o Henry logo. Quero que ela seja feliz. Estando com a Regina ela fica radiante. Tenho certeza que essa felicidade seria ainda maior se o meu filho participasse. Entendo o medo da Emma. Não é fácil contar para o seu filho de 7 anos que você deixou seu marido por estar apaixonada por outra mulher. Mas, para a idade dele, o Henry estava lidando muito bem com a separação. Tão bem que até estava guardando segredo dos seus avós.

– Bom, Emma. Eu já estou indo.

– Henry, vem cá de despedir do seu pai. – ela chamou e o nosso filho atendeu.

– Até logo, pai. Te amo! – disse me abraçando.

– Neal, obrigada por tudo.

Emma me abraçou e me acompanhou até a porta.

POV Regina Mills

Os dias foram passando e a saudade da Emma só aumentava. Trocávamos mensagens o dia todo e fazíamos chamada de vídeo todas as noite. Mesmo longe, tentávamos estar presentes na vida uma da outra. Ela sempre estava me contando do seu dia, do seu trabalho, do seu filho. E eu estava ficando cada dia mais apaixonada por ele. Queria muito conhecê-lo. Embora as coisas entre nós estivessem a mil, a Emma ainda não tinha certeza quanto a envolver o seu filho. Como todas as noites, cheguei em casa e fui direto ligar para ela.

Ligação On

– Oi meu amor. Como você está?

– Estou bem, Gina.

– E o Henry? – sim, eu perguntava do seu filho todos os dias, como se já o conhecesse – Queria muito conhecê-lo...

Nesse momento, senti a Emma ficar triste.

– Gina, preciso te falar algo serio. Na verdade, eu já deveria ter te falado isso desde o início.. – fique apreensiva, mas continuei ouvindo – Eu sempre soube da minha bissexualidade, mas eu nunca contei nada para ninguém...

– Perfeito! A minha namorada nunca saiu do armário. Isso é serio, Emma? Então é por isso que eu não posso conhecer o seu filho?

– Eu sinto muito, Gina. Não estava nos planos meus planos me separar, não estava nos meus planos assumir um relacionamento...

– Eu compreendo. Mas não tenho mais idade para viver me escondendo como adolescente. Não contar para o seu filho é aceitável, devido a sua idade, mas Emma, vamos viver escondidas da sua família? Você pelo menos contou do seu divórcio?

Emma não me respondeu. Entendi o seu silêncio como um "não". Parei um pouco, respirei fundo. Estava chateada e não conseguia disfarçar isso.

– Sinto muito, Gina..

– Conversamos depois, Swan. Preciso desligar.

Ligação Off

Nesse momento, estava chateada demais para continuar a conversa. Preferi desligar, esfriar a cabeça, pensar melhor, do que falar algo do qual me arrependeria.