15. Sentirei saudades, baby

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POV Regina Mills

Depois que o marido da Emma chegou, eu saí para que eles tivessem a privacidade necessária para conversar. Confesso que fiquei triste ao vê-lo ali. Será que ela voltaria  com ele para casa? Ela iria perdoa-lo? 

A presença dele só serviu para me provar, mais uma vez, que eu era apenas uma transa casual. O problema é que eu estava apaixonada lá Emma. Essa é a primeira vez que eu admito isso. Eu estava apaixonada e eu queria muito que ela largasse tudo por mim.

Até parece. Só nos meus sonhos mais bonitos que isso aconteceria. A respeitável  Emma Swan deixar o grande Neal Cassidy para namorar uma jornalista qualquer de Seattle. Isso nunca ia acontecer. Voltei para casa, precisava do colo e dos conselhos da minha irmã.  

– Zelena.. – não consegui conter as lágrimas.

– O que aconteceu? Porque você está chorando?

– O marido dela apareceu. Ela vai me deixar pra voltar com ele..

– O que? Como assim? Como aquele canalha tem coragem de aparecer aqui depois do que fez? 

A fúria que surgiu nos olhos da minha irmã me fez perceber que a Emma tinham lhe confidenciado bem mais do que ela havia me falado. O que a Zelena sabia que eu não sabia? Franzi o cenho, tentando entender tudo aquilo. Antes que eu pudesse perguntar, a minha irmã continuou:

– Emma e eu conversamos bastante hoje e ela acabou me contando algumas coisas. Eu sinto muito, sister, mas eu não posso te falar. São coisas pessoais dela e, se ele não te contou, provavelmente tem um bom motivo para isso. 

Pronto. A minha irmã virou a maior defensora da Emma. 

– Tudo bem. A Emma que devia ter falado comigo. Ao invés disso, ela me arrastou pra cama dela e fizemos o melhor sexo do mundo. 

– Eu tenho certeza que tudo vai ficar bem.

Zelena me abraçou, me fazendo esquecer toda a angústia que antes me rodeava. 

POV Neal Cassidy 

Eu cheguei nessa cidade determinado a lutar pela minha esposa. Mas, ao vela naquele quarto, eu percebi que a Emma não estava feliz comigo. Desde muito cedo aprendi com a minha mãe que quando se ama alguém de verdade devemos deixar a pessoa livre. Abrir mão também é amar. A Emma tem sacrificado a sua felicidade por anos, por causa do Henry. Agora era hora dela ser feliz. E eu também seria feliz. Nosso filho compreenderia a situação. Ele é um menino esperto. Eu apenas não queria mais ver a minha Emma sofrendo. 

Nos braços da Regina, ela parecia outra mulher. Alegre, feliz, cheia de vida. Até quando ela falava na Regina seu rosto se iluminava de uma forma que eu nunca tinha visto. Eu amo a Emma o suficiente para lhe dar apoio nesse momento. Sim, ela vai precisar muito. Ela nunca cogitou fazer algo que magoasse os seus pais, ou que mudasse a imagem que eles tinham dela. Os Nolan's sempre foram tradicionais. Eu mesmo tive que me ajoelhar e pedir a mão dela em casamento, perante toda a família, mesmo que já estivéssemos juntos a quase 3 anos. Sem dúvidas, o que a Emma enfrentaria a seguir, não ia ser fácil. 

– Então, Emma, como vamos contar ao Henry?

– Eu não faço ideia. O que você sugere? 

– Não sei. Vamos falar a verdade. Sempre seremos uma família, mas agora não moraremos no mesmo lugar. Ele vai entender. 

– Será que vai? – ela ficou triste – Evitei ao máximo que isso acontecesse, justamente para não ter esse tipo de conversa com o Henry. Como eu vou falar para o meu filho que estou deixando o pai dele porquê me apaixonei por outra mulher? 

Acho que ela pronunciou essa última frase sem pensar. Até corou quando percebeu que tinha acabado de admitir que estava apaixonada pela Regina. 

– Ta tudo bem, Emma. Não precisa se envergonhar por admitir. Eu vi o brilho nos seus olhos quando estava com ela. Você sempre terá o meu apoio. Conte comigo para tudo. 

Ela sorriu e me abraçou. 

POV Emma Swan

O apoio que o Neal estava me dando era essencial. Eu sabia que não seria fácil contar ao Henry. Eu estava aterrorizada. Não sabia como ele ia reagir, o que ele ia pensar. Mas estava na hora de eu ser feliz. Arrumei minhas malas. Eu iria voltar para casa com o Neal. Conversaria com o Henry, resolveria as últimas pendencias do divórcio e estaria livre para viver com a Regina. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para ela. Ainda não podia falar muito, mas também não podia ir embora sem avisar. 

"Gina, estou voltando para casa. Preciso resolver a minha vida. Em breve te darei mais notícias. Sentirei saudades, baby."

A GAROTA DO BAROnde histórias criam vida. Descubra agora