60. Eu já posso fazer as malas?

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POV Emma Swan

Voltei para casa toda animada com a possível mudança. Entretanto, por hora, não comentaria nada com a Regina.

Embora os meus planos fossem de me mudar o mais rápido possível, isso poderia levar alguns dias ou até semanas. Portanto, não queria deixar a minha futura esposa ansiosa. Arrumaria tudo aqui, resolveria minhas coisas e, então, partiria, rumo a minha nova vida.

O primeiro passo era conversar com o Henry, e isso foi o que eu fiz na hora que chegamos em casa.

– Filho, senta aqui com a mamãe, por favor. Precisamos conversar sobre uma coisa muito importante.

– O que aconteceu, mãe?

– Henry, como você se sentiria se tivéssemos que nos mudar?

– Ah, mãe, não sei... Acho que poderia ser legal. Mas porque ta perguntando isso?

– Você sabe que a Regina e eu vamos nos casar, certo? – ele concordou com a cabeça – Isso significa que alguém vai precisar mudar, e talvez, fôssemos nós...

– Vamos morar na cidade da Regina? Oba! – meu filho pulava de alegria.

Henry havia simpatizado com Regina desde o primeiro contato. Ela também amava estar com ele. Passavam horas brincando, conversando, lendo, jogando videogame... Até isso meu filho conseguiu. Ensinou a Regina a jogar, para que pudéssemos fazer a noite dos jogos.

– Você gostaria disso?

– Sim, mamãe!

Pronto. Eu já tinha o apoio do Neal e agora sabia o que Henry pensava. Isso me deixou bastante aliviada. Eu realmente queria me mudar e gostaria que o meu filho fosse comigo.

– Mãe, eu já posso fazer as malas? – Henry me tirou dos meus pensamentos.

– Ainda não, meu amor. Deixa a mamãe te explicar melhor como vai ser. Já estamos quase no finalzinho do ano letivo, por isso, vou precisar que você fique aqui com o seu pai por mais um tempo, tudo bem?

– E quando eu vou poder ir?

– Assim que as aulas acabarem. Vamos procurar outra escola lá e você virá visitar o seu pai nos finais de semana, feriados, ele também vai poder te visitar lá. Vocês vão se ver sempre que quiserem.

– Tudo bem, mãe. Eu vou ficar com saudades nos primeiros dias, mas depois eu acostumo.

– Obrigada, filho. Muito obrigada por ser tão compreensivo.

– Não precisa agradecer, mamãe. Você e a Regina se amam e tem que ficar juntas.

Depois dessa longa conversa, levei o meu pequeno rapaz para o banho e o coloquei para dormir. Estava quase na hora da minha ligação com a Regina. Iria precisar me controlar muito para não falar nada agora.

POV Neal Cassidy

Sabia o quanto a Emma estava sofrendo longe da Regina e também sabia que eu era a única pessoa que poderia fazer a minha ex enxergar aquilo que estava bem a sua frente: Emma precisava se mudar.

É claro que eu sentiria falta do Henry e até mesmo da Emma, afinal éramos sócios no escritório. Mas, essa história não se tratava de mim e sim da felicidade de todos. Eu poderia, facilmente, ir visitar o meu filho toda semana e trazê-lo para passar alguns dias comigo.

Outrossim, eu jamais iria sugerir uma mudança dessa magnitude se não soubesse que faria bem a todos. Henry gostava muito da Regina. A relação de respeito e carinho que eles estavam construindo era linda. Eu jamais negaria ao meu filho a oportunidade de ser ainda mais amado.

E se eu tenho certeza de uma coisa, é de que a Regina iria amar e cuidar bem do meu garoto. Portanto, não havia nenhum empecilho, além da cegueira da própria Emma.

POV Regina Mills

Zelena continuava mal e eu não sabia mais o que fazer para ajudá-la. Por mais que eu tentasse convencê-la do contrário, ela estava certa de que o Robin só havia feito o pedido de casamento por causa do bebê.

Não conseguia mais ver a minha irmã naquela situação. Precisava fazer alguma coisa. Fui até a delegacia onde o Robin trabalhava.

– Regina, que bom te ver aqui! – ele me cumprimentou assim que me viu – Creio que o assunto dessa visita é uma ruiva de lindos olhos esverdeados, estou certo?

– Sim, está. Precisamos conversar sobre a Zelena.

– Como ela está? Não me atende mais, fui até o seu condomínio, o porteiro disse que ela me proibiu de entrar..

– Ela está triste. Acha que você só a pediu em casamento porque ela engravidou. Acha que você só esta fazendo "a coisa certa". – fiz as aspas com os dedos.

– É claro que não! Eu a amo. E amo o nosso bebê. Não tinha a menos pretensão de me envolver com alguém depois da morte da Marian. Mas aí a Zelena apareceu e foi como se o meu mundo voltasse a ter cor. Eu até já contei para o Roland que ele vai ganhar um irmãozinho. Meu filho e eu estamos muito empolgados com isso. Eu quero construir uma família com ela, Regina. O que eu preciso fazer para ela entender isso?

A declaração do Robin me deixou surpresa e feliz. Agora, precisava arrumar um jeito de fazer a Zelena ver o mesmo que eu.

Saí da delegacia com mil ideias na cabeça. Entrei no carro e o meu celular tocou. Era a Emma.

Ligação On

– Oi meu amor, como você está?

– Estou bem e você?

– Mais ou menos.. A Zelena não tá bem..

– Ela continua encucada com o pedido?

– Sim.. Não sei mais o que fazer. To aqui na porta da delegacia. Acabei de falar com o Robin. Ele está todo empolgado com a gravidez, contou para o filho e tudo..

– Vamos pensar em algo para ajudar. Bom, só liguei para te desejar boa noite e dizer que te amo.

– Também te amo, Emma.

Ligação Off

Assim que a Emma desligou, eu tive uma ideia: iria organizar um jantar romântico em casa e fazer com que os dois conversassem. Se a Zelena não queria conversar com ele por bem, faria a força. Dane-se!


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