A GAROTA DO BAR

58. O Roland vai amar ter um irmão!

POV Regina Mills

Emma ficou muito empolgada e, aparentemente, nostálgica, com a gravidez da minha irmã. Isso era algo positivo. Eu nunca me imaginei mãe, mas, depois de conhecê-la, não posso negar que senti vontade de ter uma família.

Ela já tinha um filho lindo, que eu já amava como se fosse meu. Porém, a possibilidade, por mais remota que fosse, de ter outros filhos com a Emma, me deixava enlouquecida. Nunca achei que falaria isso, mas os meus hormônios estavam fervilhando!

Decidi que precisava tirar isso a limpo com ela logo. É óbvio que, nesse momento, eu estaria focada em acompanhar e cuidar da minha irmã. Mas, se Emma estivesse de acordo, o quanto antes começaríamos a pensar em meios de aumentar a nossa família.

Como todas as noites, após chegar do trabalho, Emma e eu passávamos horas no telefone. Isso já fazia parte da nossa rotina. Cada uma de nós preparava o seu banho, um bom vinho e ficávamos conversando por telefone.

Ligação On

– Então, Emms. Você gostaria de uma família maior?

– Eu não pensava sobre isso a muito tempo. Mas, sim, eu gostaria de engravidar novamente, ou adotar, não sei. E você?

– Nunca quis ser mãe. Nunca achei que tivesse aptidão para isso...

– Oh, você tem! – Emma me interrompeu – Eu vejo como você cuida do Henry. Você vai ser uma tia incrível e uma mãe melhor ainda!

As palavras da Emma me fizeram chorar.

– Podemos pensar sobre isso? Digo, não agora, mas em um futuro próximo.

– Eu gostaria disso... E como você gostaria que fosse? Inseminação? Adoção? Gostaria de carregar o bebê?

– Nossa... São tantas coisas para pensar.

– Tudo bem, amor. Nós temos tempo. Preciso desligar, o Henry precisa de ajuda com a lição de casa.

– Te amo, estou com saudades.

Ligação Off

Conversar com a Emma era sempre muito prazeroso. Nos últimos tempos, temos nos entendido bem melhor. As brigas bobas acabaram, as desconfianças sumiram. A única coisa que não diminuía era a saudade. Essa só aumentava.

POV Zelena Mills

Descobri a minha gravidez a cerca de cinco dias. Usei esses dias para assimilar a ideia e pensar nas possibilidades. Eu queria muito esse filho e eu iria ficar com ele, independente da opinião do Robin.

Ao parar para refletir, percebi que eu sou sim capaz de ser uma boa mãe. Talvez não seja a melhor de todas, tampouco a mais perfeita, mas, sem dúvidas, farei o meu melhor para que esse bebê se sinta tão amado, quanto ele é.

Estive evitando o Robin, mas agora precisava encará-lo e contar o que estava acontecendo. Marcamos um jantar, e eu aproveitaria essa oportunidade para conversar com ele.

– Aconteceu algo, Zelena? Estou sentindo você tão distante.. – Robin me questionava durante o jantar.

Bom, era a hora da verdade.

– Já que você perguntou... Sim, aconteceu uma coisinha. Eu to grávida, Robin! – joguei a bimba de uma vez – Sinto muito não ter te falado antes, eu não tenho a menor ideia do seu posicionamento quanto a isso. Não sei se era algo que você queria, ou não, mas aconteceu e...

– Zelena! Fica calma! – ele interrompeu a minha tagarelice – Respira, por favor.

– Tá, tudo bem.

Respirei fundo algumas vezes, tentando me acalmar.

– Essa é uma notícia maravilhosa! O Roland vai amar ter um irmão!

Robin me deu um beijo cheio de paixão.

Fiquei tão assustada com a ideia que nem se quer parei pra pensar na possibilidade dele gostar da ideia. Na minha cabeça, só vieram pensamentos negativos.

Agora, eu estava aqui, em choque, enquanto ele gritava no meio do restaurante lotado que ia ser pai.

Quando me dei conta, as pessoas a nossa volta estavam aplaudindo e desejando felicidades.

Definitivamente, eu não esperava por isso.

– Agora que vamos ter um bebê, precisamos pensar no nosso futuro. Meu Deus, Zelena! Você quer casar comigo? Eu sei, eu deveria ter um anel, deveríamos estar em um lugar especial...

O Robin foi pego de surpresa. Seria essa pergunta da boca para fora?

Fiquei paralisada por alguns segundos. Talvez ele nem tivesse se dado conta do que tinha acabado de falar. Provavelmente, eu deveria ignorar. Ele não falou sério. Deveria ser só a euforia da novidade.

Não o respondi e isso deixou o clima um pouco confuso. Terminamos o jantar e o Robin foi me levar para casa. Dirigimos em silêncio. Ele sempre fazendo carinho na minha perna e sorrindo.

Ele estacionou em frente ao meu condomínio e eu desci, quase que correndo.