Não que ele soubesse. Deus me livre, pensava Gulf. Ele teria ficado consternado. Porque certamente não estava apaixonado por ele.
Gulf Sabia disso. Ele tentará um pequeno flerte com Mew, que o ignorou completamente. E foi assim que Gulf foi para universidade. Para fugir.
Esperava aprender muito, conseguir ofertas de emprego maravilhosas e conhecer um homem que pudesse fazê-lo esquecer Mew. Pelo menos esse era o plano.
E se ele voltava para casa todos os verões para ajudar Mew, era somente porque ele se recusou a contratar alguém no lugar dele enquanto estivesse fora.
— Não é preciso. Posso esperar por você —dizia Mew. — Você vai voltar para casa mesmo.
O que era verdade. Gulf voltaria para passar os verões na casa dos pais, para ver a avó, visitar mas não pretendia voltar permanentemente nunca.
Tudo funcionou do jeito que Gulf planejou. Aprendeu muitas coisas, formou-se com mérito e teve muitas ofertas de emprego maravilhosas — inclusive uma de Mew.
E Mew foi a formatura dele.
— Porque não? Era como se tivesse um capital investido em seu diploma de administração de empresas que ele recebia — diria ele afavelmente. E ofereceu-lhe um emprego naquela mesma tarde.
Um salário impressionante, um escritório completamente restaurado em um dos edifícios históricos de Bangkok e uma porcentagem de seu império comercial.
— Uma porcentagem? — Os olhos de Gulf se arregalaram de surpresa.
Mew apenas deu de ombros.
— Porque não? Você trabalhou quase tanto como eu para colocar a Suppasit no mapa. Você merece uma parte. Então, o que diz? — A característica impaciência de Mew mais uma vez evidenciava.
Gulf não soube o que dizer. A verdade é que ele ainda não havia virado aquela página. O sorriso matador dele ainda lhe fazia balançar o joelhos. O corpo musculoso ainda o fazia tremer todo. E quando aquele olhar de aço ficava mais macio e gentil, o que acontecia em raros ocasiões, o coração dele simplesmente parecia saltar do peito.
Gulf tinha perdido as esperanças. Decidirá que precisava de terapia de choque, uma imersão total no mundo de Mew Suppasit. Isto de certo o curaria de todas as suas fantasias.
De modo que dizer sim.
Já tinha voltado havia quase seis anos.
Muita coisa acontecerá nesses 6 anos. Ele dera o melhor de si para superar aquilo tudo. E se convenceu de que havia superado. Tinha encontros com outros homens. Só porque ainda não achará alguém que fizesse seu coração disparar como Mew o fazia não significava que não ia encontrá-lo.
Gulf sabia que Mew não era para ele.
Gosto de trabalhar para ele — disse a Champ. É emocionante. — Mew era ativo e poderoso em seu campo de ação. Agora possuía negócios imobiliários em sete países era dono de conjuntos residenciais de apartamentos, edifícios comerciais, condomínios. Sempre tinha novas ideias. E sempre falava delas com Gulf. Ouvia a opinião dele. Eles discutiam, analisavam e raciocinavam juntos.
— Você tem um pedaço — disso Mew sempre dizia.
E era verdade. Gulf podia não ter uma vida, mas possuía um pedaço de um negócio emocionante. Na semana anterior Mew havia estado no Brasil, fechando uma transação para um edifício comercial. Naquela semana estava em Nova York, vendo apartamentos com Max, um investidor, que já fizera negócios com ele no passado. E na próxima semana, com sorte se tornaria sócio proprietário de um resort no Pacífico Sul.
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Bodas de Fel
ФанфикPrólogo Para assegurar um contrato, o milionário Mew Suppasit concluiu que precisa de um marido para exibir em público. Mas quem? Após escolher o sócio perfeito para o empreendimento, enviou seu assistente Gulf Kanawut a Nova York com os document...