— Você está bem? — Mild meteu a cabeça no escritório de Gulf, na tarde seguinte, franzindo a sobrancelhas e lançando-lhe um olhar interrogativo e um pouco preocupado.
— Que? Oh, sim, claro que estou. — Gulf trouxe seu cérebro de volta para o presente e tentou colar um sorriso alegre no rosto. — Porque não estaria?
— Diga-me você. — E em vez de abanar os dedos e dirigir-se a seu estúdio no fim do corredor, Mild entrou no escritório de Gulf e sentou-se na cadeira de Mew. — Você está com uma aparência horrível.
— Muito obrigado. — Gulf manteve seu tom leve, mesmo quando passou a mão pelos cabelos em um esforço para fazê-los parecer melhor. Mas sabia que não podia disfarçar muito com as olheiras e a falta de cor em suas bochechas. — Só estou cansado.
— Quando você voltou?
— Ontem à tarde. E viajo outra vez amanhã.
— Viajar? Outra vez? Duas vezes em uma semana?
Todos sabiam que Gulf nunca ia a lugar algum. Ele podia safar-se explicando que Mew o queria em Nova York para uma reunião. Mas duas vezes na mesma semana era inusitado.
Mild sorriu.
— Não me diga que finalmente vai tirar uma s férias?
— Não são férias — disse devagar. — São... Vou para nanumi com Mew — Você sabe, aquele resort em Fiji por uma semana.
Os olhos de Mild se arregalaram.
— Muito bem, Aleluia! Finalmente ele viu a luz. — Mild sorriu abertamente. — E nem tive que bater nele com um taco de beisebol. — Ele estava absolutamente alegre, e Gulf detestou estragar seu bom humor.
— São... Apenas negócios — disse.
— Ah, claro, negócios. Não. Se fossem negócios, você estaria aqui. Você é o front interno e Mew é o circo viajante.
Gulf não o diria dessa forma, mas entendeu o ponto de vista de Mild.
— Normalmente é assim — ele concordou. — Mas dessa vez eu também preciso ir.
— E não porque ele se viu finalmente interessado? Está levando você para um resort privado — Mild carregou as palavras com um bando de insinuações,— para o fazer trabalhar? — Ele balançou a cabeça outra vez. — Ele está apaixonado.
— Não está. Ele só precisa... De um marido.
No instante em que as palavras saíram, Gulf quis chamá-las de volta. Mas era tarde demais. Mild o contemplava, horrorizado.
— Você não vai! Perdeu a cabeça, Gulf? Como ele pode ser tão manipulador? Você não vai deixar aquele homem maldito fazer você passar por seu marido?
Gulf engoliu em seco.
— Ele não é...
— Mas, então... Mild franziu o cenho, confuso.
— É verdade. — Gulf deu de ombros. — Eu sou o marido dele.
Mild parecia haver se engasgado com a própria língua. Sua boca se abriu, mas não produziu nenhum som. Depois ele a fechou, seus olhos ainda arregalados e sem piscar, profundamente descrente, o que teve o efeito de fazer com que Gulf se sentisse com 5 cm de altura.
E de repente toda a expressão de Mild mudou. Seu ultraje amenizou-se. Suas feições ficaram mais gentis. E ele procurou a mão de Gulf e a apertou entre os dedos.
— Há quanto tempo?
Gulf engoliu em seco.
— 4 anos. — Gulf esperava que Mild ganisse com assombro. Mas Mild apenas suspirou e apertou sua mão outra vez.
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Bodas de Fel
FanfictionPrólogo Para assegurar um contrato, o milionário Mew Suppasit concluiu que precisa de um marido para exibir em público. Mas quem? Após escolher o sócio perfeito para o empreendimento, enviou seu assistente Gulf Kanawut a Nova York com os document...