Cap 8: Você irá comigo!

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  Em toda sua vida, Mew Suppasit jamais ganhará nada pelo modo mais fácil. Ninguém nunca lhe dera nada. E sempre tinha sido questão de honra para ele merecer tudo que tinha.

— Desculpe — disse Gulf, e falava sério. — Estou seguro de que é... Difícil. E você deve cuidar de tudo que signifique negócios — acrescentou rapidamente. — Conseguiremos um divórcio tão rápido quanto for possível então você poderá casar-se com Sam.

— Não — disse Mew diretamente. — Não posso.

— Porque não?

— Porque tenho que me divorciar antes.

— Bem, sim, mas...

— E Isogawa não vai gostar disso. Ele pertence a velha escola. Acredita na santidade e na estabilidade do casamento.

— Eu também — murmurou o Gulf.

— Então você não devia ter dito sim — respondeu Mew com aspereza.

Não, Gulf certamente não deveria. Mas era muito tarde para autorrecriminações agora.

— Bem — disse ele. — Se você não quer um divórcio agora, não o faremos. Podemos esperar até que você volte, até que o acordo seja assinado. Isogawa não precisa saber. Deixe que ele continue a pensar que você é solteiro.

— Não posso.

— Ah, pelo amor de Deus, deixe de ser misterioso! Porque você não pode? — Gulf franziu a sobrancelhas, perplexo pela teimosia dele. — Eu falei com ele. Sim, para ele é muito importante o casamento e a família. Mas não pensa que todo mundo deve marchar de dois em dois.

  Gulf sabia o suficiente do senhore Isogawa para estar certo disso. Mas Mew apenas balançou a cabeça.

— Não, veja, eu... — Mew começou, como se fosse explicar alguma coisa, mas então olhou para as pessoas passando pelo corredor, algumas das quais lançando aos dois olhares especulativos, em vez disso pegou-o pelo braço.

— Não quero discutir isso aqui. Vamos pegar um táxi.

— Um táxi! Para ir aonde?

— Para minha casa. — E Mew o conduziu até o elevador.

  A casa dele? Gulf sabia, é claro, que Mew tinha um lugar no UP este Cid. Nos últimos dois anos ele passará tanto tempo em Nova York que mantinha um estúdio ali, assim como no Caribe, um na Grécia, e um na Espanha.

  Por mais que Gulf tenha crescido com ele correndo pela sua casa com Chap, o oposto nunca fora verdade.

Quando eram crianças, a vida na casa de Mew com sua mãe amarga e seu pai a quem não se podia confiar tinha sido, no melhor dos casos, imprevisível. Gulf sabia que ele não queria que ninguém testemunhasse aquilo.

  Mas mesmo agora que ele era o senhor do próprio destino e Império, e vivia em uma das antigas mansões em Bangkok, que ele mesmo restaurará, Mew mantinha seu lar separado do resto de sua vida.

  Ao sentir-se fortemente atraído por ele, Gulf quisera muito ir à casa dele. Mas ao longo de todos esses anos em que ele o conhecia e trabalhava para ele, Mew havia sido um bom patrão e um bom amigo, mas um homem com fronteiras definidas.

   — Você está me levando para sua casa? — Repetiu ele, surpreso.

  — Para onde diabos mais — gruniu Mew, — já que você é meu marido?

Mew podia rosnar as palavras meu marido facilmente. Era mais difícil pensar sobre a realidade daquilo.  De fato, era quase impossível; maldita seja!

Bodas de FelOnde histórias criam vida. Descubra agora