Cap 10: A caixa

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Gulf usava roupa de baixo de seda!

  Ele tinha nas mãos uma cueca box de seda.

  A mente de Mew foi direto dessa peça de roupa no braço de Gulf para a imagem dele vestido. Ele respirou fundo.

  O inesperado daquilo o manteve ofegante. Não só ou inesperado da seda que era suficientemente assombroso, dada a conduta prosaica e sensível de Gulf, — mas ainda mais a imediata é muito vivida imagem que seu cérebro criou de como Gulf ficaria usando aquilo.

  Gulf era um grande homem. Um bom garoto. E quando ele crescesse, merecia um bom homem. O melhor.

   Deus sabia que não era ele. Com seu pai alcoólatra, hoje aqui amanhã quem sabe, e sua mãe, difícil e amarga, Mew Suppasit não era o homem para um garoto como Gulf kanawut.

  E assim ele mantivera suas mãos para si mesmo e seu zíper bem fechado, pelo menos ao lado de Gulf. Mas ele sabia que Gulf era fabuloso, como Sam sem dúvida também sabia.

  Certamente Gulf nunca ostentou seus méritos. E numa idade em que muitos garotos adolescentes estavam determinados a praticar seus extravagemas masculinas em machos sucessíveis, Gulf nunca fez isso.

  Quando cresceu e ficou mais bonito, tornou-se mais quieto e menos disponível. Quando criança, sempre foi fácil falar com ele, quando seguia de perto a ele e a Champ. Mas aos 16, aproximadamente, aquilo terminou. E longe de flertar com ele quando aparecia pela casa com Chap, ele se tornou quase distante.

  — O que você fez com ele? — Perguntara Champ, vendo a reticência de Gulf e decidido que era por algo que Mew havia feito.

— Nada! Não fiz nada!

  Ele teria derramado sangue até mesmo seu próprio para provar isso a Champ. Mas seus protestos aparentemente foram suficientes.

— Nem pense em fazer — dissera Champ.

— Conte com isso — replicará Mew. Ele apenas imaginou que Gulf não gostava mais dele. Quando criança ele o seguirá de perto, mas como jovem homem evidentemente ele tinha visto como ele era e decidido que não valia a pena preocupar-se com ele.

  Melhor dessa forma, pensou Mew. Melhor que ele também não pensasse mais sobre Gulf.

  Mas então, em uma tarde de inverno, quando estava na cozinha dos kanawut falando com Champ e arrancando os cabelos pelo estado de seu escritório e sua papelada, Gulf entrou, ouviu por um minuto e disse:

  — Isso é bobagem. É só arquivar.

— Eu faria se pudesse pensar em um sistema! Não era a coisa mais fácil do mundo.

  — Eu poderia criar um sistema — Gulf disse alegremente, como se soubesse as respostas para todos os mistérios do mundo.

  Mew irá com desdém.

  — Eu duvido.

— Posso provar — respondeu o Gulf.

  E no dia seguinte ele apareceu na caminhonete de Mew.

— Então, onde você trabalha?

Mew indicou com a cabeça o teto de lona na caçamba da caminhonete.

— Aqui.

Gulf piscou, arregalou os olhos, mas deu de ombros e disse.

— Bem. Mostre-me.

— Você não quer se meter com isso — Mew disse, porque certamente não queria que Gulf metesse o nariz onde ele vivia.

— Com medo de que eu possa fazer alguma coisa que você não pode? — Gulf o desafiará.

Bodas de FelOnde histórias criam vida. Descubra agora