Cap 21: Para ficarem juntos.

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  Enquanto juntava as peças desse acordo, Mew estivera em todo o mundo, sem perder de vista outros negócios. Ele mandava as especificações para Gulf e o que esperava conseguir, e ele acompanhava as negociações e ficava em contato com as várias pessoas com as quais ele falava. E depois Gulf ficava encarregado disso tudo.

   Mew nunca havia considerado quantos contatos Gulf tivera que fazer, quanto trabalho fizera. Ele apenas assumiu que tudo se encaixará pela intuição e trabalho de campo dele. Agora via que a disposição do senhor Isogawa de considerar um bando de investidores se devia mas ao que Gulf havia fornecido cuidado dele gentileza e sincera amizade do que pelas suas qualidades como estrategista ou por haver reunido um bom grupo.

— Nós praticaremos enquanto estiver aqui — disse Gulf, e a senhora Isogawa aquiesceu, feliz.

   Mas então os senhor Isogawa começou a falar rapidamente com sua esposa na própria língua. Os olhos dela aumentaram e ela olhava de Gulf para Mew e depois para os anéis na mão de Gulf como seu os visse pela primeira vez.

  — Vocês estão casados?

  — Sim estamos — concordou o Gulf.

— Recém-casados — Art disse arrastadamente. — Tão doce.

  — Em sua lua de mel — disse os senhores Isogawa alegremente. Bem, não realmente. — Gulf balançou a cabeça.

   Mas o senhor Isogawa tinha outras ideias. Ele pediu champanhe ao barman, depois falou com outro homem que assentiu e desapareceu rapidamente pela porta. Em questão de segundos, garrafas de champanhe apareceram, foram abertas e servidas, e cada um recebeu uma taça.

  — E agora brindaremos por sua felicidade — disse o senhor Isogawa. Ele ergueu a taça, falou primeiro em japonês, depois em tailandês. Mew não tinha ideia do que ele falou em japonês, mas em tailandês eles lhe desejam vida longa, boa saúde, profunda felicidade e muitos filhos.

( Lembrando que casal homossexuais tem a opção de adotar, ou até mesmo barriga de aluguel.)

  Gulf enrubesceu.

   — Para Mew e Gulf. Congratulações e melhores desejos. — disse Lhong.

   Afortunadamente, depois que o brinde foi bebido, a atenção mudou. Gulf perguntou pela edificação e os senhores isogawa começou a falar sobre o conceito, os móveis, os artistas nativos cujo trabalho era exposto de forma rotativa, As madeiras e panos locais usados tanto quanto o possível nas tapeçarias e na roupa de cama.

   — Nós tentamos dar a nossos hóspedes o melhor deste mundo. Não deixamos que o lado de fora se empunha. Nós fazemos um céu de beleza, como vocês dizem, não é? Olhou para Gulf para confirmar se havia usado as palavras certas.

  — Realmente usou — concordou o Gulf, passando a mão suavemente sobre a parte posterior de um dos sofás.

  — E suas habitações ainda mais, penso eu. Vocês verão. — O senhor Isogawa olhou para cima quando o jovem que desaparecerá pela porta retornou. — E assim que vocês estiverem prontos, Jale lhes mostrará as suas bures. — Ele se voltou para Mew. — Não sabíamos que você estava trazendo um novo marido. Isso é especial.

   — Qualquer coisa estará bem — Mew lhe assegurou. — Gulf e eu não ligamos para isso.

  — Eu ligo. Toshiko e eu nos havíamos mudado para o bure de lua de mel porque ela é pequena, íntima, apenas para dois, não para famílias. Não pensamos que teríamos recém casados conosco. Assim fizemos a troca.

  — Nós não... — Começou  Mew.

— Não é necessário... — Gulf disse rapidamente.

  Mas o senhor Isogawa levantou a mão para silenciar ambos.

  — É necessário. Shinkon-san ni, tekishite  imasu.

  Mew pestanejou, depois olhou para Gulf para ver se ele entenderá.

  — Ele disse que é apropriado — Gulf traduziu quietamente. — Ele quer que fiquemos lá porque é um lugar apropriado para os recém casados.

  — Mas nós não estamos em nossa lua de mel — protestou o Mew. — Estamos aqui a negócios. Estamos aqui para chegar a um acordo sobre o Resort.

  — Mas para que é o Resort então? — O senhor Isogawa perguntou.

  Mew balançou a cabeça, confuso.

— O quê?

  — Nós fazemos o resort para casais. Para Famílias. Para ficarem juntos — explicou o senhor Isogawa. — Para lembrar, não é? Nanumi. Para lembrar a nós mesmos do que é importante. Negócios, sim, é claro que fazemos negócios. Mas os negócios são apenas uma parte da vida. Disse o senhor Isogawa. — A parte menos importante. Você entende?

  Os olhos escuros dele pareciam penetrar nas profundezas da alma de Mew.

  — Eu... Sim. — Ele compreendeu o conceito, por fim.

   Sua família não tinha ideia disso. O anel que dera a Gulf tinha sido sua única experiência daquele tipo de conexão. Fora sido um sinal do amor do seu bisavô. Um amor que suportou a solidão e depois a morte. Mas seu próprio pai o ignorou, e o deixou ficar em um pires sobre a escrivaninha. Sua mãe, tipicamente, o jogou fora.

   Mas o senhor Isogawa sorria para Gulf e — Gulf sorria também, como se estivesse emocionado, como se fosse seu verdadeiro marido.

  — Está bem — disse Mew. — Mas estamos aqui para fazer negócios.

  O senhor Isogawa inclinou-se.

  — Mais tarde trataremos de negócios. Agora você deve compartilhar o começo de seu casamento com seu lindo marido.

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