— Art diz que deve tudo a mim — contou Gulf, sorrindo.
— Hein? Quem deve o quê? — Mew estava distraído. Ele estivera ansioso para tê-lo nos braços tão logo o encontrou na praia. E o afastou de Art sem olhar para trás. Tinha algo em mente.
— Eu disse que Art e Lhong estão se falando — repetiu ele pacientemente enquanto caminhavam para sua bure. — Lhong está realmente escutando. Estão se comunicando! Eles podem ter um bebê! E a Art diz que deve tudo a mim. — Gulf estava certo de que Mew apreciaria a ironia daquilo.
Mas ele apenas balançou a cabeça.
— Aquele homem é louco.
Mew tivera um dia difícil. Gulf apenas participará das reuniões matinais e ele estivera amarrado toda a tarde martelando os últimos detalhes para que o novo consórcio do resort fosse um acordo selado. Podia ser perdoado por não se preocupar com as questões familiares de Art.
— Você deve estar aliviado por tudo ter terminado — disse Gulf enquanto subiam os degraus de sua varanda na árvore.
Uma vez ali, Gulf se inclinou para massagear os reteçados músculos dos ombros e das costas dele.
Mew suspirou.
— Siiim. — Mew deixou que as mãos de Gulf fizessem sua mágica por alguns instantes, depois se endireitou. — Eu estava pensando que deveríamos ir para casa.
— Para a casa? — As mãos de Gulf pararam.
— Não podemos ficar aqui para sempre. É o paraíso, sim. Mas o trabalho está feito.
— Mas a semana não acabou. O senhor Isogawa espera que fiquemos aqui. Além disso, amanhã é o dia da família. — E Gulf esperava isso com prazer.
Mew deu de ombros.
— A família de Isogawa.
— E ele quer que os conheçamos. Eles voltam todo ano todos eles —, os senhor Isogawa e a esposa, os filhos e os netos. Nanumi é isso. Trabalhamos para isso toda a semana.
Mew apertou os dentes brevemente, depois encolheu os ombros.
— Ótimo. Se você quiser ficar, ficaremos.— Entrou no quarto e caiu na cama com o rosto para baixo. Seus olhos se fecharam.
Gulf sentou ao lado dele e começou a esfregar suas costas outra vez.
— Toda a adrenalina foi embora, não é?
Mew rolou sobre si e o agarrou, puxando-o para cima dele.
— Não confie nisso!
Mew ainda estava dormindo profundamente quando Gulf acordou na manhã seguinte.
E não era de admirar. Ele os mantivera acordados a maior parte da noite. Mew o amará ansiosamente, urgentemente, quase desesperadamente, de uma maneira que o fez lembrar de sua noite de núpcias quatro anos atrás.
Mas não foi como agora, Gulf estava seguro, porque não havia como esquecer o que acontecerá entre eles ali.
Eram quase 8 horas. Gulf tinha prometido encontrar-se com os Isogawa e sua família para o café da manhã. Isso lhe dava tempo para uma chuveirada desde que Mew não se unisse a ele antes de ir para lá. Gulf não teria se importado se Mew se unisse a ele. Mas sabia que estava exausto.
Olhou para Mew agora, o coração cheio do amor que sentia por aquele homem. Inclinou-se e passou levemente a mão sobre o cabelo desgrenhado. Ele não se moveu. Gulf beijou-o no rosto. Mew suspirou e sorriu levemente, mas não acordou.
Gulf tomou seu banho, secou e penteou os cabelos, tomando mais cuidado do que fizera durante toda semana, para ficar apresentável para conhecer a família de Isogawa. Quando ele saiu, cinco para as nove, Mew ainda não havia se mexido.
O som do riso das crianças o acordou, sobressaltado.
Por um momento, Mew não soube onde estava. Então abriu os olhos e se lembrou. Dia da família.
Falando de uma experiência estranha...
Ele estava deitado ali, pensando na melhor maneira de livrar-se de tudo aquilo, quando bateram na porta da bure. Ele franziu o cenho, porque durante toda a semana ninguém baterá naquela porta. Todos respeitaram a privacidade dele e de Gulf. Mas talvez Gulf houvesse mandado um mensageiro para ver se ele estava se levantando.
Colocou um short e abriu a porta, piscando ao não ver ninguém, então se deu conta de que quem baterá a porta mal chegava à altura do seu peito.
Duas meninas e três meninos estavam parados ali, pulando e saltando de um pé para o outro.
— Nunca vimos uma casa na árvore tão grande. Você mora aqui? — O rapaz mais alto perguntou a ele, os olhos abertos. Ele falava como um kiwi esse parecia com Esteve, de modo que Mew teve uma boa ideia de quem ele era.
— Esta semana, sim — respondeu, enquanto eles esticavam os pescoços e olhavam para o quarto. A ansiedade deles lembrou de sua própria curiosidade juvenil. — Querem dar uma olhada?
Se queriam? Ele foi praticamente atropelado na pressa deles por explorar. Estavam fascinados pela forma em que a bure fora construída em volta dos galhos; um deles era tão grande que podia ser usado como uma poltrona de janela. Ficaram encantados com a cascata particular.
— Podemos entrar? — A menina ruiva perguntou.
Mew deu de ombro.
— São meus convidados. E enquanto eles dançavam e pulavam na cascata, rindo todo o tempo, Mew também ria. Ele disse seu nome e descobriu os deles. O menino mais velho, Geoff, e o menor, Justin, eram de Steve e Kate. O do meio era Keefe Ten Eyck. A menina ruiva era sua irmã, Kátie, e A outra era Mai, a neta de Isogawa. Ela não falava tailandês, mas a barreira do idioma não os fazia diminuir a marcha.
— Isto é maravilhoso — disse Kefee. — Poderia viver aqui toda minha vida!
— Que está perto de terminar — disse uma voz vindo da porta. E um Kaownah muito severo apareceu. — Vocês sabem que não devem importunar os hóspedes.
— Nós pedimos licença — disse Katie. — Educadamente.
Todos os outros assentiram, concordando.
— Ele nos convidou — disse Justin. — Não foi? — Ele olhou para Mew pedindo confirmação.
— Claro que sim — concordou Mew.
— Eles não o acordaram? — Kaownah ainda parecia preocupado. — Gulf disse que você estava exausto que precisava dormir.
— Eu já tinha acordado. Estava descendo para nadar.
Justin agarrou uma de suas mãos e Mai timidamente agarrou a outra.
— Vamos, então.
— Deixem o senhor Suppasit sozinho — disse Kaownah. — Para fora, todos vocês. E agradeço por sua gentileza de deixá-los interromper sua vida.
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Bodas de Fel
FanficPrólogo Para assegurar um contrato, o milionário Mew Suppasit concluiu que precisa de um marido para exibir em público. Mas quem? Após escolher o sócio perfeito para o empreendimento, enviou seu assistente Gulf Kanawut a Nova York com os document...