Mew não ligou para Gulf o resto da semana.
Gulf não ligará para dizer que havia chegado em casa. Nem mesmo ligou para dizer quando seu voo posaria em Los Angeles.
A única comunicação entre eles, durante toda a semana, acontecia quando ele lhe mandava um e-mail ou mensagem de texto, dizendo-lhe o que precisava que Gulf fizesse.
Bem mais eficiente que chamadas telefônicas, ele se assegurou. Deveriam estar fazendo isso há anos. Mas isso também o punha furioso, pois a única resposta que recebeu foi uma única palavra.
— Feito. ( E tu queria o que meu filho)
Hoje, no entanto, ele lhe mandará cinco textos. Não obteve respostas. Mandou-lhe outro texto assim que pousou em Los Angeles. Outra vez sem resposta. Claro que Gulf também podia estar viajando.
Mas ele não gostou de não saber.
Eles teriam que esclarecer coisas logo que Gulf chegasse. Não funcionaria se ele o ignorasse em nanumi. O senhor Isogawa era esperto. Não se deixaria convencer que eles eram um casal sólido e estável se rosnassem um para o outro ou se evitassem durante toda a semana.
E mesmo se Isogawa não percebesse uma brecha, Art sem dúvida notaria, e havia uma boa chance de que ele tentasse explorá-la.
Mew sabia que tivera a sorte ao conseguir tirá-lo de seu quarto em Barcelona sem que Lhong soubesse. E não queria que a mesma coisa acontecesse outra vez. Ele gostava de Lhong. Na realidade, até mesmo gostava de Art, quando ele não se comportava como um garoto de programa. E os milhões de Lhong eram absolutamente necessários para o pacote de investimento no Resort.
Art poderia destruir aquilo e o casamento dele e isso não seria bom para ninguém.
De modo que, sem importar se ele é Gulf estivessem com vontade de conversar ou não, ele teria que enunciar o que esperava de seu marido. E, com a ajuda de Deus, ele teria que comportar-se como um marido.
— E então — disse uma voz familiar atrás dele, — estou aqui.
Mew virou-se a ouvir isso e, sim, Gulf estava ali bem na frente dele: Gulf kanawut, da maneira exata como Gulf kanawut sempre fora, elegante, profissional, apropriado, no controle. Graças a Deus.
E, no entanto, mesmo assim seu coração deu um estranho salto no peito ao vê-lo, porque seu primeiro pensamento foi: que tipo de roupa íntima ele estava usando?
Os olhos dele se fecharam, enquanto seu cérebro tentava controlar os hormônios. Revestiu-se de coragem para lutar contra suas reações, franzindo cenho ao ver o quanto elas eram impróprias.
— Obviamente você está contente em me ver — Gulf afirmou secamente. — Mudou de ideia e, então? — Havia uma aresta na sua voz que dizia que ele não estava nem um pouco mais animado Mew.
— Que? Não, claro que não. Estou aliviado porque você finalmente chegou. — Fingiu dar uma olhada no relógio. — Trabalhando com margens estreitas, não é?
— Você acha? Não penso assim. Tinha coisas a preparar — Gulf lhe lembrou, com altivez. — De todo modo, estou aqui agora.
E sem mais palavras, se virou, caminhou para um grupo de poltronas e sentou-se.
Mew caminhou atrás dele, chateado com o que parecerá uma ruidosa rejeição.
— Assim que você conseguiu quem o substitua?
— Claro. Eu não estaria aqui se não tivesse conseguido.
— Quem?
Houve meio segundo de excitação. E então:
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Bodas de Fel
FanfictionPrólogo Para assegurar um contrato, o milionário Mew Suppasit concluiu que precisa de um marido para exibir em público. Mas quem? Após escolher o sócio perfeito para o empreendimento, enviou seu assistente Gulf Kanawut a Nova York com os document...