Cap 11: Na sua cama.

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Gulf saiu do banheiro depois do banho, vestido com roupas limpas, sentindo-se melhor e mais cauteloso, ao mesmo tempo.

   Enquanto tomava banho, tentou recompor-se, chegar a termos com o que Mew havia lhe dito que fizesse, convencendo-se de que poderia fazer sem fazer de si mesmo um tolo. Ele sabia que tinha que fazer ou morrer tentando.

  Ao mesmo tempo, nem mesmo estava seguro de que conseguiria terminar o jantar.

  Mew estava na cozinha colocando embalagens na mesa.

  — É comida birmanesa — disse. Nem mesmo olhou para ele, apenas abriu as embalagens de papelão branco com comidas que assobiavam de tão quentes. A boca de Gulf encheu-se de água. Mew pegou os pratos do guarda-louça, movendo-se com a acostumada eficácia, e não parecia mais zangado. Isso era bom?

  — Tem um cheiro ótimo. — Gulf sorrio, ainda um pouco incerto.

  Mew colocou talheres de prata, depois tirou os pauzinhos de madeira de uma das embalagens, colocou água gelada nos copos e arrumou tudo na mesa.

  — Você quer vinho? — Havia uma garrafa sem abrir na mesa da cozinha.

— Não, obrigado. Eu cairia no sono. — Gulf ainda sentia os efeitos da noite no avião e o estresse dos últimos dois dias. — Beba você.

  Mew não abriu a garrafa. Apenas apontou com a cabeça para a cadeira mais perto dele.

  — Sente-se. Mãos à obra.

  Gulf sentou-se.

— Tem uma cara ótima, também.

— Normalmente, sim. — Mew abriu uma embalagem de arroz e a passou para ele. — Como neste lugar sempre que venho a Nova York. — Mew estava falando rápido enquanto colocava colheradas de comida em seu prato. Não olhava para ele.

  Gulf pois um pouco de cada coisa no prato, e pegou os seus pauzinhos. As coisas pareciam quase... Normais, como os almoços de negócios que ele e Mew frequentemente compartilhavam. Só que aqueles eram acompanhados por maços de papéis, contratos, diagramas e conversas incessantes.

   Essa refeição não tinha papéis, contratos, diagramas e, até agora, nada de conversa. O que tinha era um grande e gordo elefante não reconhecido na sala: o elefante casamento. O elefante do casamento deles.

   Gulf precisava saber o que esperar.

  Mas Mew não disse uma palavra. Manteve sua boca cheia o tempo todo. Toda a refeição se passou em silêncio. Comer teimosamente, com determinação, até não haver mais o que comer. As embalagens estavam vazias, os pratos limpos.

  Quando o Gulf esperava que ele finalmente começasse a falar, Mew levantou-se de um salto e começou a limpar a mesa.

  Gulf também se levantou.

— Deixe-me ajudar.

— Não, está bem. Eu faço, a cozinha é bem pequena. — E ficou claro que ele não o queria lá. — Café, chá? — Mew deu as costas para ele, enxaguando os pratos na pia. Desde quando Mew se tornará tão doméstico?

  — Chá, então, por favor. — Temia que o café fizesse seus nervos, já desgastados, ficaram piores.

  — Tudo bem. Vai sentar-se. Eu sirvo.

  Gulf teria gostado de oferecer ajuda naquilo, mas Mew já estava enchendo a chaleira com água e não são necessários dois para preparar um chá.

   Bem, chega. Como Mew não começará, Gulf o faria. Voltou-se para onde Mew estava servindo chá.

Bodas de FelOnde histórias criam vida. Descubra agora