Cap 17: Por pena.

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Gulf dormiu o resto do voo.

  Mew o comprovou porque ele não pôde dormir. Ele tentou, e Deus é testemunha. Estava acostumado a tirar uma pestana onde pudesse — no saguão de um banco, em um avião, de pé em um corredor. Um homem que dormirar 2 anos em sua caminhonete podia dormir em qualquer lugar.

   Exceto, aparentemente, quando Gulf kanawut dormia ao seu lado.

  Mew o observou por horas, os dentes apertados de frustração, totalmente desperto, ligado, enquanto Gulf dormia como um bebê.

  O problema é que Gulf não parecia um bebê. Os bebês não tem cabelos escuros desgrenhados. Não sorriem nem suspiram eroticamente quando dormem. Não se torcem, giram nem jogam o cobertor para longe, deixando aparecer parte da barriga.

  Mew não queria ver partes da barriga de Gulf. Não queria sentir a tentação de correr seus dedos levemente sobre aqueles poucos centímetros de pele macia e pálida. Não se ele não pudesse agarrar a borda da camisa e puxá-la sobre a cabeça dele. Não se não pudesse abrir o zíper das calças dele e puxá-las para baixo sobre suas pernas sem fim.

   — Diabos! — A palavra saltou entre os dentes dele. Lançou seu olhar para longe e agarrou com força os braços do acento.

— Senhor? — A aeromoça apareceu ao seu lado. — Está tudo bem? — Ela se inclinou e o observou com preocupação.

  Mew se conteve.

— Está tudo bem — disse em uma voz baixa. — Eu apenas... Lembrei-me de uma coisa.
  Como era ter Gulf em seus braços!

  — Posso lhe trazer alguma coisa?

  Pastilhas para dormir?

— Café — Mew disse finalmente.— Muito café. Preciso trabalhar.

  Sempre havia muitas coisas a serem feitas. E Mew sempre as fez, usando o trabalho para manter as circunstâncias de sua vida longe de sua mente. Para esquecer seu pai bêbado, para apagar a imagem da megera da sua mãe. Ele usará o trabalho mais cedo, nesse voo, falando sobre projetos com Gulf porque assim ele tinha tudo sobre controle.

  A aeromoça lhe trouxe café. Ele ligou o laptop, abriu um arquivo, prestando atenção nas especificações do edifício de São Paulo que Matheus Gonçalves recomendará que comprassem.

   Tentou prestar atenção. Não funcionou. Murmurou algo entredentes.

  — Mmmm? — Gulf virou-se na direção dele.

   Ótimo, agora bastava que ele desviasse um pouco os olhos e poderia ver seu rosto, banquetear seu olhar com sua boca parcialmente aberta. Mew beijará essa boca. Realmente a beijará. Não apenas o beijinho profissional que ele se permitirá outogar como parte do relacionamento deles de amizade-negócios.

  Gulf tinha uma boca generosa, que se podia beijar. E ele teria que beijá-lo outra vez essa semana. Não apenas passar seus lábios sobre os dele, mas no interesse do retrato convincente deles como um casal recém casado afogar-se no beijo dele. E enterrar-se...

   Pare! Apenas pare!

Desejar Gulf kanawut era a última coisa que ele deveria fazer.

   Gulf não o desejava. Casará com ele por gentileza, demônios!

  Mew havia dito a ele que entendia porque Gulf o fizera — por preocupação com a empresa,— pois a verdade era pior.

  Quando Tar romperar o noivado. Gulf teve pena de Mew.
Mew lhe dissera roucamente: — Você se casaria comigo, não é? — E Gulf o fez porque o que mais se esperaria que Gulf fizesse?

   Gulf se casará com ele por piedade!

  Mew não queria piedade. Jamais quis. Ele odiará quando os professores murmuravam sobre seu pai, sobre a vida dura que Mew tivera. Claro que sua vida teria sido mais fácil com outros pais, mas ele conseguirá sair-se bem.

  Sobreviverá, não é? Sempre o faria.

Mew não sabia porque diabos Gulf ficará zangado com isso. Só estava tentando fazer-lhe um favor, assegurando-lhe que não pretendia saltar sobre ele. Mew podia controlar-se. Era o que esperava.

  Além disso, eles não estariam compartilhando uma cama. Apenas uma bure. Eles ficariam bem.

  Lançou um olhar outra vez, determinado a revestir-se de coragem para vencer a atração. Mas havia mais barriguinha à mostra.

  Mew fechou os olhos. Ouviu que ele se movia, que murmurava. Ele abriu um braço que foi parar em cima de Mew os dedos de Gulf agarrando o seu antebraço, quentes e possessivos.

  Eram dedos longos e finos com unhas curtas. Não havia nada de particularmente sexy ou erótico sobre eles até que subitamente o polegar dele começou a golpear sua manga.

  Ao toque dele, Mew saltou e olhou para ele com suspeita. Estava acordado? Lendo sua mente?

  Mas a respiração dele não mudará. Gulf apenas sorriu. Ele engoliu em seco e mal respirou, mas não moveu o braço, não o empurrou, porque debaixo do algodão de sua camisa, a pele dele ardia com o toque de Gulf.

  Uma vez, 4 anos atrás, Mew se lembrou de queimar sobre o toque de Gulf. Fechou os olhos e tentou não pensar sobre isso.

Ele deveria ter examinado a cabeça por insistir em que Gulf fosse consigo.

  Mas pareceu perfeitamente são e sensato, naquela ocasião. Não era diferente de levar Sam.

Rá!

Bodas de FelOnde histórias criam vida. Descubra agora