Harry voltou para o hotel apenas para empacotar suas coisas e pegar qualquer coisa que achasse que pudesse precisar.
Desde o segundo em que ele desligou a ligação com a irmã, sua mente estava cheia de nada além de um nó com seus piores pesadelos quando se tratava da saúde de Lauren.
A vida parecia tão frágil em alguns momentos que o assustava. Ele não conseguiria encontrar espaço para ter nada mais em mente.
Harry sabia muito bem que a ciência e a medicina haviam avançado, que ela teria remédios e médicos ao seu dispor, mas sempre parecia haver uma chance assustadora.
Sempre uma chance de que ela não tomaria o remédio de acordo com o horário correto. Sempre uma chance de que sua febre não passaria.
Sempre uma chance de não ser apenas uma dor de estômago inofensiva e temporária. Sempre uma chance de que ele não chegasse a tempo.
Aquilo era tudo que ele conseguia pensar enquanto movia os pés para dirigir até o aeroporto e então se movendo entre pessoas até que fosse embarcado com segurança.
Antes de decolar e como o esperado para aquele dia, a ligação havia caído direto para o correio de voz.
-L, querida... -murmurou no avião, tom gentil apesar da tensão em seus músculos- Eu estou voltando para casa. Gemma me disse.
Harry pausou por um momento, sentindo sua garganta entupir com a memória de Gemma dizendo à ele explicitamente que algo estava errado.
-Sinto muito, mas estarei em casa em breve, aguente firme. Eu te amo.
Ele enviou uma mensagem de voz então, torcendo para que ela estivesse acordada para ouvir.
Quando o avião decolou, Harry afundou a cabeça no assento. Com os olhos fechados, apesar de sua vontade de não fazer nada além de forçar-se a dormir, sabendo que as horas passariam muito mais rápidas daquela forma, ele raciocinava consigo mesmo para ficar acordado e alerta.
Mas ele não poderia, precisaria enfrentar sete horas de vôo até ela e sentia-se preocupado o suficiente para apagar por um momento.
Com sete horas incrivelmente lentas a mais no dia, Harry entrou no carro que o esperava grato por estar no controle dos pedais novamente.
Era fim de tarde em Londres quando Apollo começou a viagem familiar de volta para casa.
Embora Harry conhecesse o caminho de volta como a palma de sua mão, não parecia o mesmo sem Lauren no banco do passageiro ou mesmo no banco do motorista.
Aquela sempre foi uma de suas partes favoritas de sair da cidade com ela: o caminho de volta com seu amor, exausta no banco do passageiro, usando as últimas forças para ficar acordada com ele enquanto seguravam mãos e Harry navegava de volta para casa.
Naquele momento, ele foi deixado para ser uma pilha de nervos enquanto corria para chegar em casa o mais rápido possível, desrespeitando todas as leis de trânsito que poderia.
Utilizando velocidade sobrenatural para atravessar Londres e estar em casa em questão de minutos, Harry encontrou alívio ao ser recebido por Cecília, Eduardo e Aurora na porta.
-Quantos dias passamos longe um do outro? -beijou a menininha em seu colo- Dois? Eu não aguentava mais...
Aurora riu, abraçando-o pelo pescoço e rapidamente pegando a presilha de florzinha cor de rosa da mamãe, mas que ele mantinha em suas malas para lembrá-lo de casa.
-Você está bem?
Aurora apenas confirmou com a cabeça, pernas ao redor da cintura dele, mãos ao redor do pescoço, dedos na presilha, cabeça descansando em seu ombro tão convidativo.
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End Of The Day - 3
Storie d'amoreEnd Of The Day é uma história realista sobre lutas diárias e duas pessoas enfrentando o mundo e mais um pouco para mostrarem seu amor uma pela outra. Foi sobre o contato visual furtivo do outro lado da sala como um sinal para saírem mais cedo e cam...