End Of The Day - 3

I'm having your baby and it's your business.

Harry havia acordado de seu sono profundo com o lado da cama frio, mas ainda bagunçado de onde o corpo de Lauren havia se arrastado pelo lençol.

Um feixe de luz entrava no quarto e quase atingia seu rosto sonolento, vindo do banheiro da suíte.

O som de água corrente e da descarga agora adentravam o quarto onde Harry acordava.

Ele esfregou os olhos algumas vezes, se preocupando com os sons de náuseas que vinham da sala adjacente.

Era incomum que ficassem doentes em qualquer época do ano, cuidavam da maneira como viviam.

Quando Harry chutou o edredom laranja para longe de seu corpo, o som da descarga do banheiro voltou a funcionar.

Porém, a luz do banheiro havia sido desligada e a silhueta de Lauren aparecia na porta escura que separava o quarto principal do banheiro privativo.

-L, o quê está sentindo?

A voz de Harry saiu rouca, profunda e áspera contra sua garganta seca. Ela estremeceu com o fato de tê-lo acordado.

-Está se sentindo mal desde que deixamos o Brasil, vamos ao médico quando amanhecer, tudo bem? Estou preocupado.

Acrescentou. Lauren deu a volta na cama enquanto segurava a barriga. Olhos vermelhos, bochechas rosadas e lábio inferior trêmulo quando conseguiu contato visual com ele.

Harry tinha olhos verdes cheios de preocupação.

-Vou melhorar, é só uma intoxicação alimentar...

Raciocinou baixinho, com medo de sua voz falhar caso fizesse mais esforço.

Harry balançou a cabeça negativamente ao se deitar, não convencido.

Lauren enviou à ele um sorriso suave quando a acariciou com uma flanela úmida e refrescante na testa.

-Estou preocupado e, se piorar, vou levá-la ao médico quer goste ou não.

Harry se importava com ela de uma maneira que nunca havia imaginado.

Lauren pegou a mão livre de Harry e esfregou o polegar em suas pontas dos dedos, como uma resposta com sua pele quente.

-Podemos voltar a dormir? -sussurrou- Um abraço do meu marido parece divino agora.

Riu fraquinho, observando como os lábios de Harry se ergueram em um sorriso também caloroso.

Era fofo, ela o acordava de madrugada e ele sorria.

Um aceno foi dado enquanto Harry se mexia, mantendo-a debaixo das cobertas antes de fazer seu caminho de volta à abraçá-la.

-Me acorde se sentir qualquer coisa, certo? Eu não me importo.

Sussurrou enquanto grunhia levemente ao sentir o cheiro do cabelo dela, sua cabeça batendo no travesseiro e suas pálpebras parecendo instantaneamente pesadas e quase magnéticas uma com a outra.

-Quero te ver bem.

Acrescentou ele quase dormindo, antes de estender a mão para desligar a lâmpada do abajur.

-Harry... Estou com medo.

Sua voz saiu tímida e fraca, colocando uma sensação de medo no peito de Harry enquanto ele a apertava contra seu corpo e mantinha seus lábios persistentes em seu couro cabeludo.

-Com medo de quê, baby? Não há nada para ter medo... -suspirou-
-E se... -respirou- Quero dizer, ou estou com uma forte intoxicação alimentar ou grávida.