POV RAFA-Se Gizelly não me segurasse, partia aquela velha em duas. – Tentava contar sem me irritar novamente. – Amiga, você precisa ver a cara que a mulher fez pra Gi.
-Como as pessoas são ignorantes. – Manu teve a mesma reação que eu tive. – Coitada da Gi, ela deve passar por esse tipo de situação sempre.
-Sim, e ainda me disse que estava acostumada. – Bebi meu café. – Ela não deve abaixar a cabeça e deixar que as pessoas maltratem ela. Gizelly tem que parar de ser tão pacífica, desde a escola ela sofre esse tipo de coisa, até aquele idiota do primo já aprontou tanto com ela
-Deve ser barra pesada, mas calma amiga, agora já sabem que essa escola não é pro Theo. – Assenti com a cabeça. – Mas vocês conseguiram encontrar algum lugar legal?
-Jamais colocaria meu filho naquele lugar. – Manu balançou a cabeça. – Por fim a melhor até agora é aqui a tal Bia indicou, as donas da escola são casadas, Clara e Marina, são incríveis, você precisa ver que lugar lindo. Não é longe e eu acho que o Theo se adaptaria rapidamente.
-Isso é bom, amiga. – O garçom trouxe nossa conta. – Mas parece que você não curtiu muito quem indicou a escola.
-Nada contra essa Bianca, mas não fui com a cara dela. – Me lembrei da mensagem que vi no celular de Gizelly. – Ela é atirada, não acho que seja o tipo de gente que eu quero perto do Theo.
-Mas se ela e a Gi estão juntas, você não pode opinar. –Revirei os olhos fazendo Manu soltar uma risadinha. – Até porque você e Deborah estão juntas e Gizelly nunca se meteu.
-É diferente. – Manu negou com a cabeça e pediu licença para ir até o banheiro.
Flash back on:
Não pensei que teríamos um almoço tão tranquilo, Gizelly e eu conseguimos conversar sobre o Theo, sobre nossos trabalhos, e tudo de forma leve, sem nenhum tipo de atrito. Ela parecia mais tranquila, centrada, a forma com que ela falava do nosso filho, tudo me deixava admirada, era estranho ter esse pensamento. Durante o almoço ela me encarava e eu fingia que não percebia, tudo o que eu queria era saber o que ela pensava.
-Eu pesquisei algumas opções pela região. – Chamei sua atenção entregando o Ipad. – Pensei em começarmos por aqui.
-Como quiser. – Gizelly se concertou na cadeira e respondeu lendo as informações. – Bia me passou o endereço da escola do Cris, as recomendações são excelentes.
Não gostei de saber dessa informação, pois só aumenta a hipótese que ela e Bia estão juntas, e a confirmação veio quando li a mensagem na barra de notificação de seu celular
-Tem alguém te mandando mensagem. – Foi inevitável não sentir raiva.
...
"Bia ♥️. Via whatsapp
-Passa na minha sala quando voltar 😈. "
... ....
Minha tarde começou a desandar no momento em que li essa maldita mensagem, Gizelly agiu como se nada tivesse acontecido, vi seu sorrisinho de lado quando ela leu o conteúdo da mensagem. Dei graças a Deus quando ela pediu a conta e fomos em busca das possíveis escolinhas para o Theo. Fiquei em silêncio durante o trajeto, não queria papo, eu estava irritada. E fiquei ainda mais quando fomos visitar uma das nossas opções e fomos recebidas por uma mulher preconceituosa, se Gizelly não tivesse me impedido, eu estaria sendo presa por agressão. Ela conseguiu que eu me acalmasse, não foi muito difícil, pois ela me levou na minha sorveteria favorita, a mesma em que eu a pedi em namoro, engoli seco quando percebi e ela acabou me chamando para continuar nossa função em visitar as creches.
Tudo acontecia de forma tão estranha, até a música no rádio parecia querer participar da nossa relação. A vontade de fazer aquela conversa acontecer me dominava, mas eu não acho que seja o momento, estou irritada e Gizelly parece imune a tudo isso. Acabamos indo na escola que Bianca indicou e por incrível que pareça foi a que eu mais gostei. Clara e Marina eram duas fofas e marcamos para levar o Theo até lá, nos despedimos e Gizelly se propôs a me deixar em casa.
-Chegamos. – Ela me tirou do transe ao estacionar na porta do meu prédio.
-Obrigada Gi. – Soltei o cinto e me virei pra ela. – Então fica combinado em levarmos o Theo na segunda?
-Sim, acho que ele vai gostar. – Ela tinha um sorriso no canto dos lábios. – Obrigada pelo almoço.
-A gente se vê e se cuida, ta? – Segurei a maçaneta da porta, mas ela tocou em meu braço.
-Rafa... – Sua voz rouca quase não saiu.
Encarei seus olhos por alguns segundos, esperei que ela falasse algo, mas ela só suspirou fundo e abaixou a cabeça.
-Esquece, até mais. – Gizelly desviou o olhar e eu deixei meus ombros caírem em frustração.
Flash back off:
-Rafa... – Manu passou a mão no meu ombro. – Vamos?
-Vamos. – Peguei minha bolsa e saímos.
-Em que você tanto pensava? – Manu questionou assim que passamos pela porta.
-Em nada, deixa pra lá. – Dei meio sorriso e seguimos até o carro.
-Amiga, sábado a banda do Julio vai tocar, aqui estão seu convite e o da Deborah. – Peguei o envelope. – Gostaria muito que você fosse, a irmã dele vai e eu não sou muito fã dela.
-Não posso te dar certeza, o Theo fica comigo no sábado. – Minha amiga fez uma carinha desanimada. – Mas vejo se consigo dar uma passadinha lá talvez Gizelly fique com ele ou deixo com meus pais.
-Não deixe de tentar, digamos que minha cunhada é um pouco elétrica e me deixa desconfortável. – Sorri com o comentário. – Me deixa em casa?
Segui pra casa da minha amiga e depois dirigi até a minha, estava cansada e só queria minha cama. Deborah viria mais tarde, aproveitei pra dar uma organizada nas minhas coisas.
{...}
-Tô exausta. – Deborah deixou a maleta no sofá e veio até mim. – Oi meu amor.
-Oi linda. – Demos um selinho rápido. –Vai comer primeiro?
-Sim, não almocei direito hoje. – Ela se sentou e retirou os saltos. – Você chegou agora? Onde você estava?
-Estava com a Manu, passamos no café quando eu saí do hospital. – Deborah respondeu com um som nasal. – Inclusive ela chamou a gente pro show do Julio, aqui os convites.
-No sábado? – Ela franziu as sobrancelhas. – Não sei se posso, e também pensei que podíamos fazer algo só nós duas.
-Eu queria ir, quase nunca saímos a noite. – Me sentei na bancada ao seu lado. – Seria legal você conhecer meus amigos, até hoje só conhece a Manu.
-Amor, eu não gosto dessas festas em baladas. – Deborah às vezes me irrita com essa alma idosa. – Barulho, muita gente, bebida cara e ruim.
-Só íamos prestigiar o Julio, mas se você não quer ir não tem problema. – Dei os ombros. – Eu vou sozinha.
-Sozinha? – Seu sorriso morreu no rosto. – Não acho certo, você não está mais solteira Rafa.
-E o que isso tem a ver? – Franzi o cenho tentando entender a lógica.
-Não faz sentido você ir sozinha. – Ela se levantou passando a mão no rosto.
-Eu te chamei pra ir comigo, mas você não quer. – Gesticulava com as mãos, essa conversa já me deixava nervosa. – Eu não vou deixar de fazer as coisas só porque você não quer, sinto muito.
-Então é assim? – Ela parecia não acreditar nas minhas palavras.
-Deborah, eu te fiz o convite. – Já estava estressada. – Não quero brigar por isso.
-Ok Rafa, você sabe o que faz. – Bufei e ela subiu pro quarto.
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Crise no mundinho Deborella. 😅😅😅
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Happier than ever| Girafa G!P
Fanfiction"You call me again, drunk in your Benz Driving home under the influence You scared me to death, but I'm wasting my breath 'Cause you only listen to your fucking friends" O que é a tristeza? A tristeza é um dos seis sentimentos fundamentais que todo...