Happier than ever| Girafa G!P

Você vai fazer isso sozinha?

POV RAFA

-Rafa? – Ouvi duas batidas e autorizo a entrada de Kelly em meu quarto. – O senhor Márcio está lá embaixo.

-Ele está sozinho? – Perguntei receosa, não quero me encontrar com Gizelly.

-Sim. – Kelly respondeu e eu pedi que ela avisasse que eu estava descendo.

Vesti uma roupa adequada, pois todos esses dias eu passei na cama e não sai do quarto pra nada. Lavei o rosto, prendi os cabelos e desci de encontro ao tio de Gizelly.

-Oie. –Cumprimentei chamando a atenção do homem que estava de costas.

-Oi Rafa, desculpe vir sem avisar. – Ele me deu meio sorriso. – Vim ver você, como você está?

-Vivendo. – Suspirei pesado.

-Eu sinto muito, Gizelly... – Antes que ele continuasse eu o interrompi.

-Desculpe Márcio, mas eu não quero saber nada dela e se você puder entender isso. – Ele assentiu e se desculpou. – Eu preciso pensar em mim e no meu filho, não vou impedi-la de conviver com o Theo se ela quiser, mas eu e ela não temos mais nada e com isso eu não desejo saber nada da vida dela.

-Tudo bem, Rafa. – Minha voz saia com amargura. – Eu só vim ver você mesmo e dizer que estarei aqui para o que você precisar, e pelo Theo também.

-Eu agradeço e saiba que você sempre será bem vindo aqui, mesmo com tudo o que aconteceu. – Segurei as mãos dele, sei que ele não teve culpa.

-Não deixe de me ligar se precisar de qualquer coisa. – Ele se aproximou deixando um beijo no topo da minha cabeça.

Nos despedimos e ali eu decidi que não quero saber de nada sobre Gizelly, agora a vida dela já não me diz mais respeito, se ela quiser participar da vida do meu filho eu não vou impedir, mas também não irei permitir que ela esteja perto dele se estiver sob efeito de drogas, isso eu não iria permitir jamais. Alisei minha barriga voltando para o meu quarto, ela iria me fazer falta, mas com o tempo eu tenho certeza de que esse amor passaria.

Os dias se passaram, decidi viajar para o interior, queria esquecer tudo o que vivi nos últimos dias, Gizelly conseguiu que eu detestasse cada canto dessa cidade, pois tudo me lembrava ela, todos os lugares que fomos juntas, todos os sorrisos que ela me fez dar, mas isso era apenas uma lembrança de agora em diante. Gizelly e eu não tínhamos futuro, eu quem insistiu nisso e agora não adianta chorar pelo leite derramado.

Voltei para o Rio para uma nova consulta, minha barriga já estava bastante avantajada, e em breve eu já teria meu bebê em meus braços, cada dia eu estava mais apaixonada por ele, parece que ele me ajudava a passar por todas essas dificuldades. Não tive nenhuma notícia de Gizelly, ela simplesmente desapareceu, apenas Marcio vinha me ver e ligava toda semana. Não fazia ideia do que ela estava fazendo da vida, às vezes a curiosidade em saber falava alto, mas aí eu me lembrava de todas as cagadas e a raiva falava mais alto.

-Tá pronta, filha? – Meu pai iria me acompanhar em uma nova consulta.

-Sim, podemos ir. – Peguei minha bolsa e saímos.

O trajeto até o hospital foi tranquilo, meu pai tentava me distrair e eu ria de suas palhaçadas, depois do ocorrido ele anda mais protetor que o normal e eu entendia seus motivos. Em poucos minutos ele estacionou em sua vaga e subimos até o consultório, porém no caminho encontramos Rodolffo.

-Hey, como está esse garotão aí? – Ele se aproximou me dando dois beijinhos. – Você tá cada dia mais linda.

-Obrigada Rod. – Agradeci com um sorriso. – Obrigada pelo presente.