É só ter calma

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POV GIZELLY

Os dias em que eu passo com meu filho, me dá uma energia inexplicável, meu pequeno me dá vontade de viver 100 anos ao lado dele, me faz querer estar sempre aqui por ele, e posso afirmar que de todas as loucuras que eu já fiz na vida, o Theo foi a melhor delas.

-Tá com fome meu amor? – Entrei em casa segurando a bolsa dele e a minha. – Mamãe vai preparar seu papazinho.

-Oi Gizelly, precisa de ajuda? – Lúcia se aproximou pegando a bolsa do meu ombro.

-Não Lu, eu mesmo preparo a papinha dele. – Lúcia brincou com o meu filho.

-Ele prefere a sua papinha mesmo. – Ela fez uma cara engraçada, mas era verdade. – Fico com ciúmes.

Achei graça e fomos pra cozinha em um papo animado. Lucia me ajuda desde o nascimento do Theo, ela e o meu filho deixam minha casa mais alegre, agradeço todos os dias pela indicação de Juliette. Com ela eu aprendi cozinhar e modéstia parte eu mando bem nesse quesito, me lembro das vezes que meu pai e eu fazíamos algumas receitas juntos. Meu filho era o maior fã da minha comida, me deixando cada vez mais apaixonada pelo meu leãozinho .

Fiz a papinha dele enquanto Lúcia fazia nosso jantar, depois de pronto prendi o Theo na cadeira e o alimentei, ele comia tudo me fazendo uma mamãe orgulhosa. Depois que ele comeu, Lúcia ficou com ele para eu tomar banho e descer pro jantar.

Durante o banho minha mente foi longe, lembrei da minha viagem com Rafa e a galera, um sentimento nostálgico me invadiu, pois foi a primeira vez que transamos sem proteção. Pensei na hipótese do Theo ter sido gerado naquele fim de semana e ri do meu próprio pensamento. Sai do banho, vesti bermuda, camiseta e desci pra comer.

-Mamãe voltou, bebê. – Peguei o Theo do bebê conforto beijando o cabelinho dele. – Já está com sono?

-Tava bocejando. – Me sentei com ele no colo. – Posso servir o jantar?

Acenei com a cabeça e Lúcia foi colocar nosso jantar, passamos o tempo todo conversando sobre novelas e reality, ela era a maior fã e me deixava por dentro de tudo.

-Você vai na festa do seu tio? – Lucia me questionou enquanto pegava mais salada.

-Não queria, mas irei. – Suspirei pesado. – Já basta ter que ver a cara do Talles todos os dias na construtora.

-Não devia falar isso, mas seu primo é um porre. – Gargalhei com o comentário. — Chato demais.

Era incrível como ninguém gostava dele e mesmo assim ele se achava o rei do pedaço. Terminamos o jantar, Lucia recolheu a louça e eu subi com o Theo, já estava na hora dele dormir. Troquei a fralda e a roupinha, e fui em busca da naninha, ele não dormia sem ela.

-Vish filho, será que o titio esqueceu no carro? – Revirei a bolsa enquanto o Theo começava a resmungar.

Não achei dentro da bolsa e nem no meu carro, liguei pro meu tio e ele disse que também não estava lá, bufei irritada e o Theo continuava resmungando. Tentei de tudo pra ele pegar no sono, mas não ia adiantar, ele só dormia com a bendita naninha.

-Calma bebê. – Theo passou a chorar intensamente e só me restava uma opção. – Vou ligar pra sua mãe.

Alcancei meu celular, pesquisando o número que a muito tempo eu não entrava em contato, nem me lembro qual a última vez que conversamos, sei que tem bastante tempo. Mas iria fazer isso pelo meu filho. O número chamou e no terceiro toque ela atendeu, sua voz suave me deixou tremula, e minha voz quase não saiu, não demorei muito, só perguntei sobre a naninha e ela disse que a Thais esqueceu, dei a ideia de pedir o motoboy pra entregar, mas ela se negou e avisou que estava vindo trazer, desligamos e eu desci pra aguardar Rafaella vir até a minha casa.

Happier than ever| Girafa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora