Por que isso agora?

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POV RAFA

Passei a noite em claro, não consegui dormir preocupada com Gizelly, sei os gatilhos que ela tem e eu só pedia a Deus que a protegesse. O que Deborah fez foi cruel, e amanhã teremos uma conversa séria, foi rude e infeliz da parte dela. Antes mesmo do dia clarear eu já estava de pé, queria coragem para ir até a casa de Gizelly, preciso me desculpar com ela.

Esperei as horas passaram, liguei pros meus pais avisando que iria buscar meu filho, eles avisaram que estavam me esperando pro café. Em poucos minutos estacionava na garagem dos meus pais.

-Bom dia, filha. – Meu pai me recebeu logo na entrada. – Madrugou, achei que o Theo passaria o dia conosco.

-Bom dia pai. – Dei um beijo no rosto dele e entrei. – Vou levar ele na casa da Gi.

-Mas é a sua semana, né? – Ele questionou confuso.

-Sim, mas aconteceu uma coisa ontem, e eu preciso ir até lá. – Me expliquei nervosa.

-Bom dia, filha. – Minha mãe descia com o Theo no colo, aproveitei pra mudar de assunto. –Cadê a Deh?

-Na casa dela, mãe. – Revirei os olhos. – Bom dia, meu leãozinho.

Meu filho me deu os bracinhos e eu o enchi de beijos, Theo sempre acordava de mal humor, puxou a mãe dele. Sentamos e tomamos café conversando sobre o que fizeram ontem a noite. Não mencionei sobre o ocorrido de ontem, sei que meus pais encheria o saco se eu disser que estou pensando em ir até a casa de Gizelly pedir desculpas por algo que Déborah fez. Meu pai falava sobre as novas contratações do hospital, mas fomos interrompidas pelo toque do meu telefone.

Manu ligação on:

-Oi Manu, bom dia. – Respondi minha amiga pelo outro lado da linha. –Não, estou na casa dos meus pais.

-Rafa, te liguei pra saber notícias da Gizelly. – Manu tinha um tom receoso na voz. – Eu fiquei preocupada com ela ontem, de verdade.

-Eu também estou, amiga. – Meu pais observavam minha conversa. – Quase não dormi.

-As coisas que ela me disse ontem, foi bem pesado. – Manoella suspirou fundo. – Ela acha que merece coisas ruins, pois te fez mal no passado, amiga essas coisas podem ser um gatilho pra ela.

-Você acha que ela pode voltar a usar? – Perguntei com medo da resposta. – Ela tá tão bem, Manu. Eu não me perdoaria se acontecesse.

-Calma, vamos pensar positivo.

-Vou desligar, amiga. – Meus pais ainda estavam me encarando. – Irei até lá.

-Me avise qualquer coisa. – Nos despedimos e encerramos a ligação.

Manu Ligação off:

-Rafaella, vamos ter que passar por isso de novo? – Minha mãe perguntou com um tom mais severo. – Você tem um filho agora.

-E por isso eu preciso cuidar da mãe dele. – Peguei o Theo no colo. – Vocês não sabem o que aconteceu, então não julguem minhas atitudes.

-Pra que levar o menino, então? – O clima estava tenso entre nós.

-Por que ele também é filho dela.

Sai da casa dos meus pais praticamente sem me despedir, sabia que eles seriam contra, mas eu preciso ver se Gizelly está bem, eu não me perdoaria. Prendi o Theo na cadeirinha e parti em direção a casa da minha ex noiva.

Durante o trajeto, pensei em possíveis lugares que eu procuraria Gizelly caso ela não estivesse em casa, estava disposta até em ir atrás de Bianca caso fosse necessário. Entrei com o carro pelo condomínio de Gizelly e em poucos minutos eu desci do carro indo em direção a porta. Meu filho estava alheio a tudo e brincava despreocupado com a gola da minha blusa. Toquei a campainha e aguardei, estava impaciente e preocupada, toquei mais uma vez, mas nada de ser atendida, na terceira vez em que toquei, ouvi a voz rouca de Gizelly avisando que estava indo e meu coração bateu descompassado.

Happier than ever| Girafa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora