Eu estou grávida

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POV RAFA

Após Gizelly sair da festa eu desesperei, fiquei pensando em onde ela iria, se não fosse por Manu eu teria surtado, eu teria rodado essa cidade atrás dela, mas achei melhor esperar, ela estava magoada e com razão. Me despedi dos meus pais avisando que iria pra casa de Manu, ela me convenceu que eu precisa fazer um teste de gravidez, mesmo com medo eu concordei, não dava pra viver com essa duvida.

-Eu não sei se quero fazer isso. – Segurei o teste na mão e encarei minha amiga.

-Você só vai saber se fizer o teste. – Manu me encorajou.

-Eu acho que prefiro fazer isso quando eu encontrar Gizelly. – Ela compreendeu e eu acabei comprando três testes de marcas diferentes.

Algumas lágrimas teimavam em saltar dos meus olhos, já no taxi eu tentava falar com Gizelly, mas ela não atendia e eu já estava entrando em desespero.

-Rafa, ela deve ter ido pra casa. – Manu passou a mão em minhas costas. –Vamos pra minha casa e amanhã vocês conversam.

-E se ela foi se meter com coisa errada? – Falei ainda entre as lágrimas. – Eu não vou me perdoar se ela recair a isso.

-Vamos pensar positivo. – Eu não sei o que seria de mim sem a minha amiga. – Ela vai ficar bem.

Manu preparou a cama dela, minha amiga não me deixaria dormir sozinha essa noite, tomei um banho e entrei debaixo das cobertas, tentei ligar mais algumas vezes, mas agora o celular de Gizelly dava desligado. Tentei dormir, mas foi impossível, minha mente não parou um minuto, eu estava preocupada com ela, preocupada em como iríamos ficar, e agora preocupada com essa possível gravidez.

Eu quase não esperei o dia amanhecer, me levantei e mandei mensagens pra alguns amigos, não obtive resposta, pois ainda era muito cedo, não queria preocupar o tio de Gizelly, mas precisava saber se ela estava em casa, disquei o número e uma das funcionárias da casa atendeu no segundo toque, perguntei se ela estava por lá, e a mulher pediu uns minutos para ir até lá conferir, mas me disse que o quarto estava vazio, agradeci e suspirei.

-Onde você se meteu Gizelly? – Perguntei baixinho pra mim mesmo.

Fui até o banheiro e parei de frente ao espelho, fiquei me encarando pelo reflexo, e se eu estiver de fato grávida? Meus pais não vão gostar nenhum um pouco dessa notícia, o que será que Gizelly vai pensar sobre isso? Eu não teria coragem de interromper essa gravidez. Suspirei fundo e alisei minha barriga, me olhei no espelho novamente e me veio à mente um possível lugar que Gizelly poderia estar. Juntei minhas coisas, peguei os teste de gravidez, não quis acordar Manu, passei pela porta devagarzinho e pedi um táxi até a casa dos pais de Gizelly.

Não era muito longe, em poucos minutos o taxista entrava pelo condomínio, como era no mesmo condomínio da casa dos tio dela, o porteiro me deixou passar sem contestar, agradeci e seguimos até a casa. Pedi a Deus que ela estivesse lá e que me escutasse, aceitasse minhas desculpas. O motorista encostou, paguei o homem e desci enchendo os pulmões de ar.

Toquei campainha e o rapaz que nos recebeu da outra vez veio abrir a porta, perguntei se Gizelly estava por lá e ele me disse que ela tinha acabado de chegar, respirei aliviada e ele me deu passagem. Subi devagar até o quarto dela, abri a porta e vi o corpo de Gizelly espalhado na cama, ela estava com a mesma roupa da festa, provavelmente passou a noite na rua. Retirei seus tênis, puxei sua calça jeans e tentei ajeitá-la na cama. Gizelly nem se moveu, retirei o cabelo do rosto dela, fiquei admirando seu sono, e por Deus eu amo essa garota. Deixei Gizelly dormindo, prendi meus cabelos, peguei minha bolsa indo até o banheiro, agora que encontrei Gizelly eu estava mais calma, e poderia tirar minha dúvida finalmente. Uma parte de mim estava curiosa pra saber como seria se eu estivesse grávida, mas o medo falava mais alto, principalmente por não saber qual seria a reação de Gizelly.

Happier than ever| Girafa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora