Happier than ever| Girafa G!P

Advogadas se ajudam

POV RAFA

-Tá tudo bem por aqui? – Desde que meu pai me disse que Deborah iria atender o Theo, me preocupei com o encontro entre ela e Gizelly.

-Oi meu amor! – Deborah tinha um sorriso largo nos lábios, enquanto Gizelly estava quieta do outro lado da sala. – Que bom te ver aqui.

-Oi Gizelly, tudo bem? – Me desviei do abraço de Deborah e fui até o meu filho. – Oi meu amor, a mamãe tava morrendo de saudades.

-Oi. – Ela respondeu sem me encarar. – Já vamos indo, dá tchau filho.

-Espera. – Impedi que ela saísse. – Marina me ligou, a vaga do Theo está pronta.

-Eu sei, a Clara me ligou e já me passou a lista. – Ela ainda não me encarava. – Já providenciei tudo.

-Eu ia providenciar hoje. – Por fim, Gizelly me olhou.

-Já está tudo acertado, na segunda ele começa. – Ela pegou a pasta do Theo em cima da mesa. – Mando as coisas que comprei, no dia em que ele for pra sua casa, agora preciso ir.

Acenei pro meu filho e os dois passaram pela porta sem olhar pra trás, Deborah assistia nossa interação em silêncio, não sei o que ela pensava.

-O que foi? – Perguntei ao ver ela sorrindo.

-Tô pensando em quando for o nosso filho. – Dei meio sorriso.

-Preciso voltar pra minha sala. – Dei um selinho rápido e sai.

Sei que não devia, mas eu sempre corto Deborah quando ela fala essas coisas, me sinto pressionada, parece que não é natural e olha que Gizelly e eu éramos bem rápidas, mas a diferença era que tínhamos intensidade e profundidade. Voltei ao trabalho, tinha muito o que fazer na parte da tarde.

No início da tarde desliguei tudo, já tinha dado minha hora e eu estava exausta, me despedi de Deborah, hoje ela iria para a casa dela, aproveitei pra ligar pra Manu e a convidei para jantar.

-Amiga, essa história de vocês é tão confusa. –Contei pra Manu detalhes da minha ida a casa de Gizelly.

-Não tem nada de confuso, nós duas não fomos feitas uma pra outra. – Eu colocava os pratos na mesa. – Eu já aceitei isso.

-Eu nunca disse isso, mas eu tenho uma opinião. – Manu me encarou assim que eu me sentei. – Rafa, você e a Gizelly precisam conversar, colocar isso tudo em pratos limpos.

-Ela tá certa, Manu. –Suspirei enquanto me servia de macarrão. – Não faz sentido mais.

-Rafa enquanto você duas não se livrarem desses assuntos inacabados, nem uma das duas vai conseguir seguir em frente. – Minha amiga dizia com tranquilidade. – Você tá presa nisso aí, querendo saber sobre esse assunto, você não consegue se entregar ao seu relacionamento.

-Não é bem assim, Deborah e eu estamos nos entendendo. – Manu deu um sorriso desacreditado. – Estamos bem.

-Você gosta de se enganar, me desculpe. – Suspirei pesado e continuamos nosso jantar.

Manoella e eu continuamos nossa conversa, em partes ela estava certa, mas eu não posso forçar Gizelly a conversar comigo, hoje mesmo ela mal olhou na minha cara, sei que ela deve ter ficado sem jeito pela presença de Deborah.

{...}

Acordei cedo, antes mesmo do despertador tocar eu já estava de pé. Hoje é o primeiro dia do meu bebê na creche e eu estava mais ansiosa que o normal, estava com medo do meu filho não se adaptar.

-Tá cedo ainda, Rafa. – Deborah resmungou se virando para outro lado. – Volta pra cama.

-Não quero, vou me arrumar. – Segui pro banheiro e liguei o chuveiro.