Happier than ever| Girafa G!P

Gizelly, espera!

POV RAFA

Já havia perdido as contas de quantas vezes eu rolei de um lado para o outro na cama, eu simplesmente não conseguia dormir, olhei pro lado e Deborah dormia tranquilamente, bufei irritada e sai da cama tentando não fazer barulho. Fui até o quarto do Theo, eu sempre conseguia me acalmar quando estava com ele.

Meu filho dormia como um anjinho, as mãozinhas fechadas e a boquinha fazendo um biquinho, me lembram a mãe dele, sorri com meu pensamento, pois era por ela que a insônia resolveu me acompanhar hoje. Não consigo parar de pensar nela, preciso saber o que aconteceu naquele bendito dia, mas eu não sei como fazer isso, e se ela não quiser me contar? E se ela disse que não foi por que não quis? Eram tantas perguntas que faziam minha cabeça girar.

Gizelly está tão diferente, gostei do que vi hoje, ela não é mais aquela garota que quase não conversava com ninguém, estava mais alegre, mais bonita, por isso aquelas duas não saiam do pé dela. Será que ela e Fernanda estão juntas agora? E porque eu tô pensando nisso? Minha namorada está no quarto ao lado dormindo, não posso e nem devo ficar pensando na mãe do meu filho. Tirei o celular do bolso e vi que marcava 1:50 da manhã, guardei o aparelho e decidi tentar ir dormir, amanhã eu tenho um longo dia pela frente.

***

- Amor, não faz assim. – Gizelly jogava o Theo pra cima e sua gargalhava gostosa alegrava nossa casa.

-Ele gosta, deusa. – Eu me derreto inteira quando ela me chama assim. – Né, filho?

-Se ele regurgitar, eu vou rir de você. – Ela parou o ato assim que ouviu minhas palavras me fazendo rir.

-Não tem graça. – Gizelly sentou ao meu lado com nosso filho no colo. – Sabia que eu amo seu sorriso?

Ela se aproximou deixando um beijo casto em meus lábios. Segurei seu rosto aprofundando o beijo. Nossas línguas se enroscavam de um jeito bom e só nos afastamos quando ouvimos o Theo resmungando.

-Você é ciumento, ein? – Gizelly brincou com as bochechas dele. – Parece sua mãe.

-Eu não sou ciumenta, só cuido do que é meu. – Gizelly me encarou com as sobrancelhas arqueadas.

-Claro que não é ciumenta, a Bia caiu sozinha na piscina. – Gizelly gargalhava, mas parou quando acertei um tapa em seu braço.

-Não tenho culpa daquelazinha ficar esfregando em você. – Cruzei os braços emburrada. – E você não faz nada pra cortar ela, né dona Gizelly?

-Rafaella, quando é que você vai entender que só existe você na minha vida?

***

Abri os olhos me situando onde eu estava, olhei pro lado encontrando Deborah ainda dormindo, me sentei na cama com flashes do sonho que acabei de ter. Parecia tão real, eu conseguia até sentir o cheiro dela. Passei a mão no rosto suspirando fundo, me levantei devagar indo direto pro banheiro.

No chuveiro eu ainda pensava no sonho, a forma intensa com que ela me olhava, o jeito que ela cuidava do nosso filho. Era muito real, e essa sensação estranha parecia não passar.

-Nem me chamou pro banho? – Estava me secando quando Deborah me abraçou. – Bom dia namorada.

-Bom dia!. – Ela me virou encontrando nossos lábios. – Achei que precisava descansar.

-Acabei de lembrar que tenho que ir até Penedo, tenho atendimento lá. – Acenei com a cabeça me soltando do abraço. – Tá tudo bem?

-Sim, só estou pensando no tanto de trabalho que me espera. – Ela sorriu retirando a roupa. – Vou preparar nosso café.