Não quero ser um fardo!

964 107 35
                                    




POV RAFA

Os dias passaram tranquilos, minha relação com Gizelly evoluía cada dia mais, e meu sentimento por ela ia aumentando, eu não sei como aconteceu, mas ela me encanta, me conquista todos os dias com esse jeitinho marrenta, o jeitinho misterioso dela, eu quero poder entrar na vida dela pra ficar, quero que ela confie em mim, quero que ela tem alguém de agora. Ela está se esforçando, vindo à faculdade todos os dias, conseguiu recuperar as notas perdidas, e se tudo der certo no fim do ano iremos nos formar, eu estou contente, e feliz por ela estar mais sorridente, conseguimos conversar sobre ela fazer terapia, estou me sentindo confiante em relação à ela.

-Vai rolar a casa de praia? – Estávamos no intervalo da faculdade lanchando juntas, quando Juliette perguntou. – Preciso de um lugar pra distrair minha sofrência

-Já está tudo organizado. – Gizelly tomava um suco ao meu lado enquanto prestava atenção na nossa conversa. – Só precisamos decidir o horário.

-Meu pai pode emprestar o helicóptero. – Manu sugeriu empolgada. – Chegaremos mais rápido.

-Vou ao banheiro. – Gizelly saiu de forma rude, e ficamos sem entender.

-O que será que aconteceu? – Juliette perguntou preocupada.

-Vou lá ver o que aconteceu. – Me levantei preocupada e Manu segurou meu braço.

-Amiga, ela só foi ao banheiro. – Ela deu os ombros. – Relaxa um pouco.

-Eu só vou ver se ela está bem. – Sai do contato e fui andando até a área interna da faculdade.

Queria entender o que estava acontecendo, ela saiu inesperadamente, me deixou preocupada, pois estávamos planejando essa viagem há uns dias e ela parecia estar animada.

-Hey? – Gizelly saiu da cabine do banheiro com uma expressão. – O que houve?

-Nada. – Ela desviou indo em direção pra pia.

-Baby, algo não está bem. – Me posicionei atrás dela. – Estávamos conversando, aí do nada você saiu apressada.

-Eu não vou mais nessa viagem. – Gizelly respondeu ainda sem me olhar.

-Por que? Você estava tão animada. – Tentei entender os motivos dela.

-Eu não viajo de avião, helicóptero, nada que voa. – Meu coração apertou na mesma hora, fiquei quase que sem reação. – Eu não vou, vocês podem curtir o fim de semana sem mim.

-Meu amor! Me desculpe. – Fiz com que ela se virasse e segurei seu rosto entre as mãos. –Nós vamos de carro, eu posso dirigir até lá.

-Não quero ser um fardo, Rafa. – Ela tinha um olhar triste voltado pro chão.

-Gi, não fala isso. – Fiz com que ela olhasse pra mim. – Você não é um fardo pra mim, e eu quero muito que você vá conosco, Manu apenas sugeriu, mas podemos ir de carro, não é tão longe assim. Vamos voltar pra lá e eu aviso que eu vou de carro com você.

-Você não precisa fazer isso, Rafaella. – Eu não gosto que me chamem de Rafaella, mas vindo de Gizelly dá um charme diferente.

-Não preciso, mas vou fazer. – Colei nossas testas. – Vamos? Por favor?

-Tudo bem! – Abri um sorrisão e colei nossos lábios.

Voltamos pra mesa e eu apenas informei que iríamos de carro, não entrei em detalhes, não queria expor a insegurança de Gizelly. Juliette também preferiu ir de carro e por fim combinamos que todo mundo podia ir junto, Manu não contestou e eu agradeci discretamente por isso. O resto da semana voou, quando dei por mim já fechava minha pequena mala, e descia pra guardar no carro.

Happier than ever| Girafa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora