Eu acredito em você!

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Oi pessoal, tudo bem? Então fiz uma pequena alteração, mas não altera e nada, Rafa ia ser médica, mas não ia ter muito sentido, então ela vai ser advogada tmb!

POV RAFA

Depois que nós nos entregamos uma à outra, Gizelly dormiu um sono tranquilo, eu a abracei apertado, eu queria lhe passar conforto, queria que ela soubesse que eu estava ali com ela, que eu não sairia de perto dela. Acabei dormindo também e acordei com alguém batendo na porta, Gizelly nem se mexeu e eu resolvi ir ver quem era.

-Oi Gi. – Era um senhor com os cabelos castanhos iguais aos de Gizelly. – Opa, me desculpe, não sabia que Gizelly estava acompanhada, mil desculpas.

-Oie, ela está dormindo. – Ele estava sem graça e eu também. – Sou a Rafa.

-Oi Rafa, eu sou Márcio, tio de Gizelly. – Ele me deu a mão em um cumprimento. – Vim ver se ela estava em casa, e avisar que já chegamos.

-Vou avisa-la. – Ele acenou com um sorriso.

-Vou pedir para colocarem mais um lugar na mesa. – Ele disse tranquilo. – Desça para jantar conosco.

-Vamos descer, obrigada. – Sorri pra ele e ele desceu.

Fechei a porta e voltei pra cama, Gizelly dormia serena, fiz um carinho em seu rosto e deixei alguns beijinhos tentando despertar ela.

-Acorda preguiçosa. – Ela resmungou e eu continuei. – Vamos levantar, seu tio está esperando a gente pra jantar.

-Eles já chegaram? – Ele rapidamente abriu os olhos.

-Sim, vamos descer? – Perguntei animada.

-Eu não costumo jantar com eles. – Ela disse desanimada e se levantou. – Podemos sair pra comer.

-Eu gostaria de conhecer sua família.

-Eu não tenho família, Rafaella. – Ela disse de forma rude e eu me encolhi.

-Me desculpe, Gi. – Me levantei e a abracei por trás. – Podemos sair para jantar, não tem problema.

-Tá tudo bem, me desculpe também. – Ela se virou e me beijou no rosto. – Podemos jantar por aqui, mas fique ciente que eles não são minha familia, ok?

Nos vestimos e descemos de mãos dadas, Gizelly estava calada desde a hora que aceitou jantar em casa, acabei me sentindo culpada, mas agora já era tarde, estava sentada ao lado dela esperando a tia e o primo dela descerem.

-Que bom te ver em casa, Gi. – O tio dela disse animado.

Ela deu os ombros e o tio dela puxou assunto comigo, depois de alguns minutos os outros dois integrantes da casa desceram e o jantar foi servido. O primo de Gizelly não parava de me encarar e eu já estava ficando incomodada.

-Então vocês estudam juntas? – Márcio perguntou quebrando o silêncio.

-Gizelly estuda desde quando? – O primo idiota disse com ar de deboche. – Só sabe gastar o dinheiro da família.

-Dinheiro do meu pai. – Gizelly disse raivosa e eu toquei em seu braço dela, pedindo calma.

-Talles, por favor? – O tio de Gizelly interviu. – Não quero discussões, sejam civilizados. Me desculpe por isso, Rafa.

-Tá tudo bem. – Respondi com um sorriso falso. – Gizelly e eu fazemos algumas matérias juntas.

-Entendo. – Ele deu meio sorriso. – E sobre a ideia de mudar o curso, pensou melhor?

-Ainda não decidi. –Gizelly respondeu remexendo a comida. – Estou em dúvida.

-No fim acaba não fazendo nada. – A tia de Gizelly disse com desdém, e eu encarei a mulher. – Todos sabemos que você leva a vida de farra.

-Mariza, não vamos começar com isso. – Gizelly soltou os talheres.

-Perdi a fome, com licença. – Ela subiu sem dizer mais nada.

Automaticamente eu também perdi a fome, era um ambiente totalmente hostil e eu só queria poder abraça-la. Pedi licença e subi atrás dela, bati na porta e Gizelly estava sentada na beirada da cama olhando para o nada.

-Me desculpa por ter insistido. – Me ajoelhei em frente à ela. – Você nem comeu nada.

-Não estou com fome. – Tentei fazer um carinho em seu rosto, mas ela desviou e se levantou. – Vai pra casa! Vou sair pra dar uma volta.

-Podemos dar uma volta juntas. – Eu não queria deixá-la sozinha e ela continuava andando pelo quarto. – Hey, conversa comigo?

-Eu só quero respirar um pouco. – Ela deu os ombros e eu segurei o rosto dela entre as mãos.

-Então vamos. – Ela acenou com a cabeça.

Depois de alguns minutos entramos no meu carro e seguimos para fora do condomínio, Gizelly continuava calada, mesmo eu tentando puxar assunto. 

-Uau, que casa linda! – Na outra entrada do condomínio tinha uma casa digna de filme, era uma mansão de cinema.

-Meu pai quem fez. – Gizelly olhou de relance e respondeu se virando pra janela.

-Sério? – Perguntei admirada.

-Sim, eu morava ai antes de tudo. – Ela deu os ombros e eu não quis entrar muito no assunto.

-É linda! – Continuei dirigindo.

-Eu amava morar ai, meu quarto era incrivel. – Ela disse dando o primeiro sorriso da noite.

-Eu imagino!

Depois de um tempo estacionei em frente a minha sorveteria favorita e Gizelly me olhou confusa.

-Eu sempre venho aqui quando estou chateada, é o meu lugar favorito nessa cidade. – Descemos do carro e entrelacei nossas mãos.

Nos sentamos e fiz nossos pedidos, Gizelly estava mais leve, fiz ela provar todos os sorvetes possíveis, consegui arrancar algumas risadas e beijos dela.

-Eu sei que isso não é da minha conta. –Tinha algo que estava me incomodando e eu precisava falar. – Mas eu preciso dar minha opinião.

-Pode falar. – Ela disse séria.

-É sobre a faculdade. – Deixei a colher dentro da tigela e prossegui. – Falta tão pouco, no  final do ano vamos nos formar, não faz muito sentido você mudar de curso logo agora.

-Eu não quero que o Talles tome o lugar que era pra ser meu e do meu irmão. – Ela disse com raiva.

-Eu não sei como funciona lá, mas tenho certeza que você como advogada, pode ser a presidente da construtora, lugar que é seu por direito. – Segurei as mãos dela por cima da mesa. – Eu vou te ajudar com as matérias que você está pendente, eu sei que você é capaz.

-Por que? – Ela me encarou e não entendi a pergunta.

-Eu acredito em você. – Fiz um carinho nas costas da mão dela. -- Sei que você é inteligente.

-Nem eu acredito em mim. – Ela disse de cabeça baixa. – Eu sou um fracasso, você ouviu o que eles disseram.

-Eu sei que você vai provar o contrário. – Gizelly só precisa de alguém ao lado dela. - Vamos tentar?

-Eu tenho a impressão que você consegue qualquer coisa de mim. – Ela disse com um sorriso largo.

Saímos da sorveteria e fomos andar um pouco, a noite estava fresca e Gizelly mais calma. Eu estava feliz por ter conseguido melhorar o humor dela, eu só quero vê-la bem, é isso que fazemos quando estamos apaixonados. Nos sentamos em um quiosque de frente ao mar, a lua estava gigante e era o cenário perfeito.

-Gi? – Gizelly estava olhando pra lua e eu estava abraçada ao seu corpo.

-Oi? – Ela se virou olhando pra mim.

-Quer namorar comigo? – Perguntei de supetão.

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Happier than ever| Girafa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora