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09/09
Odia amanhece, e a preguiça do dia a dia fica em meu corpo, mesmo sendo uma sexta. Mas como sou mãe tenho que deixar de moleza e fazer o café para o Pedro. Abro a cortina do meu quarto e observo o sol que se instala no ambiente, em questões de alguns minutos meu celular toca e vibra, um número desconhecido, mesmo assim atendo.
-Alô?-Dou uma pausa para escutar.
-Isabela Ferreira?-Em resposta uma voz grossa, me questiona.
-Sim, é ela.-Respondo rápido, e curiosa.
-A senhorita deve apresentar seu filho, Pedro Lucca Ferreira para o juíz, a pedido do Advogado, que abriu um processo contra a senhora, por privar seu filho a ter qualquer contado com a família do pai biológico de Pedro, Maicon Maia Porto.-O homem faz uma pausa, e logo continua.-Irei notificar o dia e horário da revisão judiciária.-Sem me deixar questionar ele desliga.
Ação judiciária? Criei meu filho sozinha cinco anos, sem ninguém nem perguntar se eu precisava de ajuda, para anos depois eles entrarem com um processo contra mim, alegando algo que eu nunca faria.
Ninguém nunca procurou conhecer o Pedro, inúmeras vezes ele me perguntou sobre a família do pai, e eu tive que mentir para meu próprio filho, para não ter que dizer que simplesmente a família do pai dele nunca se importou com minha gravidez.
Fico indignada, com a falta de caráter deles, mesmo com a atitude de Maicon, nunca achei que a família dele faria algo pra me prejudicar, novamente me enganei.
-Mãe, mãe!-A criança cutuca minha coxa enquanto preparo o café.-Hoje é dia dos pais e filhos ir no treino.-Ele faz uma pequena pausa.-Todos meus amigos vão levar os pais deles, tem como você chamar o meu?-Ele termina, e minha garganta da um nó, não consigo dizer nada.
Como vou dizer que o pai dele abandou eu ainda grávida? Como vou dizer que o pai dele nunca ligou pra sequer perguntar se ele estava bem?
-Bom, que tal ir com seu avô? Ele voltou de viagem hoje de madrugada, tenho certeza que vai adorar ir com você.-Falo preparando o lanche do treino dele.
-Mas queria ir com um pai, não com um vovô.-Ele bufa, sentando-se.
-Não complica as coisas Pedro, por favor.-Fecho a lancheira dele.
-Tá Bom mamãe.-Fala cabisbaixo.
Observo ele comendo o de sempre, misto quente e café com leite, única coisa que ele come de manhã.
Odeio ver ele triste assim, mas não posso conter, e me sinto culpada, por não poder fazer nada em questão ao pai dele.
Saímos de casa em silêncio, o menino que costuma falar o caminho inteiro apenas observava a paisagem pela janela sem dizer nada.
-Ligou para seu avô?-Questiono, pois pedi para que ele ligasse para o avô, pedindo para ele o acompanhar.
-Não.-Abaixa a cabeça.-Vou sozinho hoje.-Finaliza soltando uma respiração pesada.
Não acrescento mais nada, mesmo querendo falar muito. Deixo ele na escolinha, e vou para o meu trabalho.
-Que bom que chegou.-Emily, minha colega de trabalho respira ofegante.-Não aguento mais a nova modelo.-Finaliza sua fala.
-Ela não deve ser tão ruim assim.-Dou um leve sorriso para a mesma.
-Diria que ela é insuportável.-Fala revirando os olhos.
Vou até minha sala, e começo a arrumar meus equipamentos, e logo vou até o camarim de Luiza, a nova modelo, que iria fazer a coleção esportiva, levar a primeira roupa, pois a camareira está de atestado médico, e tô quebrando um galho pra Emily que deveria estar fazendo isso, mas tá cheia de fotos para editar, mas quando entro a modelo não está lá, deixo a roupa e me direciono até a porta.
Quando toco o trinco, alguém abre primeiro, um homem alto, bonito e cheiroso, simplesmente era o zagueiro do meu time, Diego Costa!
Eu até poderia dizer que é uma mera coincidência, mas uma baita coincidência, pois o sonho de qualquer São Paulina e ver algum jogador do São Paulo de pertinho, e ainda ser o Diego, é outro nível.
-Desculpe por entrar assim, sabe se a Luiza tá por aí?-Pergunta com um leve sorriso cativante.
-Tá não, preciso dela também, mas pode esperar aí, eu acho.-Ele assente e eu continuo meu caminho, fingindo que não estou surtando por dentro.
-Ei...-Ele me faz parar, e me viro olhando não olhos dele.-Qual seu nome?-Passa a mão na nuca, e sorri.
-Isabela.-Digo e saio rápido.
Sabe, faz tanto tempo que um homem pergunta meu nome, eles já chegam perguntando se tu quer se pegar com eles, sem respeito algum.
Confesso que não por ser o Diego, mas senti algo diferente quando vi ele, mas é irrelevância pra mim, ele deve só ser gentil.
Fico esperando Luiza por alguns segundos sentada em uma caixa de som, mechendo em meu celular, quando um número desconhecido faz meu celular tocar, e eu atendo.
-Oi.-Falo normalmente.
-Senhorita Isabela, sou o Bruno, advogado de seu pai, você deverá levar seu filho na psicóloga apresentada pelo juíz, para que ele tenha certeza que o menino tem uma boa condição de vida, caso contrário, a briga na justiça pela guarda de Pedro pode se complicar.-Sinto que alguém está escutando a conversa, e é ele, Diego está ao meu lado escutando tudo, mas o ignoro e continuo.
-Sabe me dizer o dia da audiência?-Pergunto nervosa.
-O juíz deu o prazo de um mês, mas vou te passar o dia certo, quando for decidido.-Sinto tudo desabando.
-Obrigada Bruno.-Finalizo e desligo, pois fico muito nervosa.
Perder a guarda do meu filho? Como viver sem ele?
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Oq vcs estão achando?? (Sinceridade, pfvr) KKK.
Estava pensando em trazer jogadores de outros clubes para a história, oq acham? Temos rivais lendo??
Espero conseguir fazer momentos simples da Isa e do Pedro juntos, pois acredito que traga bastante entendimento da vida da Isa namorando o Maicon. Pretendo trazer mais flashbacks tbm.
Bom, acho que os ep vão ser publicados a noite, pois é o horário que tenho mais tempo livre.
