Cap: 05

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14/09

O jogo terminou, mas torcida independente continua cantando dentro do Maracanã, e meu filho está na sala cantando junto pela TV, foi uma decepção para nós dois? Foi! Mas meu filho não parava de pular e cantar.

Posso me orgulhar, criei um bom torcedor São Paulino, e agradeço um pouco meu pai também, por que é ele que leva o Pedro no estádio para assistir os jogos do nosso São Paulo.

Enfim, o Pedro não para de falar sobre o Diego, me intriga muito a forma rápida que resolvi aceitar a proposta, fico um pouco arrependida de não pensar mais, mas sei que se apresentar o Pedro com um pai, com uma condição ótima de vida vai ser mais fácil continuar com a guarda do meu filho, por mais que mentir pra mídia vai ser péssimo, só penso no meu filho.

—Mamãe, o tio Diego vai vim te ver?—O menino faz uma pergunta surpresa.

—Não filho.—Engulo o seco, mas o frio na barriga vem.—Podemos conversar sério?—Faço cara de séria, e ele ri.

—De filho pra mamãe?—Ele ri pulando no sofá.

—Sim, de mamãe pra filho.—Sorrio e ele se senta me olhando com os olhinhos brilhando.

—Pode falar mãe.—Diz brincando com os dedinhos dele.

—Lembra quando você me disse que seu sonho era ter um papai?—O mesmo abre firme os olhos.

—Sim, sim.—Ele pisca rápido.

—Acho que seu sonho está realizado.—Dou um leve sorriso, escondendo me desconforto em falar sobre isso.

—Vou ter um papai? Que joga bola comigo, e que me dá beijinho de boa noite?—A criança fala sem parar um segundo.

—Que isso garoto.—Faço uma pausa.—A mamãe faz tudo isso com você.—Faço biquinho.

—Eu sei, mãe, mas com um papai é diferente.—Fica cabisbaixo.—Você teve um, sabe como é.—Fala baixo.

—Eu te amo meu pequeno.—Pego ele no colo e selo um abraço apertado nele.

—Eu também, mamãe.—Ele retribui o abraço.—Mas quem é meu Papai?—Ele vira seu olhar para meus olhos.

—O tio Diego e a mamãe estão juntos, e ele quer ser seu papai.—Finalizo.

—Você tá namorando o 'zagueilo' do São Paulo, mamãe.—Ele sorri grande.—Vou ter um papai jogador, jogador.—Ele sai cantando pela casa.

Fico feliz por ele ter gostado da ideia, mas tenho medo, muito medo, não quero que meu filho se apegue e depois se machuque, assim como eu.

Sim, talvez o Diego seja diferente como disse, mas e se tudo não passar de uma mentira? E se eu me enganar novamente?

Fico apreensiva com minha escolha, mas segura com a felicidade do meu filho.

𝐃𝐞𝐫𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐮 𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐨 • 𝐷𝑖𝑒𝑔𝑜 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎 Onde histórias criam vida. Descubra agora