••
31/12
Como dói não te sentir aqui.
O ano está terminando, e eu perdi uma perte de mim, a segunda vida que eu estava gerando. Tive um aborto espontâneo, e não pude fazer nada, quando cheguei no hospital o bebê já estava sem vida, e isso doeu muito em mim, eu tinha aceitado minha gravidez, tinha me doado, estava amando essa criança, para perder ela.Eu senti muito, mas Diego...
Ele não quis ver ninguém na véspera e nem no natal, quis ficar em casa, sua mãe implorou e ele apenas disse "NÃO", até brigamos pois decidi ficar com ele, pra pelo menos não deixar ele completamente sozinho, e ele insistiu para mim ir, mas fiquei com ele, respeitando seu espaço, e agora na virada de ano, fez o mesmo. Ele dorme praticamente o dia todo, e não como quase nada. Estou muito mal por ele, era o sonho dele, e estava falando para todos, e agora...Pedro passou o Natal na minha mãe, e as duas vovós dividiram ele nessa semana, para que Pedro não visse seu pai nessa situação, agora ele está na casa da mãe de Diego, pedindo os fogos, e mandou um áudio para o papai dele.
—Amor.—Bato na porta abrindo-a lentamente.
—Hum?—Ele resmunga.
—Pedro me pediu pra te mostrar o áudio que mandou.—Me aproximo da cama onde ele está deitado.
—Tá.—Ele se ajeita deixando um espacinho para mim sentar.
Eu abro o áudio e escuto com ele, pois não aqui escutar antes.
"Oi papai, a vovó, que me deixou chamar ela assim, me disse que o papai não tá bem, e eu não gosto de ver o papai assim, por que eu te amo, e quando eu choro você vem me socorrer, tipo um super herói, só que ao envés de ter capa, você tem a camisa do São Paulo. Papai, eu sei que você tá triste, mas quando eu chegar em casa, vou contar uma piada pra você rir denovo, e vou jogar bola, como você faz comigo. Obrigado por ser meu super herói, papai, amo você, e a mamãe também, por que ela cuida de você. Beijinhos do Pedro."
Diego está aos prantos, e eu estou na mesma situação.
Eu criei meu filho de uma maneira excelente, ele só precisava de uma amor de pai, para cultivar seu lindo jeitinho dele.—Ele te ama tanto!—Abraço Diego, que me abraça como antes.
Diego não teve coragem de me abraçar, nem quando eu estava chorando ao contar que tinha perdido o bebê, mas agora eu estou no meu ninho denovo.
—Eu amo muito esse pequeno, meu amor!—Ele me aperta, e beija meu pescoço.—Obrigado, obrigado!—Agradece.
—Você que amou ele, tem que agradecer a si mesmo, ele te ama por sua culpa, você sabe disso.—Afirmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐃𝐞𝐫𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐮 𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐨 • 𝐷𝑖𝑒𝑔𝑜 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎
FanfictionAmar se tornou tão fácil quando se tratou de vocês...