Cap: 43

1.6K 135 23
                                    

••

20/02


Já é tardezinha, e meu filho está dormindo em meu peito, enquanto minha mulher está deitada ao meu lado. Estamos assistindo um filme qualquer que o Pedro escolheu, algo que raramente fizemos, pois nunca sobra um tempinho pra isso, mas hoje deu.

Pedro disse que seu sonho era assistir filme em família, e eu queria muito realizar o pequeno e simples sonho do meu pequeno, mas ele nem aguentou o filme acabar e já está no seu soninho.

-Te amo.-Ela beija meu ombro, e acaricia minha coxa.

-Eu não.-Mostro a língua rindo.

Ela vira o rosto, e cruza os braços, se concentrando no filme.

-Te amo, minha linda.-Sussurro e aperto sua coxa.

-Não.-Ela revira os olhos.

-Nhe.-Mostro a língua e faço cara feia.

-Chato.-Ela resmunga se levantando do sofá.

-Irritadinha.-Dou uma alta gargalhada.

Amo o jeitinho marrentinha e carinhosa ao mesmo tempo dela.

Contemplo meu filho dormindo, fazendo cafuné nele.

Meu celular toca, e está na cozinha, então a minha mulher atende.

-Alô?-Ela diz vindo em minha direção.

Ela para no meio da sala, e sua expressão muda, e ela passa o celular e sai, com cara feia.

Q merda, viu.

-Opa.-Digo pacificamente.

-Oii, Di!-Uma voz feminina reconhecível toma conta.

-Quem é?-Pergunto confuso.

-Priscila!-Ela dá uma pequena gargalhada.-Podemos marcar um jantar para conversar sobre a fisio?-Ela sugere.

Ela é a fisioterapeuta do São Paulo, tá me acompanhando na lesão, mas sempre dá uma de louca, e confunde as coisas.

Não contei pra Isa, pelo fato de não ter nada, e de eu evitar ela.

-Ah...-Meio que não sai nada, ela tá literalmente me chamando pra sair, e a desculpa é a fisioterapia.

-Marcamos no CT!-Ela diz animada.-Como tá a dorzinha?-Ela pergunta.

-Mais nada, tranquilo.-Digo seco.

-Beleza, te vejo no jogo amanhã, né?-Ela ri.

-Sim, vou assistir.-Digo certo.

-Que ótimo, te vejo lá!-Ela diz esperançosa, e desliga.

Minha mulher vai me matar, que merda!

-Meu amor!-Exclamo enquanto vejo o belo corpo dela, escorado no armário da cozinha, enquanto ela bebe água.

-Fala lá com a Priscila, meu bem.-Ela revira os olhos.

-Ela é a fisioterapeuta que tá me acompanhando, sem neura.-Afirmo chegando perto, e ficando de frente a ela, apertando sua cintura.

-Sem neura?-Ela ri irônica, me encarando.

-Poxa, tu sabe que eu te amo...-Suspiro.

-Pensa pelo meu lado, sempre que uma sai do seu pé, outra vem e faz com que eu me sinta insegura, eu não consigo pensar diferente, Diego.-Ela diz cabisbaixa, com os olhos lacrimejando.

𝐃𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐮 𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐨 • 𝐷𝑖𝑒𝑔𝑜 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎 Onde histórias criam vida. Descubra agora