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06/10
Já é de tarde e já estamos em Minas, só vamos deixar nossas malas no hotel, e logo depois iremos treinar.
—Eai zagueiro.—Luciano entra batendo na porta que estava encostada.
—Fala meu atacante preferido.—Pisco leve para o onze.
—Deixa o Calleri escutar isso.— Ele bate no meu ombro.
—Ele é meu artilheiro preferido.—Pisco novamente, fechando minha mala que está sob a cama.
—Ei.—Diz sentando na cama.
—Hum?—Resmungo tirando a camisa.
—Sua ex...—Diz cabisbaixo e não conclui.
—O que?—Pergunto curioso.
—Vai no jantar do elenco.—Finaliza.
—Que?—Me espanto.—Não.—Nego.
—Miranda chamou ela, achando que vocês estavam juntos.—Faz uma pausa.—Aí xinguei ele de todos os nomes sujos que você imagina.—Conclui.
—Porra, o Miranda vive em Marte, puta que pariu.—Digo coçando a cabeça.—Fala pra ele desfazer essa merda.—Ordeno.
—Aí que tá o problema.—Ele diz rindo e acariciando seu próprio queixo.—Ele falou que era só para as mulheres dos jogadores, mas ela falou que não faltaria por nada, mesmo não sendo mais tua mulher, pois nós somos a família dela.—Finaliza e o meu sangue sobe para a cabeça.
—Merda, como vou levar a Isa com ela lá?—Digo com a mão na cabeça.
—Irmão, você tá ferrado.—O atacante pisca.
—Valeu, "irmão".—Ironizo.
Juro que um dia mato o Miranda.
[...]
Já estamos no estádio para o treino, Rogério organiza primeiro a pequena corrida.
—Miranda.—Digo diminuindo a velocidade e acompanhando o zagueiro.
—Fala meu amigo.—Ele sorri.
—Amigo meu ovo.—Reviro os olhos.—Onde tu tava com a cabeça de chamar a Nicole pro jantar, porra.—Dou um tapa em seu braço.
