Cap: 67

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Já se passaram quatro horas desde que a médica pediu pra mim sair da sala, não temos notícias dela, e nem dos bebês. Estão todos aqui, os pais dela e os meus, Pedro está dormindo em meu colo, não sabendo de nada.

-Vai pra casa com o Pedro, meu filho.-Seu Osvaldo diz tocando meu ombro.

-Não posso...-Digo cabisbaixo acariciando o rosto de Pedro.

Pego meu celular e procuro o número de Henri, e rapidamente ligo para ele, sentindo a respiração ofegante de Pedro.

-Fala, meu patrão!-Ele atente rápido e animado.

-Fala, Henri.-Solto com desânimo na voz.

-Manda.-Ele diz.

-Pode ficar com Pedro? Você, ou a sua amiga que precisava de emprego, pago um bom valor.-Solto rápido.

-Tá tudo certo, viado?-Ele pergunta e eu engulo o seco.

-Minha esposa, teve complicações no parto, tá nada bem.-Respondo e sinto o choro vindo ao lembrar disso.

-Mano, sinto muito!-Ele diz mudando de humor.-Passo buscar ele aonde?-Ele pergunta.

-Mando a localização, e te pago aqui.-Afirmo.

-Nem pensar, vamos cuidar dele por que você precisa, não pelo dinheiro.-Ele afirma.

-Tem essa não, sei que vocês precisam.-Solto firme.

-Ela realmente precisa, mas tá de boa por agora.-Ele diz pacífico.

-Não, pô.-Digo.

-Estamos aí em minutos.-Ele diz e estrala a língua.

-Valeu.-Digo e desligo.

Observo o respirar de Pedro, e percebo o qual importante esse menino é pra mim, agradeço internamente pelo respirar dele e faço um leve cafuné no meu filho.

-Te amo.-Sussurro para ele.

Ele é a minha vida, ele e os irmãos dele.

-Quando vai ver os nenéns, meu filho?-Minha mãe surge e senta ao meu lado.

-Não faço ideia, tá tudo uma bagunça.-Solto.

-Aqui?-Ela aponta para o hospital.-Ou aqui?-Ela posteriormente coloca a mão em meu coração.

Eu paro e penso profundamente por segundos.

𝐃𝐞𝐫𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐮 𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐨 • 𝐷𝑖𝑒𝑔𝑜 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎 Onde histórias criam vida. Descubra agora