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02/12
Já estamos em São Paulo novamente, e tudo o que eu tinha descansado na viagem, veio a tona denovo nessa briga com o Diego, e confesso que nos últimos dias estou tendo muito cansaço sem motivos, dores de cabeça constantes e pouca fome.
Diego está evitando conversa, e eu não estou insistindo muito, sei que errei, e estraguei tudo, e mesmo amando muito ele, sei que ele não mudará de ideia.
-Mamãe, o papai vai vir dormir com a gente hoje?-Ele pergunta todo animadinho.
-Acho que hoje não, BB.-Beijo sua testa.
-Mas...-Ele perde o brilinho dos olhos.
-Vai poder dormir com a mamãe hoje!-Faço biquinho.
-Só queria meu papai.-Ele cruza os braços, e sai com a cabeça baixa.
-Não ama mais a mamãe?-Faço um draminha.
-Amo, muitaaão.-Ele corre em minha direção e me abraça.
-Eu também te amo muitaão.-Pego ele no colo.
-Tô sabendo, hein.-A porta do quarto se abre, e é ele, meu zagueiro.
-Papaiiii!!!-Ele sai do meu colo rapidamente, e corre para o colo de Diego.
Sabemos quem ele ama mais, né?
Eles tem uma conexão incrível, que eu nunca vi, nem com meu pai, é como se fosse pra ser, sabe?
-Tudo certo?-Ele me olha e pisca.
-Uhum.-Resmungo.-Só com uma dorzinha de cabeça.-Dou um leve sorriso.
-Vai lá tomar remédio, fico com o muleque.-Ele se senta na cama.
-Obrigada.-Me levanto, indo até a cozinha, onde está os remédios.
Ele não mudou o lado compreensivo dele. Homem, não mlk.
Volto para o quarto, e eles estão fazendo cócegas um no outro.
-Naaaão, Papai!!-O menino grita rindo.
Diego atende o pedido dele, e para, o amassando em um abraço.
-Te amo, papai!-Ele fez biquinho.
-Eu tbm, meu garoto.-Diego beija a testa dele.
Me aproximo da cama, me deitando, e eles fazem o mesmo, porém Diego fica no outro lado da cama, colocando Pedro no meio de nós.
-Tá tomando os remédios da médica certinho?-Ele pergunta me olhando.
-Tô.-Respondo rápido.
-E essa dor de cabeça?-Ele muda o olhar para Pedro, acariciando suas mãozinhas.
-Mamãe tá assim desde de manhã.-Pedro sorri grande.
-Acho que é por conta do atraso menstrual.-Digo pacificamente.
-Atraso menstrual.-Ele me olhar rápido, assustado.-Porra.-Ele firma seu olhar, e seu maxilar.
-Não é.-Despreocupo.
-Como sabe? Não faz tanto tempo.-Ele continua com um olhar espantado.
-Tô sem enjôo, na gravidez de Pedro tive muita.-Pisco.
-Pode não ser igual.-Ele toca minha barriga.
-Diego!-Tiro sua mão.
-Isa, e se...-Ele me olha sério.
-Não.-Continuo séria.
-Só um teste.-Ele pede.
-Tá.-Concluo.
E se... Se realmente eu estiver grávida?
Mais uma vez?
Não sei se é pra mim.
[...]
Ele abre a porta do quarto, e eu respiro fundo, com medo.
-Aqui.-Estende a mão com o teste.
-Diego, e se eu...-Pergunto com lágrimas nos olhos.
-Eu vou estar aqui, dessa vez.-Ele acaricia minha mão.
Me levanto, e ele toca minha nunca, e sela um beijo em minha testa.
-Te amo.-Diz.
Vou até o banheiro, e sinto minha mão tremer muito.
Faço o xixi, e coloco no recipiente, colocando o teste eletrônico. Me sento no chão, esperando ansiosamente.
-Tudo certo aí, Isa?-Ele bate na porta.
-Aham, tô esperando.-Digo com a voz falha.
O teste apita, sinto minhas pernas trêmulas, sinto que é pra ser agora, sabe?
Me levanto, já vendo o teste escrito "GRÁVIDA".
Meu sonho desde pequena era ser mãe, eu hoje me sinto realizada, porém mesmo com o medo de errar na maternidade, eu sempre quis passar por isso denovo, mas com alguém incrível, como o Diego, alguém ficasse, sentir a alegria de ver a palavra GRÁVIDA no teste, ver eu mesma de barrigão, ter a dor quase insuportável do parto, pegar meu filho nos primeiros momentos da vida dele, ver ele crescer, assim como o Pedro. Agora parece que o medo passou, pois dessa vez eu tenho ele, tenho meu zagueiro.
Saio do banheiro, chorando e ele está na porta com as mão sob a cabeça.
Como eu amo esse homem. Como eu te amo Diego Costa.
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Logo, logo vou postar a continuação, pela narração do Didi.
