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23/05
Já estou na Venezuela, para disputar a Sul-Americana, hospedado em um hotel, dividindo quarto com o Nestor. Na maioria das vezes eu fico com Nestor e apesar do cansaço da longa viagem nós sempre fazemos algo diferente pra zuar. Eu e o Nestor sempre fomos muito parceiros em tudo, desde cotia, então nosso entrosamento é inexplicável.
Meu pensamento está na minha família, na Isa e nos meus filhos. E apesar de não ter trocado nenhum palavra com a Isa referente ao nosso relacionamento, eu sinto falta dela, do carinho, do amor, do corpo quente, de tudo dela. Sinto sua falta, minha São Paulina.
Acredito que quando eu voltar eu irei conversar com ela, e tentar estabelecer as coisas por casa, amanhã ela tem médico então vou ter que mandar uma mensagem.
Me jogo na cama e pego meu celular vendo uma ligação perdida do meu pai, e uma mensagem dele.
"Filho, preciso conversar com você, assim que estiver liberado me ligue!"
Isso me intrigou muito, meu pai nunca conversa sobre as coisas por celular, sempre manda o papo cara a cara. Mesmo assim, eu fico no jogo, para tentar buscar titularidade e um bom resultado hoje pela Sul-Americana.
Dorival pediu calma e qualidade, e confessou que me sinto preparado pra isso, pois nos últimos jogos o nervosismo tomou conta de mim, mesmo sendo só alguns minutos no final do jogo, minha grave lesão me fez desaprender a ter aquela confiança, entende?
Meu celular toca, e a linda foto da minha mulher está aparentemente, juntamente com o "Amor" estampado na ligação.
Eu rapidamente atendo, com muita saudade da voz dela, do jeitinho dela de falar comigo.
—Minha São Paulina?—Atendo com um sorriso estampado do rosto.
—Liguei pra avisar que está tudo certo com o Pedro e com os bebês.—Ela diz em uma tonalidade seca, com a voz falha.
—Isa...—Chamo ela, com a voz cabisbaixa.
—Hum?—Ela me dá a oportunidade.
—Me desculpa? Me desculpa por ser um babaca? Por não entender seu medo, por não ter sido o suficiente que você precisava...—Digo enquanto uma lágrima escorre em meu rosto.—Eu tô com medo de te perder por besteira minha.—Concluo.
—Doeu em mim, Diego.—Ela diz com a voz de choro.
Já é sentimental, agora grávida... Tadinha da minha gatinha.