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29/01
Dia de majestoso, meu clássico preferido, por conta do ódio do Corinthians. O jogo vai ser em casa, o que me dá uma sensação mais confortável de jogo. Como vai ser no Morumbi vamos assistir em família, eu, Diego, e Pedro.
Acreditam que eu ainda não tive coragem de contar da gravidez para Diego? Realmente estou com medo, e se for da mesma forma da última vez, criar espectativas, e no final só se machucar. (Fingindo que minhas espectativas não estão criadas desde já).
Poisé, sempre quis ser mãe de muitos filhos, quando tive Pedro achei que tivesse mudado, mas com Diego percebi que isso não mudou, nunca.
Meu instinto materno não errou quando senti que estava grávida, e signo que desta vez vai dar certo.
Entrou observando todos os traços do Diego, que está deitado ao meu lado.
—Meu amor...—Sussurro dando vários beijinhos nele.
—Hum?—Ele resmunga, igualzinho o Pê.
—Temos q fazer o café do Pedro.—Sussurro.
—Faz lá.—Diz seco e se vira, voltando a dormir.
Brilho apagado com sucesso!
Meu estresse sobe, e olha que a gravidez piora tudo, TUDO!
"Faz lá"? Porra.
Hoje é dia do almoço de despedida da Lica. Ela vai voltar amanhã de madrugada, pois não conseguiu um emprego que 'queria' aqui, para se instalar aqui em São Paulo.
Diego insistiu para não irmos, mas é minha prima...
E no momento só quero ir para provocar Diego, e seu mal humor.
E infelizmente, estou cansada mesmo que tendo acabado de acordar, e isso me faz sentir que sou insuficiente, e depois de Diego ter agido daquele jeito, piorou.
Me levanto, lentamente.
Acaricio minha barriga, alisando-a.
Fico toda bobinha só de pensar que tem um neném aqui, dentro de mim, no meu ventre.
Vou até a cozinha, e faço o misto quente de sempre, para o meu pequeno, e o ovo mexido do Diego, e só tomo o cafezinho que tinha passado.
