Cap: 60

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16/08


Abro meus olhos ao ver que o sol está invadindo o ambiente, e consequentemente um ambiente diferente, o nosso antigo quarto, meu e de Diego. A cama está toda virada, mas ele não está ali, e confesso que isso não me deixa aliviada, me deixa vazia.

Sei que foi a minha escolha, mas eu não queria isso. Eu só não queria continuar amando e me machucando, por mais que amar ele e ser amada por ele era uma das melhores coisas a serem sentidas, ser machucada por ele era o que mais doía.

Pedro vai continuar sendo amado e amando ele, assim como os gêmeos e isso me conforta de certa maneira na minha decisão.

-Bom dia!-Diego diz pela pequena fresta da porta.

-Bom dia!-Abro um sorriso genuíno.-Pode entrar se quiser.

Ele faz isso, entra e se senta na ponta da cama.

-O remédio pra ansiedade.-Ele me oferece o comprimido e o copo de água.

Estou tratando minha ansiedade acompanhada da doutora Luiza, pois depois da gravidez a ansiedade ser tornou intensa.

-Lembrou?-Digo tomando o remédio.

-Não posso esquecer, pô!-Ele sorri olhando no fundo dos meus olhos.-Fiquei assustado ontem, você ficou tão mal.-Ele diz cabisbaixo.

-Desculpa.-Digo enquanto foco meu olhar nele.

-Não, para.-Ele toca minha mão.-Você não tem culpa, eu só quero cuidar de você, ok?-Ele diz me olhando.

-Obrigada!-Me aproximo dele, e o acolho em meus braços.

-Te amo.-Ele sussurra em meu cangote.

"_Como fui te amar demais
Como me entreguei demais
Vivendo sem pensar no mais,
E agora ele
Vendo que eu sou incapaz
De viver sem ele
Coisas tão especiais
Que me lembram ele_"

O tempo passa e eu não saio daquele abraço quente, aquele abraço com química, aquele abraço que me deixa aconchegada.

-Podemos ficar aqui a manhã toda?-Digo sentindo o cheiro dele.

-Aham.-Ele diz beijando meu pescoço.

-Acho que até os gêmeos aqui gostaram.-Coloco a mão dele sob a minha barriga.

𝐃𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐮 𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐨 • 𝐷𝑖𝑒𝑔𝑜 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎 Onde histórias criam vida. Descubra agora