Our Hate - Vinnie Hacker - Concluída

23. Cada parte sua

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Vinnie

Tudo em ordem. Tudo fechada, nada roubado. Agradeço mentalmente, porque meus pais surtariam se chegassem de viagem e a casa estivesse sido roubada comigo estando na casa ao lado.

Quando volto para a casa dos Hossler, ela estava silenciosa, pelo visto Jaden ainda não tinha voltado do mercado. Subo as escadas sentindo um cheiro forte de perfume, como se alguém tivesse quebrado um frasco inteiro. Eu sei que Jaden era exagerado em perfume, mas aquilo já era demais. Ainda mais perfume doce daquele jeito.

Entro no quarto e vejo que meu celular estava praticamente descarregado. Vou até a mesa daquele quarto, mas não encontro o carregador, Jaden deve ter pego. Faço uma nota mental de xinga-lo depois.

Saio do quarto e vou até o quarto da Hailey. Como a porta estava aberta eu entro. Percebo de cara que o cheiro do perfume vinha daqui. Quanto perfume ela passou?

Olho no closet, ela não estava ali, mas a porta do banheiro estava fechada. Vou até lá e paro na porta.

- Hailey, me empresta seu carregador? – falo dando batidas leves na porta.

Alguns segundos e nada de respostas.

- Hailey? - chamo-a mais alto.

Nenhuma resposta. Nada. A não ser o som da torneira da banheira. O banheiro era grande, mas não é possível que ela não tivesse escutado.

- Hailey, me responde - Eu falo batendo na porta.
Nada.
Começo a respirar acelerado e puxo a maçaneta mesmo sabendo que não era o comportamento adequado no banheiro privado de uma pessoa. Mas, a porta estava trancada. Bato na porta mais forte, mas nada. Nenhuma voz.

O único som que eu escutava era da água corrente da torneira da banheira que não parava. Aquilo me deixou em pânico.

Jaden ia ficar puto pela porta. Mas....

Afasto um passo pra trás e chuto a maçaneta da porta com força fazendo com que ela abrisse de uma vez e entro. Sinto meu coração parar quando entro.

- Hailey - Chamo-a quando praticamente caio ao seu lado puxando-a para meus braços.

Ela estava desmaiada, usando somente peças intimas, e havia sangue no chão, percebo de imediato que era por conta dos vidros que estavam quebrados no chão. Há quanto tempo ela estava aqui?

Tinham cortes em seus braços, tórax e barriga. Ela estava um pouco afastada de onde tinha a maioria dos cacos, como se ela tivesse tentando se deslocar para não ficar sobre eles.

Não tinha mais cacos nos cortes, mas a maioria deles ainda sangravam, e a essa altura eu tentava saber se a palidez que ela estava era por conta do desmaio ou do sangue que ela perdeu.

Me levanto com cuidado com ela nos meus braços e abro o chuveiro no quente.

- Precisamos estancar isso - eu falo como se ela estivesse me ouvido.

Entro de roupa mesmo embaixo do chuveiro com ela nos meus braços. Sua respiração estava calma, seu pulso normal, seus batimentos também, mas ela ainda estava desacordada.

Mas eu, eu estava puto por saber que podia ter acontecido alguma coisa pior ainda, e desesperado por pensar aquilo.

Me sento no chão ao invés de ficar em pé e apoio ela sobre meu corpo deixando que a água caísse sobre nós dois. Depois de alguns minutos debaixo da água as maiorias de seus cortes já tinham parado de sangrar.