CAPÍTULO 8

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_ Olá, bela adormecida!

Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi a imagem de um anjo de olhos azuis sorrindo.

Puta merda! Eu morri?

Não... É óbvio que não... Acha mesmo que vai assim tão fácil para o céu?

Tentei me levantar mas não consegui, meu corpo está pesando toneladas.

_ Doutor... _ minha voz sai fraca

_ Continue deitada, por favor. Dessa vez não vou deixar você fugir. Você teve outra crise de ansiedade.

Revirei os olhos por despertar mais uma vez em uma cama de hospital.

_ Quando vou poder ir embora?

_ Solicitei alguns exames e ficarão prontos em algumas horas. Mas acredito que o principal motivo desses desmaios consecutivos sejam causados por extresse. Por isso você foi induzida por calmantes e vai permanecer aqui essa noite.

_ Acho que o doutor ainda não entendeu minha situação _ sorri sem humor _ Eu não vou ficar aqui parada enquanto o mundo desaba lá fora. Já não basta Carlos daquele jeito? _ tentei mais uma vez me levantar.

_ Eu não posso permitir que você saia nesse estado. É só uma noite. Só precisamos ter certeza que não é nada relacionado ao seu traumatismo do passado _ se impôs com veemência

_ A fofoqueira já deu com a língua nos dentes? _ perguntei emburrada me referindo a Gisele, recordando minha última internação

_ Ela só estava preocupada e me apresentou seu dossiê.

Já fiz tantas visitas em hospitais do mundo todo que Gisele resolveu criar um dossiê com todo o meu histórico médico, em casos de emergências

O doutor explicou que estava aplicando um calmante e que logo eu iria me sentir sonolenta e descansar tranquila, acordando no dia seguinte me sentindo renovada e já com os resultados dos exames prontos

Quando questionei sobre o estado de Carlos, fui informada de que ele já havia sido transferido para o quarto, mas ainda estava desacordado, provavelmente por um bloqueio emocional, já que a cirurgia foi um sucesso e tudo estava correndo dentro do padrão esperado.

Levei um grande susto quando soube que já se passava das dez da noite. Fiquei indignada ao perceber ter passado nove horas desacordada e ainda mais ao saber que estava perdendo tanto tempo sem poder pensar numa saída para o meu problema.

_ E Gisele?

_ Foi em casa se trocar. Vamos dar uma volta enquanto você descansa, aliás, obrigada pela dica _ deu uma piscadela

_ Então você vai me dopar pra transar com minha acessora? _ acusei sarcástica e ele deu de ombros, como se não estivesse falando com ele.

_ O meu plantão encerra em alguns minutos. Sua amiga mandou seguranças para a porta de cada quarto durante toda a noite. Você só deve acordar pela manhã _ já vi que não foi uma boa ideia dar um empurrãozinho nesses dois, parecem farinha do mesmo saco

_ Com licença! _ ouvi uma voz conhecida entrando no quarto e bufei encarando a loira angelical de franjinha.

_ Vocês tem alguns minutos para conversar antes de adormecer, com licença _ disse o doutor sorrindo pra mim e piscando o olho em seguida para Gisele, os dois se aproximaram um do outro e cochicharam algo baixo que não consegui entender e ele saiu em seguida.

_ Hella, será que dá pra parar de ficar me dando sustos? Já não basta seu pai... o senhor Fernandes? _ disse em tom de repreensão se aproximando, mas logo que percebeu como se referiu a Carlos, corrigiu a fala envergonhada.

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