ACORDO BILIONÁRIO

CAPÍTULO 38 (ERIC)

Os dias no hospital tem sido exaustivos. Não saí do lugar desde que Bella deu entrada há alguns dias.

Pensei que depois que Helena soubesse o estado delicado de Bella, ela fosse pelo menos atender minhas ligações. Penso que toda essa situação estaria sendo menos dolorosa se ela estivesse ao meu lado, mas não posso culpa-la depois dos últimos acontecimentos. Estive muito ausente e não consegui cumprir com várias promessas. Eu sei que tem sido muito difícil pra ela lidar com a minha aproximação com Marcela e minha filha, mas eu queria que ela pudesse entender que eu quero dar a essa menina tudo que me foi privado por anos.

Quando cheguei na porta da escola e encontrei minha filha naquele estado eu quase surtei. Foi a pior sensação de desespero que senti na vida. Quando chegamos no hospital Bella foi levada para a sala de urgência. Foram horas sem nenhuma notícia e nesse período consegui avisar a  Marcela, meus pais e a loirinha que assim que chegou conseguiu obter informações com o namorado que trabalha no mesmo hospital, logo, o doutor informou que a menina havia acordado, a febre controlada e que estavam fazendo uma bateria de exames para verificar as possíveis causas.

Somente no dia seguinte liberaram a permanência de acompanhante. Marcela e eu combinamos de fazer um revezamento. Ela ficaria durante o dia e eu a noite. Mesmo assim eu continuei alí, a espera de qualquer informação. Somente no terceiro dia que os médicos conseguiram um diagnóstico e descobrimos que Bella tinha uma infecção rara no sangue, mas que só havia um médico especialista em toda a rede internacional do hospital e ele estaria em outro país.

Pedi que fizesse o que quer que fosse necessário para trazê-lo, independente dos custos. Me surpreendi quando a loirinha informou que Helena havia abrido mão do avião, disponibilizando para o deslocamento do médico e qualquer material ou aparelho necessário para o tratamento de Bella. Depois de todo esse tempo sem contato, soube que as duas estavam se comunicando todos os dias e mantendo-se informadas de tudo de ambos os lados.

Com toda essa loucura eu mal tive tempo de pensar no congresso e sua importância para os negócios da CFT Company.

Desde que o médico especialista chegou, no meio da madrugada, Bella estava sendo avaliada. Estavamos aguardando ansiosos na sala de espera, meus pais, Marcela e seus pais, Carlos que surpreendentemente veio todos os dias, a loirinha e eu. Já estava amanhecendo e se Helena tiver conseguido embarcar no vôo de ontem a noite, logo estaria aqui. Eu estava tão ansioso por reencontrá-la. Tinha tanta saudade que não estava cabendo dentro de mim. E como se eu tivesse vendo os primeiros raios de sol depois de noites frias de tempestade, Helena surgiu como a porra da mulher mais linda e sexy que eu já vi em toda minha vida, usando um vestido vermelho cintilante tubinho sem mangas, até o meio das coxas e uma bota cano curto preta. Como sempre, nos últimos dias, seu olhar impassível indecifrável me percorreu dos pés a cabeça.

Não consegui conter o sorriso. Eu tinha urgência de sentir seu cheiro, seu calor. Sem pensar duas vezes dei passos largos ao seu encontro e quando estava a poucos centimentos de distância uma presença um tanto quanto indesejada apontou por detrás dela se aproximando, pousando uma das mãos na curva da sua cintura. O desgraçado me encarou com um sorriso desafiador e sarcástico enquanto sussurrava próximo ao seu ouvido.

_ Se importa se eu esperar aqui. A poderosa foi resolver um assunto pessoal. _ Helena virou de frente para o idiota, me ignorando totalmente e respondeu

_ Claro que não, querido. Sua presença é sempre bem vinda. Ainda mais depois do que você fez por mim essa semana _ me quebrei quando sua mão tocou o rosto do cretino que retribuiu beijando sua palma de forma carinhosa

_ O que esse cara está fazendo aqui? _ questionei entre os dentes, não querendo gritar e chamar a atenção dos demais presentes. Helena virou lentamente em minha direção novamente e estreitou os olhos