CAPÍTULO 18

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Era um som que eu conhecia muito bem. Instintivamente abaixei a cabeça de Eric, fazendo sinal para que ficasse em silêncio. Analisei a situação ao redor, percebendo se tratar de um possível sequestro relâmpago a uma moça do carro ao lado do nosso, porém, percebi que os dois homens estavam muito agitados, demostrando amadorismo e desespero. Por sorte, o carro que estávamos tinha o vidro fumê.

Peguei minha pistola de bolso semi automático que sempre carrego na bolsa, desencaixei a alça de couro para servir de corda e mandei Eric ficar quieto. Saí discretamente do carro, aproveitando que toda a situação acontecia do lado em que Eric estava e muito sorrateira dei a volta pegando um dos sequestradores por trás, apontando a arma em sua nuca o fazendo de escudo, peguei o revólver em sua mão e joguei embaixo de um carro qualquer, enquanto o outro segurava a moça como a arma apontando sua tempora.

Estreitei os olhos reconhecendo a mulher chorando desesperada a minha frente.

É sério isso? Só pode ser perseguição…

_ Larga essa vadia, agora _ ordenei

_ Eu vou matar vocês duas _ gritou o bandido nervoso, mudando sua mira para mim

_ Não se eu matar vocês primeiro, mas pra ser bem sincera, não pretendo gastar nenhuma bala por essa daí _ parei pensativa inclinando a cabeça levemente para a esquerda _ Principalmente por ter derramado vinho em mim e dar em cima do meu noivo na minha frente. Isso é tão vulgar _ lamentei fingindo indignação _ Aliás, qual é o lance?

_ Dez milhões _ respondeu um deles.

_ Hunm _ estalei a língua _ Não sei se vale isso tudo. O pai dela está falindo. Vai envolver a polícia e vocês vão se ferrar, com certeza.

_ Porra, cara! Você disse que tava tudo no esquema. Que o cara era cheio da grana _ reclamou o que estava sob minha mira. Retardado…

_ Ela pode estar blefando, seu idiota _ argumentou o outro

Eu sabia que não, mas talvez nem ela mesma poderia saber a verdade, então decidi não insistir para não ter mais problemas com essa garota.

_ Então vai lá _ dei de ombros _ Vocês preferem ser presos ou mortos?

_ Não vamos ser presos, porra _ respondeu irritado tirando a arma do alvo.  Aproveitei do momento de distração para agir.

_ Então é a segunda opção _ sorri

Puxei a mão do homem que estava sob minha mira num movimento rápido e laçando a tira de couro em suas mãos,  em seguida, tomei impulso e dei um giro com a perna na direção ao comparsa acertando meu pé direito em sua mão fazendo a arma cair a alguns metros de distância.

Enquanto eu terminava de cuidar do primeiro, o outro empurrou a loira no chão e se preparava pra correr, quando surpreendentemente Eric abriu a porta bruscamente fazendo o rapaz se chocar e desequilibrar batendo de cara no chão, sendo mobilizado por meu noivo.

_ Boa, querido _ sorri satisfeita

Os dois homens foram amarrados e Eric ligou para a polícia, enquanto eu fui verificar a loira que tinha levado um tiro de raspão. Como estávamos no estacionamento subterrâneo do hospital, logo Marcela foi atendida.

Fomos liberados assim que a polícia chegou e fizemos as devidas explicações. Claro que omitimos alguns detalhes e não teremos problemas, já que os policiais prontamente aceitaram levar todo o crédito da prisão.

Os sequestradores estavam sendo procurados a mais de dois anos por diversos crimes, mas a polícia nunca conseguia alcançá-los.

_ Acho que formamos uma bela dupla _ Eric se aproximou me puxando pela cintura e escorando na lateral do carro _ Será que mereço um prêmio? _ perguntou me puxando mais pra perto colando nossos corpos me fazendo arfar quando senti seu calor e sua ereção contra mim.

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