Infelizmente Não Podemos...

40- Me diz que é mentira...

𝗕𝗿𝘆𝗮𝗻

já se passou uma semana... e hoje é o dia que Amanda volta pra casa, e o dia que tudo acaba entre a gente...

por um lado estou feliz que ela vai sair... mas por outro, estou destruído, por que nós, não vai ser mais nós.

eu sei que já perguntei isso, mas por que tem que ser assim?

já chorei tanto que não tô mais aguentando.

mas eu preciso fazer isso, então...

chegamos com Amanda na casa dela agora, estamos na sala por enquanto conversando um pouco.

- tem certeza que está bem? pergunto pela milésima vez

- simm amor, senhor -

- tudo bem, é só por garantia. -

- você já garantiu isso umas 40 vezes. e outra, se eu não estiver bem, obviamente vou falar. -

- tá - reviro os olhos.

eu não faço a mínima ideia de como começar aquela conversa.

olhei pra Bruh, na esperança de ela me ajudar, mas como ela iria se nem eu sei o que fazer?

- Amandinha, eu vou comprar refri pra gente tá? - Bruh fala

- tá bom -

- beijoo - beijou a bochecha dela - beijo - beijou minha testa e falou "boa sorte" com a boca muda.

falei "obrigada" mudo também.

mensagens on

Bruh, não demora, por que eu vou falar já, e ela provavelmente vai ficar mal, vai precisar de você.

não esquenta! boa sorte

mensagens off

- Amanda meu amor -

- oi vida - ela larga o celular e se vira pra mim

ai deus...

- posso falar com você algo sério? -

- humm... claro - ela diz com um olhar confuso.

- então... - começo a falar, mas não faço a mínima ideia de como realmente começar a falar isso. - eu... enquanto você estava sumida... e até no hospital, uma amiga minha tem me ajudado muito... e... e eu acho que comecei a sentir algo a mais por ela. eu acabei me apaixonando por ela, e eu sei que não devia, sei que isso vai te machucar, mas também dói em mim. - o seu olhar foi de confuso para decepção, de decepção pra confuso de novo, ela pareceu processar tudo, e seu olhar foi para tristeza. - Amanda, fala alguma coisa, por favor... -

- que... que amiga é essa? -

- é... é a Gyulia. -

- o que?! -

- é... -

- você sabe que foi ela quem me sequestrou né? -

tive que fingir que não, então...

- não sabia... mas olha, ela não é assim, eu não sei o que deu nela, mas ela não é assim, no fundo ela é uma pessoa boa e determinada, ela só quer o que é bom pra ela. - falei isso com uma dor insuportável no peito, já prevendo a crise.